O sistema de numeração da Babilônia, encontrado em escavações arqueológicas na Mesopotâmia,
foi criado há aproximadamente 4 mil anos.
Aos babilônios se deve a invenção do sistema posicional. Com apenas símbolos para unidades e
dezenas, podiam representar qualquer número por repetição e mudança de posição, independente
da grandeza deste número.
A civilização mesopotâmica conhecia – e utilizava com precisão – as quatro operações aritméticas
fundamentais e criou tábuas expressando multiplicações (precursoras das “tabuadas”)
Na antiga Mesopotâmia, região compreendida entre os rios Eufrates e Tigre, havia por volta do final
do IV milênio a.C., milênio este de notável progresso cultural (é nele que se desenvolve a escrita, o
domínio dos metais e o uso da roda), uma civilização bastante avançada.
A Matemática dos Chineses
Seguindo o mesmo padrão das civilizações estudadas anteriormente, a chinesa também se localiza
entre rios, no caso os rios Huang-Ho ou rio Amarelo e o Yang Tsé.
Os principais textos acerca da antiga matemática chinesa são os Chiu chang suan shu, ou Nove
Capítulos da Arte Matemática e o Chou Pei Suang Ching, que datam, na sua forma atual, da época da
dinastia Han (206 a.C. – 220 d.C.)
A numeração chinesa sempre foi decimal e existem registros de que já no segundo milênio a.C. os
números eram expressos mediante a utilização de nove símbolos diferentes e do valor posicional,
com o sistema estabilizando-se no período Han.
A Matemática chinesa apresenta diferenças consideráveis em relação às demais existentes se
comparadas em seus desenvolvimentos cronológicos, justificando a hipótese de desenvolvimento
independente parecendo, portanto, ser válido considerar, com Boyer (1974), que se houve trocas de
conhecimentos em períodos anteriores a 400 d.C., saiu muito mais Matemática da China do que
entrou.
A Matemática dos os Hindus
Como as demais civilizações já estudadas, a dos hindus também surgiu da generosidade de dois rios,
o Indo e o Ganges e, da mesma forma que nas demais, os começos da civilização indiana
encontram-se soterrados, e jamais serão totalmente desenterrados.
A religião sempre foi o núcleo central da vida indiana e, portanto, as primeiras ciências cultivadas na
Índia foram as que de alguma forma estiveram relacionas a ela,
A Astronomia hindu, originária da Astrologia, recebeu influência grega e gradualmente foi se
emancipando
A criação do zero para marcar uma posição vazia e a variação do valor de um algarismo em função
de sua posição no numeral conferem ao SND vantagens sobre os demais sistemas, não apenas no
que se refere à escrita de números, mas, e principalmente, por possibilitar o estabelecimento dos
diversos algoritmos das operações.
A Matemática dos Zapotecas
A cultura zapoteca, datada de cerca de 800 a.C., localizava-se em uma série de colinas do monte
Alban, nas redondezas de Oaxaca.
já deixava claro que o período de 365 dias para o ano solar não era exato e que, só após o período de
365 dias repetir-se por 52 vezes é que um determinado dia ocorreria na mesma posição do ano.
A Matemática dos Maias
De todas as antigas culturas da América Central, a civilização maia é certamente a mais importante
de todas, e a influência que ela exerceu sobre as demais, em particular sobre a asteca, “foi
comparável à dos gregos sobre os romanos durante a Antiguidade” (IFRAH, 1997, p.613). Distribuído
entre
Os números de 1 a 19 eram representados aditivamente pelo uso de combinações apropriadas de
pontos e barras, com o 19 sendo representado por quatro pontos e três barras. Como a base é 20, no
20 começava a numeração posicional, os numerais sendo lidos verticalmente, de cima para baixo. O
símbolo para o zero lembra uma concha ou uma mão fechada vista de frente, o que é mais provável.
A Matemática dos Incas
a nação inca constituía um império que ocupava uma faixa de mais de 4.500 quilômetros ao longo
da costa do Pacífico, com uma largura variando, conforme o local, entre 250 a 400 quilômetros, se
estendendo desde o sul da atual Colômbia até o rio Maule, no Chile, alcançando, inclusive, a floresta
amazônica.
Os incas podem ser descritos como uma civilização de considerável tecnologia, pois dominavam a
fundição de metais e da cera e os processos de mumificação. Entretanto, a exemplo das civilizações
primitivas do Mediterrâneo, as suas invenções eram para solucionar problemas particulares e
jamais consideravam os princípios mecânicos ou matemáticos nelas envolvidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A História da Matemática que estamos “contando” neste texto, principalmente no que se refere às
contribuições das antigas civilizações, tem como “fio condutor” o enorme esforço da humanidade
para a construção do Sistema de Numeração Decimal. Isso porque nenhuma Matemática seria
possível sem um sistema de numeração condizente, surgido em consequência da maior contribuição
dos hindus à Matemática, a criação do zero de posição para a representação de grandes números.