É dividida em Alta Idade Média e Baixa
Idade Média devido à sua extensa
duração
Alta Idade Média (V d.c - XI d.c)
Período após o fim do Império Romano devido às
migrações bárbaras, ficou caracterizado pela maturação de
novas instituições políticas, econômicas, sociais e culturas
na Europa, com alto destaque sobre o feudalismo
Sociedade e Economia
A sociedade ficou composta pelos germânicos e
romanos onde, mais tarde, provocou a
miscigenação desses povos.
Nesse período, houve a grande perda de poder por parte dos monarcas
para a Igreja Católica e para os nobres proprietários de terra, que
tiveram seu prestígio social e poder político aumentados, o que
provocou uma diminuição do comércio interno e, consequentemente, a
aceleração do processo de ruralização.
Feudalismo
Sistema caracterizado pela descentralização do poder político
onde grandes nobres (vassalos) recebiam terras, chamadas de
feudo, prestando fidelidade, fornecimento de ajuda financeira e
tropas armadas em troca de defesa da sua honra e justiça por
parte do rei. Mais tarde, isso resultou no estabelecimento de
uma novo grupo social: a nobreza feudal.
O trabalho nos feudos se tornaram o
a principal forma de sustento da
maior parte da população (quem não
tinha terra)
A unidade de produção básica foi o senhorio, que era essencialmente
agrário e era composto de três partes: o manso senhorial (parte da
produção reservada ao senhor feudal), o manso servil (terras arrendadas
pelos servos do feudo, onde parte dos produtos eram destinados aos
camponeses) e as terras comunais (terras de uso coletivo).
Assim, os camponeses trabalhadores eram
divididos em 3: homens livres, servos (eram
submissos aos senhores feudais através de
juramentos de fidelidade e obediência, além de
serem impostos a uma série de taxações e
impostos), escravos e vilões (pequenos lavradores
que entregaram suas terras à senhores mais
poderosos e não eram ligados diretamente à terra).
Assim, a sociedade no total ficou dividida e
organizada em:
Religião
Islamismo
Religião bastante
difundida na
Península Arábica por
árabes e
mulçumanos, teve
origem a partir da
visão que o profeta
Maomé tivera com o
anjo Gabriel, que
encarregara os
árabes (antes
politeístas) à
submissão de um
Deus único (Alá).
O grande processo de
expansão do islamismo no
Mundo Ocidental levou ao
estabelecimento de
relações
culturais/econômicas
entre a Europa e o mundo
Árabe.
Cristianismo
O cristianismo obteve bastante influência e
poder na sociedade medieval, onde a Igreja
era possuidora de quase metade das terras
férteis do Ocidente e possuía um alto
monopólio sobre a escrita e leitura e
controlava os comportamentos e ações do
homem medieval por meio de sua grande
influência religiosa. Assim, a Igreja era
também a instituição mais rica do Período
Medieval.
Baixa Idade Média (XI d.c - XV
d.c
Sociedade e Economia
Devido ao alto crescimento populacional
juntamente à ampliação da mão de obra,
houve a produção de excedentes nos feudos,
que passaram a ser comercializados entre os
senhores feudais, contribuindo para o
desenvolvimento do comércio e da circulação
de moedas;
Com isso, uma maior parcela da população passou a se
vincular a outras atividades econômicas, com destaque para
os burgueses (mercadores que vendiam seus produtos nas
feiras aos redores das cidades), que tinham grande
administração da circulação e empréstimos de moedas nas
cidades. Além disso, houve a maior luta e resistência de servos
e trabalhadores (através das comunas) sobre o controle dos
senhores feudais, gerando liberdade nas cidades.
A Crise do Feudalismo (XIV - XV)
Nesse período, uma enorme crise abalou
a Europa medieval, onde mais de 25% da
população estava morrendo por causa da
fome, guerras, revoltas e epidemias.
A produção nos feudos encontrava-se estagnada, devido às
mudanças climáticas e diminuição da fertilidade das terras, e
não conseguia acompanhar o grande crescimento
populacional europeu, o que provocou a grande desnutrição e
má alimentação da população, onde no período da Grande
Fome (1315 - 1317), houve um grande aumento da
mortalidade europeia.
A difusão da peste bulbônica (Peste
Negra), transmitida pelas pulgas de ratos
de navios comerciais vindos do Oriente
Médio, foi algo que contribuiu ainda mais
para o alto índice de mortalidade na
Europa.
Assim, a alta escassez de mão de
obra provocada pela crise
resultou na maior resistência dos
camponeses sobre os tributos
dos feudos, abalando a nobreza.
Um quadro que também contribuiu para
as mortes na Europa foi a Guerra dos
Cem Anos (1337 - 1453), ocorrida pelas
ligações feudais entre os reis ingleses e
franceses.
Os Estados Nacionais
Surgiram a partir do vazio
de poder aberto provocado
pelo enfraquecimento da
nobreza feudal, unificaram
politicamente alguns
territórios na Europa
Ocidental sob o comando
de um monarca,
permitindo também a
centralização de impostos,
leis, fronteiras, moedas,
etc, controlando também
aquela situação de crise
contribuindo para o
comércio e burguesia.
Os primeiros Estados Nacionais foram
Portugal, Espanha, Inglaterra e França.
Período da Idade Média marcado por diversas mudanças na
Europa feudal, além de poder viver uma relativa estabilidade e
segurança. Nesse período, houve o grande desenvolvimento
das atividades comerciais com grande urbanização ao redor dos
reinos, além das inovações técnicas na agricultura dos feudos.
Religião
Durante esse período, se iniciou um intenso
processo de união entre os povos cristãos,
fortalecida pelo objetivo de combaterem os
"infiéis", investindo sua força para recuperar
locais "sagrados", o que culminou no
movimento das Cruzadas.
Cruzadas
Foi um movimento cristão que visava a recuperação de locais
sagrados (Terra Santa) pela Igreja e combater os mulçumanos.
Porém, outros interesses estavam envolvidos nesse movimento,
como para os endividados que buscavam o perdão de dívidas,
os comerciantes viam a possibilidade de novas mercadorias,
servos e camponeses poderiam obter terras na região, etc.
Na sociedade medieval, as
Cruzadas aceleraram problemas já
existentes, como o
enfraquecimento da aristocracia
feudal e dos laços de servidão
devido ao grande número de
nobres sem terras.
A partir disso, houve o grande
fortalecimento da burguesia por
meio da abertura de
intercâmbios comerciais com o
Oriente, como no domínio
italiano sobre o Mediterrâneo
possibilitado pelas Cruzadas,
contribuindo também para as
relações econômicas na Europa.
Porém, do ponto de vista cristão,
as Cruzadas foram um fracasso,
com poucos resultados, pois não
reconquistaram a Terra Santa
(Jerusalém) e a Igreja Católica
saiu enfraquecida e até mesmo
questionada.