Doença infecciosa aguda, que
compromete especificamente o
aparelho respiratório (traqueia e
brônquios) e se caracteriza por
paroxismos de tosse seca
"Tosse comprida" (pertussis
deriva do latim per= extensa,
e tussis= tosse)
Epidemiologia
O grupo de menores
de um ano
concentra cerca de
50% do total de
casos e apresenta o
maior coeficiente de
incidência
A maioria dos
casos e óbitos
concentra-se
nos menores
de 6 meses de
idade
Agente Etiológico
Bordetella pertussis
Bacilo gram-negativo,
aeróbio,
não-esporulado, imóvel
e pequeno, provido de
cápsula (formas
patogênicas) e fímbrias
Incubação
5 a 10 dias,
podendo variar
de 1 a 3 semanas
e, raramente, até
42 dias
Transmissão
Contato direto da
pessoa doente com
pessoa suscetível
(gotículas de secreção
eliminadas por tosse,
espirro ou ao falar)
Objetos
recém-contaminados
com secreções do doente
é pouco frequente, em
virtude da dificuldade do
agente sobreviver fora do
hospedeiro
Patogenia
Citotoxina traqueal:
danos às células
ciliadas
Toxina
pertússis:
sintomas
sistêmicos da
doença
As bactérias fixam-se às células
ciliadas da traqueia, impedindo a
sua ação ciliar e destruindo
progressivamente as células →
impedem o movimento do muco
pelo sistema do elevador ciliar →
o muco acumula-se, e a pessoa
infectada tenta desesperadamente
tossir esses acúmulos de muco
Quadro Clínico
Fase catarral
Manifestações
respiratórias e sintomas
leves (febre pouco intensa,
mal-estar geral, coriza e
tosse seca) → instalação
gradual de surtos de tosse
Fase paroxística
Paroxismos de tosse seca (paciente não
consegue inspirar e apresenta protusão da
língua, congestão facial e, eventualmente,
cianose com sensação de asfixia), finalizados
por inspiração forçada, súbita e prolongada,
acompanhada de um ruído característico (o
guincho) seguidos de vômitos
Fase de convalescença
Episódios de tosse comum; pode
se prolongar por até 3 meses
Diagnóstico
Testes de anticorpos por
fluorescência direta
Diagnóstico preciso de
coqueluche, mas não
são tão sensíveis
quanto a cultura
PCR
Testes de PCR feitos
com amostras
nasofaríngeas são os
testes mais sensíveis e
preferidos
Isolamento da B. pertussis
por meio de cultura de
material colhido de
nasorofaringe
Positivas para B.
pertussis em 80 a 90%
dos casos nas fases
catarrais e paroxísticas
iniciais. Como são
necessários meios
especiais e incubação
prolongada, o
laboratório deve ser
notificado sobre a
suspeita de
coqueluche
Tratamento
Eritromicina
Nos episódios de tosse
paroxística, a criança deve ser
colocada em lateral ou decúbito
de drenagem para evitar a
aspiração de vômitos e/ ou de
secreção respiratória