Causada pelo parasita do gênero Plasmodium, transmitido ao homem, na maioria das vezes pela
picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados.
Também pode ser transmitida pelo compartilhamento de seringas, transfusão de sangue ou até
mesmo da mãe para feto, na gravidez
No Brasil existem três espécies de Plasmodium que afetam o ser humano: P. falciparum, P. vivax e P.
malariae.
O mais agressivo é o P. falciparum, que se multiplica rapidamente na corrente sanguínea, destruindo
de 2% a 25% do total de hemácias (glóbulos vermelhos) e provocando um quadro de anemia grave.
Os glóbulos vermelhos parasitados pelo P. falciparum sofrem alterações em sua estrutura que os
tornam mais adesivos entre si e às paredes dos vasos sanguíneos, causando pequenos coágulos que
podem gerar problemas como tromboses e embolias em diversos órgãos do corpo.
A malária por P. falciparum é considerada uma emergência médica e o seu tratamento deve ser
iniciado nas primeiras 24h do início da febre.
Após a picada do mosquito transmissor, o P. falciparum permanece incubado no corpo do indivíduo
infectado por pelo menos uma semana.
Então surge um quadro clínico variável, que inclui calafrios, febre alta (no início, contínua, e depois com
frequência de três em três dias), sudorese e dor de cabeça.
Podem ocorrer também dor muscular, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios.
Se o agente causador da malária for da espécie P. vivax os sintomas incluem mal-estar, calafrios,
febre inicialmente diária (com o tempo, a febre apresenta um padrão de intervalo a cada dois dias),
seguida de suor intenso e prostração.
O quadro clínico da infecção por P. malariae é bem semelhante, mas geralmente com febre mais
baixa que se repete a cada três dias.
No caso de infecção por P. falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se
chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença.
Na malária cerebral, além da febre, pode aparecer dor de cabeça, ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais,
desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos, podendo o paciente chegar ao coma.
O tratamento da malária visa eliminar o mais rapidamente possível o parasita da corrente sanguínea
do indivíduo e deve ser iniciado o mais rapidamente possível.
O tratamento imediato com antimalárico – até 24h após o início da febre – é fundamental para
prevenir as complicações.
Se o teste de diagnóstico não estiver acessível nas primeiras duas horas de atendimento, o
tratamento com antimaláricos deve ser administrado com base no quadro clínico e epidemiológico
do paciente.