Ciências ômicas

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Samira Faria
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Ciências ômicas
  1. Genômica
    1. É um ramo da genética que estuda o genoma completo de um organismo.. Essa ciência pode se dedicar a determinar a sequência completa do DNA de organismos ou apenas o mapeamento de uma escala genética menor.
      1. Na medicina: A maior agilidade na obtenção de dados genômicos possibilitou uma maior eficiência no conhecimento do papel de certos genes em impedir ou contribuir com certas doenças. Dessa forma, ela auxilia no desenvolvimento de vacinas e fármacos, exemplo disso foi o desenvolvimento de drogas antimaláricas.
        1. Nas ciências sociais: Utilizada por conservacionistas para estudar os fatores chave envolvidos na conservação de uma espécie
        2. Metagenômica
          1. Enquanto a genômica se preocupa com o sequenciamento de genomas individuais, a metagenômica busca o sequenciamento do conjunto de genomas de um ambiente (o prefixo "meta" carrega a ideia de transcendência, ir além), tendo como objeto de estudo as amostras ambientais. Seu principal objetivo é entender as comunidades microbianas e seu papel ecológico.
        3. Proteômica
          1. É a análise global e em larga escala dos Proteomas, que são o conjunto de proteínas e suas isoformas expressas em uma amostra biológica, ou seja, em um organismo, tecido, biofluído ou célula. Ela inclui técnicas que permitem identificar, quantificar e estudar a expressão proteica e modificações pós-traducionais das proteínas. Sua análise é feita em uma eletroforese de gel bidimensional, que as proteínas totais de uma amostra são inicialmente separadas de acordo com o seu potencial isoelétrico (primeira dimensão) em seguida, as proteínas são separadas por SDS-PAGE (eletroforese em gel de poliacrilamida acrescida de dodecil sulfato de sódio), o que as segrega, principalmente, por peso molecular (segunda dimensão). Como resultado, há a obtenção de um gel com proteínas em spots que correspondem a diferentes pesos moleculares e pontos isoelétricos. Após essa etapa, os spots proteicos podem ser retirados do gel e submetidos a análises adicionais, como por espectrometria de massa
          2. Metabolômica
            1. É o estudo científico que visa identificar e quantificar o conjunto de metabólitos (metaboloma) produzidos e/ou modificados por um organismo. O metaboloma representa o conjunto de todos os metabólitos em uma célula, fluido biológico, tecido ou organismo, sendo estas substâncias consideradas os produtos finais dos processos celulares. Enquanto os dados de expressão gênica de RNAm e análises proteômicas fornecem parte das informações dos eventos que ocorrem na célula ou organismo, o perfil metabólico pode fornecer um panorama geral sobre o estado fisiológico. Estas possibilidades da ferramentas da metabolômica são aplicadas em diversas áreas, como a toxicologia, a biologia sistêmica e genômica funcional.
            2. Nutrigenômica
              1. Ela é a área da Nutrição que utiliza ferramentas moleculares para pesquisar, acessar e entender as diversas respostas obtidas por meio de uma determinada dieta aplicada entre indivíduos ou grupos populacionais. O objetivo da Nutrigenômica é entender como os componentes de uma dieta específica (compostos bioativos) podem afetar a expressão de genes (aumentando ou suprimindo o seu potencial). Um exemplo dessa interação gene-nutriente é a capacidade de ligação a fatores de transcrição. Essa ligação aumenta ou interfere na capacidade de fatores de transcrição e na interação com os elementos que conduzem à cadeia da RNA polimerase. Os estudos sobre esta área estão centrados sobre os efeitos dos nutrientes no genoma, proteoma e metaboloma do indivíduo.
              2. Fenômica
                1. Fenômica ou fenotipagem de próxima geração (Next-Generation Phenotyping) é entendida como a fenotipagem em larga escala, de forma acurada (capaz de medir efetivamente as características), precisa (pequena variância entre medições repetidas), relevante e dentro de custos aceitáveis. Envolve uma série de técnicas high-throughput para automatizar e aumentar a capacidade de avaliação de grande número de fenótipos. Um exemplo é a Fenômica, aplicada ao melhoramento de plantas, isso dará um significativo salto de qualidade. De posse dessa ferramenta, os melhoristas poderão desenvolver cultivares agronomicamente superiores de forma mais rápida e precisa, aumentando a oferta de alimentos, fibras, bioenergia e outros produtos da agricultura para o bem-estar da humanidade.
                2. Farmacogenômica
                  1. É o ramo da farmacologia, com base em genômica, responsável pelo estudo da resposta de pacientes em relação a medicamentos e tratamentos de doenças, devido a variação genética entre diferentes indivíduos e suas respostas a ação das drogas. Com o objetivo de estudar e definir qual o tratamento mais indicado e reduzir os efeitos adversos do paciente. As principais pesquisas são realizadas em torno dos tópicos de expressão gênica, polimorfismos, com destaque em polimorfismos de nucleotídeo único , farmacocinética (absorção do medicamento, as vias, metabolismo e eliminação), farmacodinâmica (relacionado com os alvos dos medicamentos e a concentração do fármaco). O estudo da farmacogenômica também foca na identificação de alvos para novos medicamentos.
                  2. Transcriptômica
                    1. Transcriptoma é o conjunto completo de transcritos (RNAs mensageiros, RNAs ribossômicos, RNAs transportadores e os microRNAs) de um dado organismo, órgão, tecido ou linhagem celular. Portanto, ele é o reflexo direto da expressão dos genes O perfil do transcritoma pode variar segundo o momento (numa dada fase do ciclo celular, por exemplo), estado fisiológico, estímulos físicos, químicos, biológicos ou doenças. Como são os RNAm os codificadores das proteínas e, portanto, o centro dos interêsses da pesquisa de genômica funcional; na prática ficou estabelecido que o transcritoma abrange o conjunto desta espécie de RNA. Para estudar o transcritoma os pesquisadores utilizam métodos de análise em grande escala como SAGE (serial analysis of gene expression) e os microarrays ou microarranjos (microarranjos de cDNA), os microarranjos de oligos e os DNA-chips).
                    2. Epigenômica
                      1. O epigenoma responde aos sinais ambientais com a função de ligar ou desligar os genes, aumentando ou reduzindo a sua atividade.. A epigenética revela um mapa dos agentes que ligam ou desligam genes. É Importante conhecer os efeitos epigenéticos que desempenham um papel evolutivo importante, podendo transmitir-se por gerações. Esses mecanismos são afetados por alguns processos (desenvolvimento na fase intra-uterino e na idade infantil), bem como por alguns fatores (agentes químicos do ambiente, dieta) e pela idade. No fator da dieta, verifica-se, por exemplo, a metilação do DNA, em que grupos metilo ativam ou reprimem genes. As histonas são as principais proteínas que entram na regulação dos genes. A disponibilidade dos genes para serem ativados está relacionada com a capacidade dos fatores epigenéticos em interferir na modificação das histonas no DNA.
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