Pode ocorrer extravasamento do conteúdo esofágico para tecidos
adjacentes, e esse pode ser ou não visivel macroscopicamente
Deve- se tomar precauções em relação á contaminação:
antimicrobianos profiláticos, isolamento do local cirúrgico com panos
de campo, irrigar abundantemente o local antes da oclusão
Além da contaminação durante a cirurgia, pode ocorrer após, se
ocorrer extravasamento ou deiscência de pontos.
Abordagens
Abordagem do esôfago cervical
Abordagem do esôfago torácico cranial
por toracotomia intercostal lateral
Abordagem do esôfago na base cardíaca
por meio de toracotomia lateral direita
Abordagem do esôfago caudal
por toracotomia lateral caudal
Esofagotomia
incisão no lúmen esofágico
Separa-se o esôfago do restante do campo
Aspira-se o material do esôfago cranial antes da incisão, ou, se não,
oclui-se o lúmen cranial e caudal com pinças não esmagadoras
Colocam-se pontos de fixação adjacentes ao local da incisão
Faz-se a incisão em estocada no lúmen esofágico e
estende-se longitudinalmente conforme necessário
Se a parede esofágica estiver normal pode-se fazer a incisão sobre o corpo
estanho, se estiver comprometida faz-se caudal ao corpo estranho
Removê-los com pinça, evitando traumatismo adicional
Examina-se o lúmen esofágico, obtendo amostras de cultura
de possíveis áreas necrosadas e perfuradas
Debrida-se e fecham-se perfurações circundadas por tecido saudável, desde que
envolvam menos de um quarto da circunferência do esôfago
Se houver grandes áreas necrosadas ou perfurações
extensas realiza-se ressecção e anastomose
Para fechar a incisão no esôfago pode-se
usar uma ou duas camadas
Para fechar com uma camada passa-se o fio por todas as camadas da
parede esofágica, deixando os nós na superfície extraluminal
Para a sutura em duas camadas, incorpora-se a mucosa e a
submucosa na primeira camada de fechamento, com padrão
simples interrompido, deixando os nós dentro do lúmen esofágico
após incorpora-se as camadas adventícia, muscular e submucosa,
com os nós ficando extraluminais.
Esofagectomia
Caracteriza-se pela ressecção parcial do esôfago e deve se
realizada para remover segmentos desvitalizados
Deve-se evitar dissecção extensa para preservar a vasculatura
Tensão excessiva ao longo da anastomose e ressecção de mais
de 3 a 5 cm podem aumentar risco de deiscência
A técnica de esofagectomia é feita ocluindo o esôfago com uma pinça
não- esmagadora, e resseccionado-se a porção desvitalizada do esôfago
Após, aspira-se conteúdo do esôfago remanescente, coloca-se fios de
reparação, e aproxima-se as extremidades esofágicas, suturando-as com
o fechamento em uma ou em duas camadas
aproxima-se as camadas adventícia e muscular no lado distante
em relação ao cirurgião, , em metade da circunferência esofágica
aproxima-se a mucosa e a submucosa também da parede
distante, com nós intraluminais
aproxima-se a mucosa e a submucosa da parede próxima
aproxima-se então as camadas muscular e adventícia da parede próxima
Utiliza-se padrão de sutura simples
interrompido
Cuidados pós-operatórios
Fornecer fluidos intravenosos (IV) até que
o animal reassuma o consumo oral
pode-se oferecer água 24 h após a cirurgia e
alimentos liquidificados nas 24 h seguintes
Continua-se com o alimento liquidificado por
5 a 7 dias e então retoma-se gradualmente a
dieta normal na semana seguinte
Não sendo possível o consumo oral dentro de
48 a 72 h após a cirurgia deve-se fornecer
alimentação via sonda gástrica.