A embalagem possui papel fundamental na indústria alimentícia. Além de
conter o produto, ela é importante na conservação, mantendo a qualidade e
segurança atuando como barreira contra fatores responsáveis pela
deterioração física, química e microbiológica. Ela deve ser constituída por
materiais e substâncias que não transfiram para o alimento, em
quantidades que possam pôr em risco a segurança dos consumidores ou
alterar as características do produto.
As embalagens de alimentos podem ser de metal, plástico, vidro, madeira,
têxteis e cortiça, e elas podem ser classificadas em rígidas, semi-rígidas
ou flexíveis.
PAPEL:
RÍGIDAS: garrafas e frascos
SEMI-RÍGIDAS: caixas e cartuchos em cartolina; bandejas e alvéolos
em polpa moldada
FLEXÍVEIS: folha de papel, estruturas laminadas
VIDRO:
RÍGIDAS: garrafas e frascos
EMBALAGEM PLÁSTICA:
RÍGIDAS: bandejas, garrafas, potes, caixas.
SEMI-RÍGIDAS: bandejas em poliestireno expandido; Frascos, copos e
potes termo-formados.
FLEXÍVEIS: filmes, estruturas laminadas
EMBALAGEM METÁLICA:
RÍGIDAS: latas em folha de Flandres e alumínio
SEMI-RÍGIDAS: bandejas de alumínio
FLEXÍVEIS: folha de alumínio, estruturas laminadas
FUNÇÕES
PROTEÇÃO:
A embalagem protege contra choques, vibrações e compressões
que ocorrem em todo o percurso de transporte,
distribuição e manuseio.
CONSERVAÇÃO:
A embalagem precisa manter a qualidade e segurança da mercadoria de forma que prolongue sua vida útil e minimize as
perdas do produto por deterioração. Dessa forma ela precisa controlar fatores como oxigênio, luz, umidade e ser uma
barreira aos MOs presentes na atmosfera que o envolvem, impedindo o seu desenvolvimento.
HISTÓRICO
A embalagem representou uma grande importância para o
desenvolvimento do comércio e para o crescimento das cidades
ao longo da história.
Ao longo de sua evolução, a embalagem acompanhou e contribuiu para o
desenvolvimento da sociedade de consumo como um todo, afinal, os
supermercados se tornaram possíveis porque havia as embalagens, como
deixa claro Michael Tambini (1999:234)
De acordo com Moura & Banzato,
acredita-se que por volta do ano 4000
a.C., para sanar a necessidade de
transporte de alimentos, o homem
utilizou-se de chifres ocos e grandes
conchas.
Muitos anos se passaram e registros apontam para uso de cântaros e embalagens
semelhantes na época de intercâmbio de mercadorias entre o Egito e a Mesopotâmia. A
Idade Moderna, que se inicia com a queda de Constantinopla em 1473, traz avanços à
sociedade e suas embalagens.
IMPORTÂNCIA
ECONOMICA As embalagens são um fator importante para medir a atividade econômica dos países
industrializados, ou seja, o consumo de embalagens pela população é utilizado como
um dos parâmetros para verificar o nível de atividade econômica e desenvolvimento
dos países.
NUTRICIONAL As embalagens e seus materiais não devem constituir riscos à saúde de quem consome o alimento. A especificação
técnica e a composição da embalagem devem garantir proteção adequada aos alimentos, minimizando
contaminações (química, física e microbiológica), prevenindo danos e possibilitando a rotulagem adequada.
ECONOMICA Um bom desenvolvimento deve associar a utilização responsável dos
recursos naturais disponíveis, com as expectativas econômicas,
gerando benefícios para ambas as dimensões, isto é, desenvolver de
forma sustentável.
Estão presentes em diversos setores, dentre eles destacam-se as indústrias de alimentos,
nas quais as embalagens têm como principal função contribuir para conservação do
alimento, além de vender o produto. Diferentes materiais são utilizados na fabricação de
embalagens para alimentos, sendo eles os plásticos, metais, vidro e celulose.
CLASSIFICAÇÃO DAS
EMBALAGENS
PRIMÁRIAS: Estão em contato direto com o produto (lata, garrafa, saco).
SECUNDÁRIAS: têm a função de agrupar, para facilitar a manipulação e a apresentação,
podendo exercer também a função de proteger a embalagem primária, em seu interior,
evitando choques e vibrações excessivas.
TERCIÁRIAS: protegem a mercadoria durante as fases do transporte e assim por diante (caixas de papelão).
TIPOS
ATIVAS: Apresenta vários benefícios aos consumidores.
São consideradas mais ambientalmente corretas., por
serem consideradas biodegradáveis permanecendo
pouco tempo no ambiente.
SUSTENTÁVEIS: Feitas de materiais orgânicos, recicláveis ou biodegradáveis e cuja produção
demanda menos energia e recursos naturais. A hora de considerar uma embalagem como
sustentável é o seu descarte. Exemplo PLA (plástico de Poliácido Láctico).
INTELIGENTES: Embalagens inteligentes possuem maior aprimoramento
em relação à comunicação e ao consumidor, uma vez que fornecem uma
informação dinâmica sobre a qualidade real do produto.
CONVENCIONAIS: os principais objetivos da embalagem convencional são conter, proteger (de
fatores químicos, físicos e biológicos), comunicar (informar através de símbolos, impressões, cor) e
conveniência (atender as necessidades do consumidor)
EMBALAGENS METÁLICAS: Desenvolvidas no inicio do séc. XIX, lata era fabricada com material estanhado. As
latas podem ser fabricadas com folha de flandres (FF), cromada (FC), não revestida (FNR) e de alumínio (FAL).
FOLHA DE FLANDRES CROMADA: Produto laminado,
desenvolvido no Japão nos anos 60. É formada por uma
película de cromo metálico e de óxidos em ambas as faces.
Material resistente à sulfuração.
MERCADO BRASILEIRO DE
EMBALAGENS
O setor de embalagem constitui hoje importante segmento da
indústria brasileira representando um faturamento anual na
ordem de US$ 10 bilhões (Estatística, 1997, p. 30).
O mercado de embalagens no Brasil é o quinto maior do mundo, tendo
realizado US $ 35 bilhões (1,5% do PIB) em vendas em 2014, sendo o Brasil o
sétimo maior economia do mundo por PIB nominal.