A inter-relação leitura e escrita: o papel do conhecimento prévio e das estratégias leitoras
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Semana 1 Leitura e Produção de Textos (Semana 3) Mind Map on A inter-relação leitura e escrita: o papel do conhecimento prévio e das estratégias leitoras, created by Karina Ramos on 05/10/2021.
A inter-relação leitura e escrita: o papel do
conhecimento prévio e das estratégias leitoras
Leitura e escrita são atividades presentes na escola, entretanto os jovens
não estão aprendendo de fato. Ao invés disso, tornam-se analfabetos
funcionais
Constitui um problema grave de ensino-aprendizagem
O ensino de português para nativos geralmente é dividido em:
a) ensinar gramática através de conceitos e exercícios
b) atividades de leitura/escrita
não levam em contas variáveis da
oralidade, que apresentam
recursos e estruturas próprias
que também são importantes
para o ensino da língua
leitura e escrita podem ser
considerados simultâneas, tendo em
vista que uma não existe sem a
outra no período cotidiano, e a
inter-relação entre elas facilita a
compreensão do mundo e diferentes
contextos sociais, históricos e
situacionais
o ensino tendo leitura e escrita como associadas
nos leva a uma "aprendizagem situada", que
garante ao aluno uma aproximação menos
frustrante com a escrita, uma vez que, tendo
observado como a língua funciona em um ambiente
interativo de oralidade, o aluno pode ajustar sua
produção escrita às expectativas pré-existentes
Observa-se o uso social da escrita, depois
os gêneros em circulação, para depois
partir para a produção escrita; sem a
inserção de normas descontextualidas.
Embora já se tenha esta visão no ambiente acadêmico, no ambiente
escolar esta mudança ainda não ocorreu; o enfoque do ensino segue na
aprendizagem da "norma culta padrão" e o ensino da gramática
normativa. Dois possíveis motivos para tal:
Alunos sentem dificuldade em dosar
liberdade e responsabilidade
Professores não conseguem levantar diálogos produtivos
com os alunos, ou não em uma frequência aproveitável
Diante de tantas teorias e
possibilidades de ensino, os
professores se veem
perdidos entre adotar
posturas que sejam
flexíveis (mas não acríticas);
interessada (mas não
reprodutora) e conciliadora
(mas não leniente)
Também cabe aos professores a compreensão de que não são os únicos detentores de
conhecimento, e que contribuições teóricas interdisciplinares também podem ser preciosas.
A leitura amplia horizontes do conhecimento,
acionando duas atividades cognitivas distintas:
a) identificação de signos que compõe a
escrita (grafema/fonema)
b) compreensão do significado da linguagem textual
processo
cognitivo que a
leitura enfatiza
Compreensão em si ocorre lentamente, após o processo
de leitura. Não se resume a decodificar. É importante
que o aluno entenda a leitura e aprenda com o que lê.
Vai depender, segundo Vygostky, das
capacidades cognitivas do indivíduo para
selecionar, processar e re(organizar)...
...e do nível de conhecimentos prévios
em relação à língua e aos conteúdos
abordados no texto
Nem sempre é algo bom, principalmente
quando tal conhecimento não é mobilizado,
ou é mobilizado, mas de forma incorreta ou
que leve o leitor a conclusões tendenciosas.
O nível de compreensão vai variar do bom para o mau leitor, de
acordo com:
a) seu conhecimento previo
b) as estratégias de compreensão leitora
Defines os...
BONS LEITORES:
a) Classificam e organizam os
problemas encontrados no
texto e, além disso, percebem
se são problemas diferentes,
em termos de abstração;
b) Optam por critérios estáveis e
coerentes de seleção dos detalhes a
serem considerados;
c) Atingem nível de compreensão mais
aprofundado e específico, relativamente
ao domínio conceitual de que trata o
texto;
d) Dominam com maior qualidade e em maior
quantidade os conceitos específicos de uma
dada área de conhecimento;
e) Estabelecem relações adequadas (de
ordem, dependência, causalidade...) entre
conceitos específicos de um dado domínio
(ver GONÇALVES, 2008, p. 140).
MAUS LEITORES
a) Mobilizam quadros de representação
do texto demasiado gerais, o que lhes
dificulta a percepção da especificidade
dos detalhes do texto;
b) Selecionam traços de superfície do texto,
atendo-se aos que são explicitamente apresentados;
c) Consideram relevantes e pertinentes
aspectos que, de fato, não o são,
confundindo-se;
d) Dominam de forma inexata, e em menor
quantidade, conceitos específicos de uma dada área
de conhecimento;
e) Mostram dificuldade em estabelecer relações entre conceitos,
confundindo as suas ligações de ordem, dependência, causalidade (ver
GONÇALVES, 2008, p. 140).
1) determinar as ideias principais do texto. Consiste em separar as ideias
principais e secundárias. Tida como um dos fatores básicos da compreensão.
Imprescindível tanto para relacionar o entendimento quanto à rememoração.
Bons leitores constroem
o sentido do texto,
retomando partes, lendo
mais do que linha por
linha. Pois seus cérebros/
mentes mantêm-se
ativos durante o tempo
que durar a leitura.
(GONÇALVES, 2008, p.
141).
2) sumariar a informação contida no texto. Não necessariamente um resumo, pois
este vincula-se a uma visão de leitura, enquanto busca de significado exclusivamente
no texto (estruturalismo). O mais legal é parafrasear, que inclui a re(produção) das
ideias do texto, mas também a reformulação das ideias nele contidas.
"Ou seja, o texto parafraseado implica
não apenas a alteração da estrutura
linguística, pressupondo a situação em
que os participantes se envolveram - o
redator com sua intenção e o locutor
com sua interpretação/compreensão,
manifestando as reflexões feitas e as
coordenadas pragmáticas de
situacionalidade e aceitabilidade, que
orientaram a sua interpretação."
"Resumir envolve operações cognitivas como
selecionar e descartar informações;
substituir ideias por conceitos gerais e
integrar informações em uma
representação mental coerente e coesa do
texto original. parafrasear, como já dito,
inclui também a possibilidade de recriar o
texto, (re)situando-o em termos históricos,
dando-lhe um escopo mais abrangente ou
mais focal, enfim, alterando seus horizontes
interpretativos."
3) efetuar inferências sobre o texto. Estratégia decisiva para evidenciar a compreensão
leitora. São informações incorporadas à representação mental do texto (resumo, paráfrase,
geradas a partir de informações ativadas durante a leitura, tendo em vista que é impossível
que um único texto traga todas as informações possíveis sobre um assunto selecionado.
4) fazer questões pertinentes sobre o texto. Envolve avaliar o que o texto lido significa para o próprio
leitor. Permite o aprofundamento da compreensão leitora dos conteúdos do texto.
5) monitoramento de leitura. Estratégia metacognitiva que visa refletir sobre os próprios
pensamentos. Uma reflexão do leitor sobre a qualidade e o grau de compreensão do texto lido, sua
concentração durante a leitura e seu processamento.