“A Educação do Campo compreende a Educação Básica em suas etapas de Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Educação Profissional Técnica de nível médio integrada com o Ensino
Médio e destina-se ao atendimento às populações rurais em suas mais variadas formas de produção
da vida — agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e
acampados da Reforma Agrária, quilombolas, caiçaras, indígenas e outros” (Resolução CNE/CEB nº 02
de 28/04/2008, art. 1º).
No campo, 29,8% dos adultos são analfabetos, enquanto na cidade esse
índice é de 10,3%.
Em relação à infra-estrutura, as escolas rurais estão em desvantagem. Enquanto na área urbana,
58,6% dos estabelecimentos de ensino têm biblioteca, essa é a realidade em apenas 5,2% das escolas
do campo. O mesmo cenário é verificado quanto a laboratórios de informática (27,9% e 0,5%),
microcomputadores (66% e 4,2%) e laboratórios de Ciências (18,3% e 0,5%).
Outro desafio é a formação dos professores que atuam nas escolas do campo. Segundo dados do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), aproximadamente 160 mil (44%) não
possuem sequer ensino superior.
A classe de estudantes desse tipo de educação, normalmente são residentes de lugares afastados e
muitas dessas escolas não possuem nem energia elétrica e nem um docente devidamente capacitado
para dar aulas para os mesmos. Uma escola do campo carece de profissionais capazes de fazer a
diferença e de, muitas vezes, se adaptar ao modo de vida dos alunos para assim planejar a aula
devidamente
Com mudanças na maneira que essa educação é ofertada, um projeto político-pedagógico realmente voltado para as pessoas dessa
comunidade, juntamente com um profissional devidamente qualificado e disposto a fazer a diferença e que consiga recursos para a
educação dessas pessoas, é possível que essa educação passe a ser de qualidade e ofertada para todos.
Um dos princípios é garantir a elas o direito de acesso ao conhecimento sobre o local onde vivem, que garante
sua sobrevivência social e material, além dos saberes universais, para que decidam se querem ficar ali ou, caso
contrário, tenham condições de viver na cidade.