A campanha de Jânio foi um sucesso, refletido na quantidade de votos obtidos e na larga margem em
relação a seus adversários. O resultado final foi |1|: Jânio Quadros (UDN): 48% dos votos; Henrique
Teixeira Lott (PSD/PTB): 32% dos votos; Ademar de Barros (PSP): 20% dos votos.
Durante a campanha eleitoral, uma gama de eleitores passou a defender o “voto Jan-Jan”, ou seja, Jânio
para presidente e Jango (João Goulart) para vice.
Jânio conseguiu atrair o voto tanto da classe alta quanto da classe média, que vinham nele uma
esperança de combater a inflação e de garantir a continuidade do crescimento econômico do país.
Governo Jânio Quadros
Politicamente, o governo de Jânio também foi desastroso. O presidente iniciou uma devassa
moralizadora nos cargos administrativos e denunciou abertamente políticos do PSD e PTB. Além disso,
não fazia questão nenhuma de manter a cordialidade com o partido que o apoiava – a UDN. Isso levou
Jânio a se isolar politicamente, passando a governar sem o apoio parlamentar, fato que inviabilizava a
governabilidade presidencial.
O governo de Jânio Quadros durou seis meses e é considerado pelos historiadores como um governo
confuso, que tomou decisões erradas e que contribuiu para lançar o país em um grande crise política.
Nas questões relacionadas à economia, o grande foco de Jânio Quadros era o combate à inflação. Para
isso, iniciou um plano econômico de austeridade que previa redução de gastos e impôs algumas
medidas bastante impopulares.
O resultado disso foi uma disparada dos valores de produtos importados, combustíveis, passagens de
ônibus e pão.
Renúncia de Jânio
Em agosto de 1961, a crise do governo de Jânio era aguda. Carlos Lacerda, o homem que o havia
apoiado nas eleições, agora o atacava abertamente.
Jânio nunca explicou o que o motivou a renunciar, mas há um consenso entre os historiadores de que
foi uma tentativa de autogolpe.
Com a renúncia de Jânio, uma grave crise política iniciou-se. A cúpula militar afirmou que não
aceitaria a posse de João Goulart, vice-presidente e sucessor, de acordo com a Constituição de 1946.
Isso deu início à campanha da legalidade, no qual, grupos mais ligados à esquerda defendiam a posse
de João Goulart.
Jânio Quadros foi eleito presidente do Brasil em 1960 e assumiu seu cargo em janeiro de 1961. O
governo de Jânio foi um período turbulento, caracterizado por tomada de medidas confusas e
impopulares.