doença da tireoide, disfunção
hepática ou renal, Cushing
anamnese
excluir: gestação, amamentação,
amenorreia por medicação, menopausa
importante: cronologia do evento, como
ocorrem o ciclo menstrual, histórico obstétrico,
estilo de vida e hábitos alimentares, histórico
familiar, patologias existentes
primária: aparecimento de características sexuais e o
tempo
a menarca não ocorreu aos 15 anos de idade em meninas com caracteres sexuais secundários presentes; • a menarca não
ocorreu 5 anos após o início do desenvolvimento das mamas, se isto se deu antes dos 10 anos de idade; • nas meninas em
que, aos 13 anos de idade, seja observada completa ausência de caracteres sexuais secundários. Algumas situações que
devem ser particularizadas: • presença de características sexuais secundárias antes dos 15 anos e ausência de
menstruação, porém com dor pélvica cíclica: iniciar investigação devido ao risco de obstrução do trato genital
lembrar de investigar: outros sinais e sintomas,
outras patologias, estilo de vida, outros orgãos
(tireoide, adrenal, fígado)
Estresse, alteração de peso, alteração de hábitos alimentares e
atividade física, presença de doenças crônicas
associar-se à amenorreia hipotalâmica ou hipofisária
Presença de dor pélvica cíclica (cólica) de caráter
progressivo, associada à amenorreia primária
Nesta situação, com hormônios normais e útero
funcionante, pode haver obstrução do fluxo menstrual
quando a menarca já ocorreu, a ausência de
menstruação é denominada amenorreia secundária e
deve ser investigada quando a menstruação não ocorre
por 3 meses ou quando ocorrerem menos de nove
menstruações em um ano.
exame
físico
presença de alteração dos órgãos genitais ou de estigmas genéticos
sugestivos
Presença ou ausência de caracteres sexuais
secundários
Desenvolvimento inadequado sugere deficiência de
estradiol
ausência ou escassez de pelos, principalmente com mamas
normodesenvolvidas, sugere deficiência de receptores androgênicos
Crescimento estatural
adequado
síndrome de Turner ou, menos frequentemente, à deficiência de GH
acne, hirsutismo,
virilização
relacionar-se à anovulação hiperandrogênica, como na síndrome
dos ovários policísticos, na hiperplasia adrenal congênita
Galactorreia
hiperprolactinemia
Exame genital
virgens
hímen imperfurado, inspeção; já o diagnóstico de vagina
curta, pela introdução de cotonete; atrofia vaginal
não virgens
o especular pode auxiliar na avaliação de outras más-formações vaginais
e de colo, e o toque bimanual, na avaliação dos órgãos pélvicos
medições antropométricas, ancantose nigrante
exoftalmia
hipertiroidismo
gordura supraclavicular e estrias abdominais
suspeitar doenças de cushing
exames
complementares
laboratorial
Dosagens séricas de FSH e prolactina
Nível sérico de FSH: Elevado, indica insuficiência ovariana. Normal e com útero
ausente, indica malformação mülleriana ou síndrome de insensibilidade
androgênica. - Baixo ou normal e com útero presente, considerar todas as causas de
amenorreia com eugonadismo e as causas de hipogonadismo hipogonadotrófico.
TSH e T4 livre
testes hormonais
teste do
progestágeno
administração de hormõnio por 10 dias
se houver sangramento, endométrio
proliferativo e trato genital pervio e normal
suspeitar de SOP
se não houver sangramento
suspeitar de endométrio hipotrófico ou
alterações anatômicas
teste do estrogênio com progestagênio
administração de estrogênio por 20
dias e progestágeno por 10 dias
interrupção de 20 dias
sem sangramento
concluir alterações anatômicas
com sangramento
finaliza-se hipoestropgenismo
beta HCG
de imagem
Ultrassonografia pélvica transvaginal ou por via abdominal em mulheres que
não iniciaram atividade sexual
Ressonância magnética ou tomografia de sela túrcica ou de
crânio, quando necessário investigar tumores
cariótipo
indicação
amenorreias hipergonadotróficas, FSH elevados,
que se manifestem como amenorreia primária ou
nas que se manifestam como amenorreia
secundária em mulheres com menos de 30 anos.
Também deve ser solicitado nas amenorreias
primárias com ausência de útero e FSH normal
resultados e síndromes
amenorreia
primária
síndrome de Turner 45, X0
tratamento
depende da patologia subjacente
pode ser clínico, cirúrgico ou apenas acompanhamento
tratamento cirúrgico
neoplasias ovarianas e de suprarrenal
sinequias intrauterinas
lise por histeroscopia, podendo ser seguido da colocação de
dispositivo intrauterino, associado ou não à terapia estrogênica
más-formações müllerianas têm tratamento
dependente da malformação encontrada
síndrome de Rokitansky com agenesia uterina e de vagina
realização de neovagina
ausência de útero
transplante uterino (experimental)
insuficiência ovariana prematura ou de disgenesia gonadal
com cariótipo contendo cromossomo Y
gonadectomia está indicada, bem como nos casos de insensibilidade
androgênica, devido ao risco de tumor da gônada
tratamento clínico
hiperprolactinemia
causas
mastectomia
prolactinomas
insuficiência renal ou hepática
tratamento com agonistas
dopaminérgicos
cabergolina
dose inicial é de 0,5 mg, uma vez por semana, com aumento gradativo de
acordo com o controle clínico dos sintomas e dos níveis de prolactina
maior especificidade, com menos efeitos colaterais e, por
ter meia vida longa, com maior comodidade posológica.
reavaliação
a cada quatro a oito semanas
hipoestrogenismo
amenorreia primária sem desenvolvimento
dos caracteres sexuais secundários
começar o tratamento com pequenas doses de estrogênio e,
posteriormente, aumentar a dose até o desenvolvimento
mamário, com posterior inclusão de progestagênio
amenorreia secundária
reposição com estrogênios
conjugados ou estradiol
nas mulheres com útero, a adição de progestagênio é
necessária para evitar o câncer de endométrio.
proceder à reposição estroprogestativa concomitante ao tratamento
específico para a causa até o restabelecimento da função ovariana
anovulação hiperandrogênica
o hiperandrogenismo iatrogênico, por uso exógeno de androgênio
orientar a interrupção do fármaco ou substância desencadeante
deficiência enzimática da suprarrenal
prednisona na dose de 2,5 mg a 7,5 mg ao dia ou
dexametasona, na dose de 0,25 mg a 1 mg ao dia
síndrome dos ovários policísticos
progestagênios cíclicos ou anticoncepcional
hormonal combinado oral
promovem regularização do ciclo menstrual e
proteção contra carcinoma endometrial
não trata o hiperandrogenismo
resistência à insulina
alteração do estilo de vida, perda de peso e substâncias
sensibilizadoras, como metformina (500 mg a 2500 mg ao dia)
restauração da fertilidade
insuficiência ovariana prematura
gravidez com óvulo de doadora
amenorreias centrais ou nas causadas por
doenças que levam à anovulação crônica
indução da ovulação
escolhas variáveis a depender, especialmente,
da causa da amenorreia e do estado estrogênico
citrato de clomifeno (na dose de 50-150 mg/dia, iniciando a partir do 2º ao 5o dia do ciclo
menstrual e por 5 dias); letrozol ou gonadotrofinas utilizadas em dose variável dependendo
de vários fatores, sendo importantes a idade da mulher e o crescimento folicular