São manchas, em geral esbranquiçadas, que aparecem nos dentes por excesso de flúor,
geralmente de forma simétrica. Geralmente acomete crianças de 0 a 12 anos em regiões
onde a água é fluoretada. A fluorose dentária origina-se da exposição do germe dentário,
durante o seu processo de formação, a altas concentrações do íon flúor.
Fontes de flúor?
Vários são os alimentos e bebidas disponíveis na
alimentação que contêm alto teor de flúor e estão
associados à presença da fluorose dental – peixes,
mariscos, frango (quando alimentados com farelos
de ossos) chás, além de bebidas, fórmulas infantis
e leite quando processados em regiões com água
de abastecimento público fluoretada.
A ação tóxica do
fúor?
A toxicidade aguda ocorre quando
uma grande quantidade de flúor é
ingerida de uma só vez. Nos
preocupamos portanto com os riscos
que as crianças podem correr se
alguns cuidados não são tomados.
Em sua forma crônica a toxicidade pode
afetar tecidos mineralizados (ossos e
esmalte dental) causando também fluorose
óssea.
Nem todos os dentes são igualmente afetados pela fluorose dentária. Os dentes menos
afetados são os incisivos e primeiros molares permanentes, ao passo que os
pré-molares e outros molares permanentes são os mais gravemente afetados.
Tratamento?
É necessário, nesse sentido, reforçar as ações de vigilância em saúde, como a redução
do teor de flúor em alimentos infantis manufaturados; normatizar a obrigatoriedade de
rótulos que apresentem as concentrações de flúor, e que essas sejam feitas de forma
padronizada e ações de educação em saúde que
possibilitem à população assimilar e interpretar as informações disponíveis.
Epidemiologia?
No Brasil, não foram encontrados na literatura, estudos
longitudinais que descrevem mudanças no perfil epidemiológico
da fluorose dentária. Nos trabalhos publicados sobre a doença,
têm-se prevalências entre zero (Campos et al., 1998) até 97,6%
(Capella et al., 1989), com grande variabilidade de acordo com as
regiões (Tabela 2). Observa-se, entretanto, que mesmo com altas
prevalências, a proporção de indivíduos que apresentam as
formas moderada e severa ainda é pequena, só aumentando
significativamente nos locais onde a fluorose é endêmica e
deve-se à alta concentração do fluoreto nas fontes naturais de
água.