Se refere ao acúmulo de ar no espaço pleural. Normalmente, a pressão dentro do
espaço pleural é ligeiramente subatmosférica. No entanto, quando algo maior que
uma quantidade muito pequena de ar se acumula dentro do espaço pleural, a
pressão dentro dele se torna positiva e existe uma compressão do pulmão
subjacente.
Epidemiologia
Frequentemente associado a um trauma contuso ou penetrante.
Incidência de pneumotórax espontâneo é de 24 casos por 100
mil por ano para homens e 9,8 casos para mulheres
Em pacientes tabagistas, há um risco de 12% de
desenvolvimento de pneumotórax espontâneo primario
Maior taxa de pneumotórax em homens com mais de 75 anos
de idade
Taxa de mortalidade do pneumotórax secundário é de 1%
Fatores de Risco
Tabagismo;
Primário: homens altos e magros com idade entre 20 e 40 anos
Aspiração do tubo endotraqueal
Secundário: homens com 60+ anos
Síndrome do desconforto respiratório
Ventilação mecânica
Doença pulmonar de moderada a grave;
Ventilação com pressão positiva
Classificação
Pneumotórax Espontâneo Primário
Pneumotórax Secundário
Pneumotórax Traumático
Pneumotórax Iatrogênico
Pneumotórax de Tensão
Fisiopatologia
Os pulmões tendem ao colapso e isto só não acontece
devido á ação das pressões atmosférica pleural
Durante quase todo ciclo respiratório a pressão no interior
dos brônquios é maior que a pressão intrapleural, por conta
da elasticidade intrínseca do pulmão, ou seja, a pressão no
espaço pleural é negativa em relação à pressão atmosférica.
A penetração do ar alterando todo esse equilíbrio pressórico
torna a pressão na cavidade pleural positiva.
A gradiente de pressão resultante mantém a pleura visceral aposta
contra a pleura parietal na parede torácica, em um equilíbrio
dinâmico que é rompido quando se estabelece comunicação entre o
meio externo e a cavidade pleural.
A interposição de ar entre as pleuras caracteriza o pneumotórax,
que pode ter origem a partir de rotura da pleura visceral, parietal
ou por descontinuidade da pleura mediastinal, na lesão do
esôfago ou de vias aéreas.
Ocorre uma redução dos volumes pulmonares, da capacidade vital e de difusão, da
complacência pulmonar e da pressão alveolar de oxigênio (PaO2).
As principais consequências fisiológicas dependem da magnitude do
pneumotórax, da condição do pulmão subjacente e do nível tensional, que
ocasionam restrição à ventilação pulmonar
Quando os níveis tensionais no interior da cavidade pleural se elevam acima da
pressão atmosférica, se instala um quadro de pneumotórax hipertensivo que
ocorre por um mecanismo, provavelmente, valvular e unidirecional.