A deriva continental e atectônica
global de placas
No início do século XX, o geofísico e meteorologista alemão
Alfred Wegener, elaborou a Teoria da Deriva
Continen- tal. De acordo com essa teoria, há cerca de 300
milhões de anos havia um supercontinente chamado Pangeia
circundado por um enorme oceano de
nome Pantalassa, que se
fragmentou nos continentes conhecidos atualmente. Em sua
teoria, Wegener baseava-se na evidência observada na
geomorfologia, pautada na possibilidade de encaixe entre a
costa oriental da América do Sul com a costa ocidental da
África.
Mesmo assim, a teoria de Wegener foi contestada pelos
cientistas da época. Foi somente na década de 1960, após
estudos de diversos pesquisadores, que os geólogos
estadunidenses Harry Hess e Robert Dietz propuseram a
hipótese de que as placas tectônicas estavam em movimento.
Desde então, sabe-se que a crosta terrestre está dividida em
sete placas tectônicas maiores e diversas outras menores, que
se movimentam em direções variadas. A Teoria da Tectônica de
Placas representou um grande avanço para os estu- dos da
evolução da Terra, sobretudo dos fenômenos observados em
sua superfície.
As placas tectônicas estão em constante movimento e se
deslocam em diferentes direções. Apesar de serem rígidas, não
há atrito abaixo delas no deslocamento, uma vez que estão
apoiadas sobre a astenosfera, camada composta de material
de densidade pastosa e textura plástica.
Essa camada pastosa, asso- ciada ao movimento das correntes
(ou células) de convecção, possibilitam a movimentação das
placas. Isso ocorre porque o material magmático se move
lentamente, criando um movimento de ascendência do magma
das partes mais internas do manto em direção à litosfera, o que
provoca o deslocamento das placas em direções diversas.
MOVIMENTO CONVERGENTE
Limites Destrutivos - nesse movimento, ocorre a aproximação
entre as placas e sua destruição.
A grande a incidência de abalos sísmicos, resultando em
terremotos, que podem vir acompanhados de tsunamis, e
vulcões. O contato entre as placas resulta na subducção da
crosta, em que a placa mais densa mergulha sob a placa mais
leve, formando uma fossa. A placa que submerge chega ao
manto, onde entrará em fusão.
MOVIMENTO DIVIRGENTE
Nesse movimento, ocorre o
distanciamento entre as placas. Nessas
áreas, ocorre a ascensão do magma que
chega à superfície oceânica, promovendo
sua expansão e formação das dorsais
mesoceânicas, a exemplo da cordilheira
mesoatlântica, que se formou em razão
do afastamento entre a placa Sul
Americana e a placa Sul-Africana.
Limites construtivos - Por causa da expansão do assoalho
oceânico. Quando ocorre entre placas continentais, a zona de
expansão caracteriza-se por vales em riftes paralelos. Nos
limites divergentes, é comum a ocorrência de vulcões e de
terremotos, que podem vir acompanhados de tsunamis.
Os tsunamis ocorrem quando há a movimentação violenta das
águas do mar, formando ondas gigantes e velozes.
Movimento Transformante ou Conservativo
Nesse movimento, ocorre o deslizamento entre as placas. Nelas, é comum a
ocorrência de vulcões e fortes terremotos, que são intensificados pelo atrito entre as
placas. O deslizamento das placas ocorre ao longo das falhas, que podem ser
oceânicas ou continentais.
Limites Conservativos - no movimento transformante, as bordas
das placas se mantêm e, por esse motivo, uma vez que não
ocorre nem a formação nem a destruição das placas.