Mulheres de 25 anos a 64 anos,
anualmente, se dois resultados
normais, repetir a cada 3 anos
Hipóteses Diagnósticas
Não estruturais: distúrbios hemorrágicos, violência sexual,
alterações hormonais, iatrogênica, endometriose
Estruturais: mioma, pólipo, câncer de ovário, câncer de colo de útero, metástase, câncer
de endométrio
Câncer de colo
uterino
Fatores de Risco
HPV
É o principal fator de risco, presente em 99% dos casos
Principalmente os subtipos 16 e
18
Multiparidade
Número elevado de parceiros
sexuais
Tabagismo
Imunossupressão
transplantadas, doença autoimunes e de colágeno
Imunodeficiência
infecção pelo
HIV
Antecedentes de
ISTs
Deficiência de
alfa-1-antitripsina
alteração genética relacionada ao câncer de colo
uterino
Diagnóstico
Anamnese
Valorizar queixas de sangramento genital irregular ou associado as relações
sexuais, presença de corrimento fétido, aquoso contínuo, queda do estado
geral com emagrecimento e diminuição do volume urinário por obstrução
da via urinária (crescimento tumoral)
Exame
físico
Exame do abdome, Papanicolau, avaliação
retal
Colposcopia e
biópsia da lesão
Principal exame para
diagnóstico
Tratamento
Orientado segundo o
estadiamento do tumor.
Estágio Ia1, Ia2, Ib1, Ib2 e IIa1: tratamento cirúrgico
Estágios Ib3: radioterapia e quimioterapia radiossensibilizante
IIa2 em diante: rádio e
quimioterapia
Conceitos
Climatério
fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo.
Menopausa
tem início a partir da última menstruação da vida da mulher
Normalidade da menstruação
Duração do ciclo
de 24 a 38 dias. Média de 28 dias.
Duração do fluxo
4,5 a 8 dias.
Maior que 8 dias é considerado prolongado
Menor que 4 dias é considerado curto.
Volume de sangramento
5 a 80 mL a cada menstruação
Exames de coagulação
Tempo de Tromboplastina
Parcial ativada (TTPa)
corresponde ao tempo gasto para ocorrer a coagulação do
plasma recalcificado em presença de cefalina.
O valor de referência deve variar entre 24 a 40 segundos.
Estará aumentado quando o paciente tiver deficiência de fatores da via
intrínseca (fatores XII, XI, IX e VII) e de fatores da via comum (X, V, II e
fibrinogênio) da cascata da coagulação. É o caso de pacientes com
hemofilias A e B, doenças hepáticas, uso de anticoagulantes e deficiência
de vitamina K, uma vez que os fatores II, IX e X dependem desta
vitamina.
Tempo de Atividade da
Protrombina (TAP)
é um teste para avaliar a via extrínseca e a via comum, ou
seja, os fatores VII, X, V, II e o fibrinogênio.
O valor de referência deve variar entre 10 e 14 segundos.
Estará aumentado em casos de deficiência de fibrinogênio e
de qualquer um dos fatores mencionados, em pacientes que
fazem uso de anticoagulantes, nas doenças hepáticas e
deficiência de vitamina K.
RNI (Relação Normatizada
Internacional)
o valor de referência deve variar entre 0,8 e 1. No caso de se estar utilizando
anticoagulantes orais o valor deve estar entre 2 e 3.
A principal utilidade do RNI é a monitorização da terapia anticoagulante oral
É a relação é feita através dos valores do TAP, da
média do valor normal de um TAP e o índice
internacional de sensibilidade (IIS), que é específico
para cada reagente usado.
Exame
ginecológico
Mama
Inspeção estática
e dinâmica
Palpação de cadeia linfonodal
( axilar, infra clavicular e
supra clavicular)
Palpação dos quatro
quadrantes da mama
Expressão
papilar
Genitália
Inspeção externa
e interna
Palpação de pequenos e
grandes lábios
Exame
especular
Palpação
bimanual
Abdome
Inspeção
Palpação superficial
e profunda
Percussão
Perguntas
1- Qual o volume e duração do sangramento?
2- Há presença de dor associada?
3- Qual a quantidade de filhos? Amamentou?
4- Há histórico familiar de câncer?
5- Quando foi o inicio do climatério?
6- Já sofreu algum abuso sexual?
7- Tem histórico de DST?
8- Algum preventivo já apareceu alterado?
9- O ciclo menstrual era regular?
10- Houve perda de peso recentemente?
SOAP
S: Paciente feminina, 68 anos, classe social D, relata quadro de sangramento vaginal há 30 dias, nega uso de
medicamentos e reposição hormonal, trás consigo exames laboratoriais feitos, último exame especular
realizado há 4 anos.
O: BEG, LOTE, anictérica, acianótica, hidratada, normocorada, sem edema, PA 110 x 70 mmHg, FR 15 rpm ,
FC 88 bpm, peso 98 kg, altura 1,55 m, IMC: 40,8 (obesidade grau 3), aparelho cardiovascular e respiratório
normais, abdome globoso e indolor à palpação superficial e profunda, ausência de visceromegalias.
