O quadro de Domenico Di Michelino destaca a figura do poeta
Dante Alighieri. Vai mais além: sugere que sua obra, A divina
comédia, contém a explicação para a vida e a morte. Essa nova
maneira de representar a importância do ser humano sinaliza o
surgimento de uma nova mentalidade.
O SURGIMENTO DA
BURGUESIA
Muitos camponeses, atraídos pelas promessas de
prosperidade, transferiram-se para os brugos, onde
começaram a trabalhar como pequenos mercadores.
Surgia, assim, a burguesia.
UMA CULTURA LEIGA
Enriquecida com as atividades comerciais, a
burguesia necessitava de uma formação
cultural mais sólida, que a ajudasse a
administrar a riqueza acumulada.
O HUMANISMO: UM
NOVO OLHAR PARA
O MUNDO
O Humanismo foi um movimento artístico e
intelectual que surgiu na Itália no final da
Idade Média (século XIV) e alcançou plena
maturidade no Renascimento.
O PROJETO LITERÁRIO
DO HUMANISMO
O Humanismo representa um momento de transição entre o
mundo medieval e o moderno. Por esse motivo, o projeto literário
humanista não tem características completamente definidas: o
velho e o novo convivem, provocando uma tensão que se
evidencia na produção artística e cultural.
OS AGENTES
DO DISCURSO
O contexto de produção da literatura
humanista é o mesmo do Trovadorismo:
as cortes e os palácios. A função
principal da literatura é promover a
diversão é o prazer da aristocracia.
• O HUMANISMO E O
PÚBLICO
O público das trovas e canções
produzidas durante o Humanismo é
essencialmente o mesmo das cantigas
dos trovoadores: os nobres.
LINGUAGEM: A
IMPORTÂNCIA DAS
METONÍMIAS
Uma consequência dessa intenção humanista ficará
evidente na seleção de imagens trabalhada em
poemas da época. Partes do corpo humano -
geralmente olhos e coração - são mencionadas nos
poemas para ilustrar os efeitos do amor. Esse mesmo
procedimento também é utilizado para mostrar como
determinada parte do corpo feminino simboliza todas
as qualidades da mulher louvada no poema.
A PRODUÇÃO DO
HUMANISMO EM
PORTUGAL
O ressurgimento da poesia, então
separada da música, ocorre
durante o reinado de D. Afonso V,
no século XV, impulsionado pela
renovação cultural promovida na
corte protuguesa.
FERNÃO LOPES:
CRONISTA DOS
REIS E DO POVO
A nomeação de Fernão Lopes como cronista-mor do reino,
em 1434, é considerada o marco inicial do Humanismo
português. Fernão Lopes distinguia-se demais cronistas
pela importância que dava ao povo, tratado por ele como
coadjuvante da história dos reis. Essa opção do cronista
exemplifica o seu espírito humanista.
A POESIA
PALACIANA
A poesia palaciana consistia em
composições coletivas, produzidas
para ser apresentadas no serões
do Paço Real, diante da corte.
• FORMAS DA
POESIA PALACIANA
• A trova: composta de duas ou mais quadras de
versos de sete sílabas e rimas ABAB; • O vilancete:
composto de um mote seguido de voltas ou glosas
de sete versos; • A cantiga: composta de um mote
de quatro ou cinco versos e de uma glosa de oito ou
dez versos; • A esparsa: composta de uma única
estrofe de oito, nove ou dez versos de seis sílabas
métricas.
O TEATRO DE
GIL VICENTE
Na Idade Média, as peças de teatro
eram todas de caráter religioso e
costumavam ser apresentadas no
pátio das igrejas e dos mosteiros.
• TEATRO,
CRÍTICA E HUMOR
As peças de Gil Vicente têm caráter
moralizante, ou seja, procuram tematizar
os comportamentos condenáveis e
enaltecer as virtudes.