Avaliar se a sobrecarga de
fluidos na terapia hídrica é
fator prognóstico para
pacientes com choque séptico
quando ajustada para os alvos
de depuração de lactato
Métodos
Coorte
retrospectiva
Coorte de pacientes com
choque séptico e balanço
hídrico foram
documentados
Estratificados por níveis de exposição
segundo a magnitude da sobrecarga de
fluidos por peso corporal após 24h de
terapia
Mensuração da exposição
Pacientes com retenção de fluidos > 5% de seu peso
corporal foram considerados expostos à sobrecarga de
fluidos
Resultado do método
pacientes capazes de atingir e manter
PA mior ou igual a 65 mmHg, saturação
arterial maior ou igual a 90% e débito
urinário maior ou igual a 0,5ml/kg/hora
nas primeiras 6h, foram considerados
dentro do alvo
ter nível arterial/venoso
central de lactato com
2mmol/L ou redução de pelo
menos 50%de seu valor inicial
dentro das primeiras 12 a 24h
de tratamento = atingimento
de alvo
Pacientes com infecção
comprovada/ provável, que
tenham utilizado suporte com
vasopressores para manter
PA maior ou igual a 65mmHg
e níveis de lactato maior ou
igual a 2,0= CHOQUE SÉPTICO
Critérios de inclusão para
a coorte
Idade mínima de 18 anos
Diagnóstico de choque séptico
Critérios de
exclusão
Mulheres grávidas ou
mulheres no período perinatal
Pacientes em choque cardiogênico
Limitação terapêutica quando da admissão
à unidade
Erros na história
clínica
Diagnóstico confirmado de cirrose hepática
Choque por traumatismo espinhal
recente
Pacientes em choque que
morreram dentro das
primeiras 24 horas após a
admissão
Resultados
213 pacientes com
choque séptico
Após o tratamento, 60,8% tiveram
depuração de lactato acima de 50%
97 pacientes (46%) desenvolveram
sobrecarga de fluidos ≥ 5%
30 (13%) desenvolveram sobrecarga ≥
10%
Pacientes que desenvolveram sobrecarga
de fluidos foram tratados com
Ventilação mecânica
Albumina
Corticosteroide
Balanço acumulado de fluidos não se
associou com mortalidade
Comorbidades, câncer, HAS e DM
Taxa de mortalidade aos 30 dias foi de 44%
58 anos em média
INTRODUÇÃO
Sepse é uma resposta inflamatória não
homeostática a uma infecção
Acaba em danos a
órgãos
Ressuscitação inicial baseada na administração de
fluidos cristaloides isotônicos
Abordagem com maior nível de
evidência
Problema
Efeito é errático, imprevisível e de vida
muito curta
Pacientes com sepse desenvolvem
sobrecarga de fluidos
Aumento das taxas de mortalidade à medida que aumenta a
sobrecarga de fluidos
Pacientes mais criticamente doentes são os que têm maior
probabilidade de receber mais fluidos durante o tratamento