Exame ginecológico: colo uterino com atrofia e sangramento ativo em pequena quantidade.
A: SUA, obesidade grau 3
P: Hemograma, FSH e LH, ultrassom transvaginal, RNI, TTPa, papanicolau ( se alterado, pedir colposcopia)
OBJETIVOS DE ESTUDO
Compreender o Câncer de ovário e o endometrial (quadro clínico,
fatores de risco, diagnóstico, tratamento)
Estudar os exames de coagulação (RNI, TTpa, Tempo de sangramento)
Relembrar as principais causas de SUA
Elucidar como é feito o rastreamento de câncer de colo uterino
e endomentrial em maiores de 64 anos.
Rever como é realizado o exame ginecológico em maiores de 64 anos
Câncer
endometrial
Tipos
Tipo I: Adenocarcinoma endometrioide: É o tipo histológico mais
comum. Tem relação com estrogênio. Mais fácil de diagnosticar pois
apresenta sintomas mais precoces (sangramentos) antes de atingir
estágios avançados de invasão uterina pela disseminação linfática e
pela cavidade abdominal.
Tipo II: Adenocarcinoma seroso, células claras e outros. Não têm
relação com o estímulo estrogênico, mas com mutações genéticas. Tem
alta relação com falhas terapêuticas e recorrências, desenvolvendo-se
em endométrio atrófico, portanto em mulheress acima de 65 anos.
Fatores de risco: estão relacionados
há maiores exposições aos
estrogênios (endógenos ou
exógenos)
Obesidade/Síndrome Metabólica
Nuliparidade
Ciclos anovulatórios
Terapia hormonal exclusiva com estrogênio
Alterações genéticas
Tríade
obesidade-hipertensão-diabetes
Uso de tamoxifeno para prevenção ou tratamento para câncer de mama
Outros: Tumores produtores de estrogênio, pólipos endometriais, hiperplasias
endometriais atípicas, menarca precoce ou menopausa tardia
Apresentação
Clínica
O principal sintoma referido é o
sangramento anormal em mulheres na
perimenopausa ou na pós-menopausa
Diagnóstico
Ultrassonografia pélvica e transvaginal
para avaliar espessura endometrial.
Valores de corte para espessura do
endométrio: 4mm para mulheres
menopausadas e 8mm para menopausadas em
uso de reposição hormonal
Trimestral no primeiro ano e semestral indefinidamente
Exames complementares semestrais: Radiografia de tórax,
US pélvica e abdominal e citologia oncótica.
Rastreamento
Não há rastreamento populacional
para o Câncer de endométrio.Como
o sangramento vaginal costuma ser
precoce é improvável que a US
promova diagnóstico antes do
sintoma.
Exceto quando há Síndrome de Lynch
associada na família, aí é indicado o
transvaginal a partir dos 35 anos
Fatores protetores
Uso de contraceptivo oral
Multiparidade
Tabagismo
Terapêutica complementar progestogênica
HIperplasia de endométrio
Hiperplasia atípica complexa
Câncer de
ovário
Fatores de risco
Mutação do gene BRCA1 e BRCA2
Menarca precoce
Menopausa tardia
Nuliparidade
Endometriose
História familiar de CA de mama ou de ovário
Locais de grande incidência de industrialização
Fatores de proteção
Anticocepcional oral
Gestação
Anovulação crônica em quem tem SOP
Amamentação
Etiopatogenia de
acordo com a
idade
Perimenopausa
Ciclos anovulatórios, neoplasias benignas e
malignas.
Idade
reprodutiva
Gravidez, alterações anatômicas no útero, como leiomiomatose, adenomiose e pólipos endometriais.
Adolescência
Pensar em anovulação ou defeitos na coagulação. Avaliar gestação, ISTs e abuso sexual.
Infância
Vulvovaginites são as causas mais frequentes. Outras causas: condições
dermatológicas, crescimento neoplásico, trauma, abuso sexual e corpo
estranho.
Pós-menopausa
Atrofia do endométrio e vagina por ausência de estrogênio, pólipos endometriais,
carcinoma endometrial, tumor ovariano produtor de estrogênio e neoplasias ulcerativas
vulvar, vaginal e cervical.
Principais
causas
Gravidez
Hiperplasia endometrial
Pólipos
endometriais
endocervicais
Miomatose uterina/ Leiomioma
Adenomiose
Endometrite
crônica
DIU
Contracepção
hormonal
Terapia de reposição hormonal
Doença renal e
hepática
Coagulopatias
Doença
tireoidiana
PTS
Realizar a biópsia com trocarte de Pipelle
Se confirmado o câncer de endométrio realizar a histectomia
Pedir o marcador CA125
Pedir raio x de tórax para verificar presença de metástase pulmonar
Orientar redução de peso e mudança de estilo de vida