Dilemas contemporâneos das pesquisas
sobre gestão metropolitana
Breve posicionamento histórico e apresentação das inquietações
científicas que levaram a produção do trabalho
Qual a grande questão no debate sobre RMs?
Se as RMs se transformaram ao longo das últimas décadas, por que pensamos
sobre elas da mesma forma?
Existem posicionamentos teóricos divergentes na produção
acadêmica ou os autores tendem a pensar de maneira
incremental, sem questionar os pressupostos dos estudos
anteriores?
Objetivo do trabalho: analisar a produção científica no campo da
gestão metropolitana a partir da década de 1980 até a atualidade
Hipótese: existe uma tendência de reprodução das mesmas ideias concebidas desde
a década de 1980, que são reformadas, mas nunca reconstruídas. Em outras palavras,
há uma característica de imutabilidades nas pesquisas sobre gestão metropolitana,
que se estruturam majoritariamente a partir de uma leitura incremental, na qual se
reproduz (quase que catequeticamente) as mesmas discussões que se originaram nas
décadas de 1970/1980
Metodologia de pesquisa: realização de dois estudos bibliométricos
complementares
Análise dos trabalhos publicados nos anais do ENANPUR (1989 à
2015)
Estudo bibliométrico 01: buscar compreender a partir da análise de
discurso dos artigos publicados nos anais do ENANPUR o que se fala
das RMs, qual a perspectiva de análise, qual a proposta (se houver) e
qual a grande conclusão do trabalho?
Estudo bibliométrico 02: compreender quem são os autores seminais
utilizados como referência na produção científica sobre gestão
metropolitana? Eles dialogam com polêmica ou 'concordativamente'?
Eles permanecem constante ao longo do tempo?
Reflexões oriundas dos estudos bibliométricos empreendidos
Analisar a evolução histórica da produção acadêmica sobre o tema e posicioná-la no macrocontexto social e político
Investigar os descompassos entre os pressupostos básicos adotados nos trabalhos analisados e o momento temporal em
que eles se inseriam
Relacionar as reflexões com as ideias da resistência extemporânea e da dissociação entre uma concepção moderna na
discussão sobre gestão metropolitana x as características estruturantes da sociedade pós-moderna
Provável questão vinda da pesquisa: se as RMS mudaram tanto (em termos demográficos, sociopolíticos e institucionais), por que continuamos olhando para ela da mesma forma? Por que os
pressupostos de pesquisa não se alteram, as fontes de pesquisa permanecem as mesmas e as perspectivas sempre se fundamentam no mesmo cenário?
Justifica-se de alguma forma essa imutabilidade ou é apenas inércia acadêmica?
Questão problema: qual a grande questão no debate das RMs?