Expressão da esterilidade feminina e da carpeloidia em mamoeiro sob diferentes ambientes de cultivo protegido
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Expressão da esterilidade feminina e
da carpeloidia em mamoeiro sob
diferentes ambientes de cultivo
protegido
Esse tipo de estudo é importante pois possibilita a compreensão de mecanismos que as plantas
desenvolvem para se adaptarem ao fatores do ambiente onde estão inseridas e assim permite
aprimorar o melhoramento genético, além da relação desses mecanismos com a produção vegetal.
Assim como a maioria das plantas, o mamoeiro é uma espécie hermafrodita, ou seja, apresenta autogamia.
Os mamoeiros hermafroditas, sofrem influência marcante com relação à diversos fatores: temperatura, umidade do
ar, solo, pluviosidade. Produzem frutos alongados, formato que ajuda na transporte, sabor apreciado pelo mercado
consumidor.
Os mamoeiros masculinos não produzem frutos.
Os mamoeiros femininos produzem frutos globosos, com sabor pouco apreciado, por tanto,
com pouca aceitação e valor comercial.
Segundo Lassoudiére (1968), o surgimento dessas
variantes é resultado de fatores microclimáticos prevalentes
no momento da ontogenia floral.
Couto e Nacif (1999) e Dantas et al. (2002) destacaram, que a disponibilidade excessiva de
nitrogênio no solo pode provocar deformações florais que resultam no aparecimento de frutos
carpeloides e/ou pentândricos.
Conforme já afirmaram Ronse e Smets (1999), os
estudos relativos à biologia floral do mamoeiro
cultivado no Brasil são restritos.
Este estudo teve como objetivo avaliar o desenvolvimento do mamoeiro da cultivar "Baixinho-de-Santa
Amália", cultivado sob manejo orgânico ao decorrer do ano, em diferentes tipos de ambientes protegidos.
Junto à ocorrência de esterilidade feminina e de
carpeloidia em mamoeiros hermafroditas.
Após a sexagem, a gema apical de metade das plantas cultivadas foi incisada,
com o objetivo de provocar a bifurcação do tronco.
No mamão com tronco ramificado, o número de frutos
carpeloides foi reduzido e o número de flores
femininas estéreis foi aumentado.
Apesar disso a bifurcação não alterou o número de frutos normais.
Durante a primavera, em ambiente de estufa, a ocorrência da maioria
dos frutos carpelóides teve relação com as temperaturas mais
elevadas, maior amplitude térmica e maior vigor vegetativo.
A ocorrência de flores estaminadas teve relação com as
altas temperaturas, baixa luminosidade e menor vigor
vigetativo.
Apesar de contraditório, as condições citadas acima que influenciaram na ocorrência de
carpeloidia, também influenciaram no surgimento de frutos normais