“APERFEIÇOAMENTO DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO LÁTICA EM DIFERENTES HORTALIÇAS
Description
1º ano Biologia Mind Map on “APERFEIÇOAMENTO DO PROCESSO DE FERMENTAÇÃO LÁTICA EM DIFERENTES HORTALIÇAS, created by Cesaltina Augusta Raposo on 31/08/2021.
“APERFEIÇOAMENTO DO PROCESSO DE
FERMENTAÇÃO LÁTICA EM DIFERENTES
HORTALIÇAS
As fermentações dos alimentos
produzir sabores e características físicas novas e desejáveis
ajudar na conservação do
alimento
Quase todos os conservantes produzidos por ação microbiana são álcool e
ácidos, predominando o lático (GOLDONI, 1977).
Os estudos sobre fermentação
lática de hortaliças e azeitonas
os grupos de microrganismos mais ativos que ocorrem
durante o processo são: enterobactérias, bactérias láticas
e leveduras
o segundo grupo é considerado de maior importância, por ser o produtor de ácido lático, que
juntamente com o sal empregado na fermentação, são os responsáveis pela conservação do
produto.
Por meio de análises químicas e físico-químicas
como acidez total (expressa em porcentagem de ácido lático), pH, carboidratos solúveis, composição
centesimal e vitamina C, pode-se estudar o comportamento das hortaliças submetidas ao processo
de fermentação láctica.
Os valores encontrados nas determinações da acidez total e de pH, bem como o controle visual do
aspecto das fermentações, servem para avaliar o final do processo fermentativo.
os valores da acidez total tendem a
aumentar, atingir um patamar,
para em seguida sofrerem diminuição,
ocorrendo o inverso para os valores de pH
a cura pode ser facilmente verificada em razão de variação muito uniforme da coloração dos tecidos, característica
para cada hortaliça (GOLDONI et al., 1981).
MATERIAL E MÉTODOS
MATÉRIA PRIMA
foram empregadas as
hortaliças: couve-flor
(Brassica oleraceae var.
botrytis L.) cultivar Luna e
feijão-vagem (Phaseolus
vulgaris L.)
Cultura Pura de
Lactobacillus
platarum
“Starter” comercial (VEGE-START 10)
Annotations:
A avaliação do inóculo e sua viabilidade foi feita por meio da
recuperação da cultura liofilizada em água peptonada e, após as diluições, fez-se a semeadura
em placas com o meio de cultura M.R.S. Agar. As mesmas foram colocadas em jarras para
anaerobiose, empregando-se o ANAEROBIC SYSTEM DIFCO (Microaerofilia). A incubação
foi feita em estufas para cultura. Para se efetuar as contagens, as jarras anaeróbicas foram
abertas após 48 horas de incubação a 30°C.
A avaliação do inóculo e sua viabilidade foi feita por meio da
recuperação da cultura liofilizada em água peptonada e, após as diluições, fez-se a semeadura
em placas com o meio de cultura M.R.S. Agar. As mesmas foram colocadas em jarras para
anaerobiose, empregando-se o ANAEROBIC SYSTEM DIFCO (Microaerofilia). A incubação
foi feita em estufas para cultura. Para se efetuar as contagens, as jarras anaeróbicas foram
abertas após 48 horas de incubação a 30°C.
Processo de
Fermentação Lática
método da salmoura
para a fermentação
das hortaliças
Annotations:
As adições de sal servem para lixiviar o conteúdo celular facilitando o
desenvolvimento dos microrganismos responsáveis pela fermentação, para evitar em parte a
multiplicação dos microrganismos nocivos, favorecendo a ação das bactérias láticas e
finalmente, para contribuir para a melhoria da consistência do produto.
Para o caso do método da salmoura, a sua
concentração ideal é de 10% de cloreto de
sódio, na proporção de 1,8:1 entre salmoura
e hortaliça
Annotations:
BM PH.BH PS.BS
PH PS
= +
+
Onde:
BM = Brix refratométrico da salmoura, após o equilíbrio osmótico, ou seja, a
concentração da salmoura desejável para a fermentação (Valor de 12ºBrix, que
corresponde a 10% de sal);
PH = Peso da hortaliça (Valor conhecido);
BH = Brix refratométrico da hortaliça (Determinado pelo refratômetro de campo);
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PS = Peso da salmoura (Calculado pela relação 1,8:1, entre salmoura e hortaliça);
BS = Brix da salmoura a ser colocada no momento do preparo das fermentações (Valor
a ser calculado, o resultado deve ser subtraído de 2, para se ter a porcentagem de
sal).
Quanto à temperatura de fermentação,
recomenda-se não exceder 25º C, embora
tenha sido comprovado que o processo
fermentativo se desenvolve melhor na faixa
de temperatura entre 18º C a 20º C.
(GOLDONI, 1983).
Conforme indicação de Goldoni (1983), o final do
processo fermentativo foi verificado através de:
Controle
visual
Annotations:
por meio de observações visuais do aspecto das
hortaliças, pode-se acompanhar a fermentação e detectar que com o processo da cura os
tecidos das hortaliças tornam-se translúcidos, mudando a coloração para uma tonalidade
mais clara. Isso caracteriza o final da fermentação;
Mediante controle
físico-químico (pH e acidez
total expressa em % de ácido
lático)
Annotations:
as determinações da acidez total e do pH, mostram que no final da
fermentação os valores encontrados, praticamente se tornam constantes. Se for permitido
que a fermentação continue, a acidez diminui e, conseqüentemente, há elevação do pH.
