A partir do terceiro século d.C., o Império Romano iniciou sua fase de declínio e decadência, que
acabou resultando na fragmentação de sua parte ocidental.
Às crises econômica e política, somou-se a chegada dos germânicos, levando ao fim da parte ocidental
do império e à ocupação de seu território por esses povos.
As razões da crise romana
Até parte do século II d.C., o Império Romano viveu um período de relativa paz e grande prosperidade,
que ficou conhecido como Paz Romana.
O final desse período foi marcado pela morte do imperador Marco Aurélio em 180 d.C., Roma entrou em
decadência até a fragmentação da parte ocidental do império em 476.
A decadência do Império Romano estava relacionada, primeiramente, com a crise do sistema escravista.
Esse sistema era parte essencial da economia romana, que contava com a renovação da população de
escravos do império por meio das guerras de conquista e expansão, típicas da história romana.
A crise política
Além da crise do sistema escravista e da economia, a crise política também contribuiu para o
enfraquecimento do império.
Entre o século III e V, foi marcado por uma intensa disputa pelo poder, com conspirações sendo
realizadas contra os imperadores, o que gerava uma instabilidade que enfraquecia a administração
romana.
Essa crise política estava relacionada, principalmente, com o fortalecimento da figura do imperador com
a profissionalização do exército romano.
Como a continuidade do poder em Roma não acontecia necessariamente a partir
da hereditariedade, e sim pela influência, os generais, muitas vezes, conspiravam
para garantir uma posição de poder.
Crescimento do cristianismo
Por fim, o crescimento do cristianismo foi um outro fator de relevância para o agravamento dessa crise,
uma vez que o avanço dessa religião provocou o enfraquecimento da figura do imperador, já que os
cristãos não aceitavam prestar-lhe culto religioso, como era o costume na época.
Além disso, os cristãos eram contrários à escravidão, e o crescimento dessa religião contribuiu para
enfraquecer ainda mais uma instituição já debilitada.