Conflitos e Impactos da Atividade Petrolífera na Pan-Amazônia
Otimizar o uso da terra, conciliando a produção
florestal com a produção de alimentos,
conservando o solo e diminuindo a pressão pelo
uso da terra para produção agrícola.
OBJETIVOS
Formar sistemas produtivos ecológicos mais
sustententáveis, com menor uso de insumos externos e
maior auto-suficiência.
A diminuição dos riscos para o agricultor individual por meio
de uma maior variedade de plantas e espécies animais úteis e
a elevação da qualidade de vida e do ambiente.
Fase
A garantia da aceitabilidade social, por meio de uma
seqüência de atividades diárias e estacionais de fácil
compreensão, moldadas sob a tradição local e
concebidas para aumentar sua eficiência.
A diminuição dos riscos para o agricultor individual por meio de
uma maior variedade de plantas e espécies animais úteis e a
elevação da qualidade de vida e do ambiente.
DESVANTAGENS
Competição (radiação, nutrientes e água); Risco de
influências alelopáticas; Surgimento de enfermidades
(aumento umidade relativa do ar); Exploração das árvores
pode causar danos aos demais componentes;
Mecanização das atividades pode ser dificultada;
Excessiva exportação de nutrientes com as colheitas; e
Custo de implantação pode ser elevado.
•Devolver ao solo, com a queda de folhas, ramos e galhos,
parte dos nutrientes retirados pelas raízes; • Aproveitar a
energia do sol pelos diferentes estratos (camadas) das
espécies vegetais; • Aumentar a matéria orgânica,
contribuindo para melhorar as condições físicas e químicas
do solo e, por consequência, a sua capacidade de retenção
de água; • Proteger o solo contra a erosão; • Contribuir para
regular o ciclo da água no local; Tornar os sistemas de
produção mais resistentes às variações climáticas,
proporcionando, desse modo, sombra e proteção contra a
ação do vento;
VANTAGENS
• Gerar receitas no curto e médio prazo com cultivos
agrícolas ou atividades pecuárias, favorecendo a
implantação de árvores na mesma área, cuja renda
virá em longo prazo; • Reduzir a ocorrência de pragas
e doenças, diminuindo a necessidade de uso de
insumos químicos, exigindo menor investimento; •
Promover a melhor utilização da mão de obra ao
longo do ano; e • Conciliar a produção florestal com a
produção de alimentos.
CLASSIFICAÇÃO DO SAFS
Os SAFs podem ser classificados segundo os aspectos ecológicos, econômicos e
funcionais e ainda de acordo com o arranjo dos componentes e a sua estrutura.
• ASPECTOS FUNCIONAIS: SAFs de produção: são aqueles
que têm como principal função a produção de
alimentos ou de fibras para atender ao consumo. -SAFs
de proteção: são aqueles que têm como função principal
a proteção dos elementos naturais, como os
mananciais, por exemplo.
• ASPECTOS ECOLÓGICOS: Essa classificação leva em
consideração a localização geográfica, a situação
topográfica (terra firme, de várzea e de locais
montanhosos) e a complexidade biológica (convívio,
na mesma área, de animais e vegetais).
• ASPECTOS ECONÔMICOS: Os SAF's podem ser
definidos como comerciais, de subsistência e
intermediários.
Portanto, estruturalmente e com base na natureza dos componentes dos SAF, Daniel et al. (1999B)
propõem a seguinte terminologia:
• Sistemas Agrosilviculturais - envolvem cultivos
agrícolas e árvores, incluindo arbustos e (ou)
trepadeiras;
• Sistemas Silvipastoris - referem-se à
associação de pastagens e (ou) animais e
árvores;
• Sistemas Agrosilvipastoris - combinam
cultivos agrícolas, pastagens e (ou) animais e
árvores
CARACTERÍSTICAS DOS SAFS
Sistemas agroflorestais são formas de uso ou manejo da terra, nos quais
se combinam espécies arbóreas (frutíferas e/ou madeireiras) com cultivos
agrícolas e/ou criação de animais, de forma simultânea ou em seqüência
temporal e que promovem benefícios econômicos e ecológicos. Os
sistemas agroflorestais ou agroflorestas apresentam como principais
vantagens, frente a agricultura convencional, a fácil recuperação da
fertilidade dos solos, o fornecimento de adubos verdes, o controle de
ervas daninhas, entre outras coisas.
A integração da floresta com as culturas agrícolas e com a
pecuária oferece uma alternativa para enfrentar os problemas
crônicos de degradação ambiental generalizada e ainda reduz
o risco de perda de produção. Outro ponto vantajoso dos
sistemas agroflorestais é que, na maioria das vezes, as árvores
podem servir como fonte de renda, uma vez que a madeira e,
por vezes, os frutos das mesmas podem ser explorados e
vendidos. A combinação desses fatores encaixa as
agroflorestas no modelo de agricultura sustentável.
Nos sistemas agroflorestais, associa-se a agricultura e a
pecuária com árvores, combinando produção e conservação dos
recursos naturais. Além de buscar atender às várias
necessidades dos produtores rurais, como a obtenção de
alimento, extração de madeira, cultivo de plantas medicinais, os
SAF’s diversifica a produção proporcionando uma oferta mais
estável de produtos ao longo do ano. Os sistemas agroflorestais
podem auxiliar na conservação dos solos, das microbacias e
áreas florestais.
A modelagem de um sistemaagroflorestal exige grande
conhecimento interdisciplinar de botânica, de solos agrícolas,
de microfauna e microflora de solos, de função ecofisiológica
dos organismos que constituem os vários extratos, de sucessão
ecológica e de fitossanidade. Evidentemente que tudo isso deve
vir acompanhado de um prévio conhecimento em agronomia e
silvicultura, já que é nesses dois ramos que se baseia a
agrossilvicultura.
Finalmente, é importante ressaltar que o modelo agroflorestal não é uma solução
integral para a proteção da biodiversidade. Certamente, ele reduz os impactos das
queimadas e dos agrotóxicos e visa reduzir os impactos do desmatamento. Mas, em
escala regional, é necessário um sistema integrado de reservas florestais, tanto
públicas (Parques e Reservas Biológicas) como particulares (em assentamentos e
grandes fazendas).