Durante o processo fermentativo para a produção de picles de hortaliças, ocorrem
oscilações dos valores da acidez total, que acredita-se que ocorram por causa do efeito
tampão das hortaliças, da elevação rápida da acidez da salmoura e posterior abaixamento,
para haver equilíbrio entre a acidez da salmoura e da hortaliça, e da presença de leveduras
oxidativas e superficiais.
Tratamentos do Experimento
três ensaios de
fermentação lática
para cada uma das
hortaliças (couve-flor e
feijão-vagem):
Annotations:
tratamento controle – testemunha
(fermentação natural, sem adição de inóculo e/ou aditivo), tratamento com inoculação de
cultura pura e tratamento com ácido lático e adição de cultura pura. As fermentações foram
preparadas pelo método da salmoura, empregando-se sal refinado comercial, utilizando-se, em
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cada uma delas, 5kg de matéria prima. A preparação e o acondicionamento, nas cubas de
fermentação, foram feitas simultaneamente e as fermentações desenvolvidas sob temperatura
controlada de ± 20ºC, conforme recomendação de Goldoni (2001b). Para o tratamento com
acidificação da salmoura de acondicionamento, a fim de atingir o nível de pH ao redor de 4,5,
a quantidade de ácido adicionada foi determinada através da curva de titulação das diferentes
hortaliças com o ácido lático, seguindo-se a metodologia indicada por Nogueira
Determinação da Acidez e do pH
Annotations:
No decorrer e no final do processo fermentativo, foram retiradas
amostras de salmoura e da hortaliça para determinação do pH e da acidez total, nos intervalos
de 0, 2, 6, 8, 13, 16, 21, 28, 35, 42 e 49 dias. A acidez foi determinada pela titulação, com
solução de NaOH 0,1N, utilizando-se como indicador, fenolftaleina a 1%, em solução
alcoólica, expressando-se os resultados em porcentagem de ácido lático. Para a determinação
do pH, foi empregado o medidor de pH portátil digital microprocessado, marca Ação
Científica, modelo mPA 210P. Os valores encontrados nessas análises, bem como o controle
visual do aspecto das fermentações, serviram para avaliar o final do processo fermentativo
(GOLDONI et al., 1981).
Análises Microbiológicas
Annotations:
Amostras de salmoura foram assepticamente retiradas dos recipientes
de fermentação, em intervalos 0, 2, 6, 8, 13, 16, 21, 28, 35, 42 e 49 dias, sendo as mesmas
trabalhadas imediatamente após a coleta. Seguindo-se a metodologia indicada pela literatura,
foram feitas as contagens de microorganismos, com os seguintes meios: bactérias láticas, em
F.S. Agar (Fígado Sorbato – Agar) e em M.R.S. Agar (Man, Rogosa & Sharp); leveduras, em
Dextrose Agar Acidificado. Especificamente, para a contagem de bactérias do gênero
Leuconostoc, foi empregado o meio seletivo de Mayeux e Colmer (GOLDONI e SILVA
Preparo do Picles
em Vinagre
Annotations:
Empregando-se como matéria prima os produtos oriundos dos
diferentes tratamentos e as hortaliças “in natura” foram elaborados os picles em vinagre de
vinho branco aromatizado, seguindo-se as recomendações indicadas por Goldoni (1980),
englobando no experimento os seguintes ensaios:
4.7.1. Com a matéria prima fermentada
- Testemunha + vinagre de vinho branco aromatizado.
- Tratamento com inoculação de cultura pura + vinagre de vinho branco
aromatizado.
- Tratamento com inoculação de cultura pura e ácido lático + vinagre de vinho
branco aromatizado.
4.7.2. Com a matéria prima “in natura”
- Hortaliça “in natura” ( sem ter sido submetida ao processo de fermentação lática,
tendo como tratamento preliminar apenas o branqueamento) + vinagre de vinho
branco aromatizado.
Para serem posteriormente avaliados, os picles devidamente
codificados, foram acondicionados e pasteurizados em vidros especiais para conservas, com
fechamento hermético e capacidade de 650 ml
Avaliação Sensorial
Annotations:
Os parâmetros avaliados foram os seguintes: aroma (de produto fermentado) - escala não
estruturada de nove pontos, variando de “não característico” a “característico”; aroma estranho
- escala estruturada de nove pontos, variando de 1= nenhum a 9= extremamente forte; sabor -
escala não estruturada de nove pontos, variando de “péssimo” a “muito bom”; sabor ácido -
escala não estruturada de nove pontos variando de “pouco ácido” a “muito ácido”; sabor
picante - escala não estruturada de nove pontos, variando de “pouco picante” a “muito
picante”; sabor estranho - escala estruturada de nove pontos, variando de 1= nenhum a 9=
extremamente forte; maciez/dureza - escala estruturada de nove pontos, variando de 1=
extremamente macia a 9= extremamente dura; cor característica - escala não estruturada de
nove pontos, variando de “não característico” a “característico”; e aparência geral - escala não
estruturada de nove pontos variando de “péssima” a “muito boa”.
Métodos Estatísticos
Annotations:
O delineamento experimental adotado na avaliação sensorial foi o de
bloco ao acaso, sendo 4 tratamentos para cada hortaliça, realizado com 10 provadores,
conforme Cochran e Cox (1985). A comparação das médias dos tratamentos foi realizada com
a utilização do teste de Tukey nas respectivas médias, estabelecida a significância estatística
ao nível de 5% de probabilidade, pelo programa estatístico SAS (1989).