Define-se como violência contra a criança ou o
adolescente toda ação ou omissão, conscientemente
aplicada ou não, que venha a lhe provocar dor, seja
ela física ou emocional.
Quando essa violência é exercida por parte de adulto ou
adolescente mais velho, na qualidade de responsável,
permanente ou temporário, ou que mantenha com a vítima
um laço de parentesco, dependência, coabitação ou
submissão, classifica-se como violência doméstica (ou
intrafamiliar) e caracteriza-se o crime de maus-tratos
FORMAS DE MAUS TRATOS:
Negligência ou omissão do cuidar caracteriza-se por atos ou
atitudes de omissão para com a criança ou o adolescente, de
forma crônica, praticados por aqueles que têm o dever de cuidar
e proteger, como pais, responsáveis ou tutores
Violência física é definida como a prática de qualquer
ação, única ou repetida, com o uso da força contra o
outro de forma intencional, cometida por um agente
agressor adulto ou mais velho do que a criança ou
adolescente, com o objetivo de ferir, lesar ou destruir a
vítima, provocando dano físico, deixando ou não
marcas evidentes.
Violência psicológica consiste na submissão da criança ou
adolescente a ações verbais ou atitudes que visem a humilhação
e desqualificação, tratamento como de minus valia,
culpabilização, indiferença, rejeição, ameaça e outros, que
possam levar a danos, muitas vezes irreversíveis, a seu
desenvolvimento, tanto na área psíquica quanto moral e social.
Violência sexual é definida pelo uso da criança ou do
adolescente para gratificação sexual de adulto ou adolescente
mais velho, ou seja, em estágio de desenvolvimento
psicossexual mais adiantado que a vítima, de ambos os sexos,
incluindo atos ou jogos sexuais hétero ou homossexuais.
SINAIS E SINTOMAS DE MAUS TRATOS:
VIOLÊNCIA FÍSICA:como fronte, queixo, cotovelos, palma das mãos, parte
anterior de coxas e pernas são as mais frequentemente atingidas em
quedas ou outras injúrias não intencionais.
PELE: É o local do corpo mais atingido, com arranhões, lacerações, equimoses,
hematomas e queimaduras em variados níveis de gravidade
TECIDO CONJUNTIVO E ÓSSEO: são fraturas da diáfise dos ossos longos,
semelhantes às que ocorrem no trauma acidental; entorses, luxações e fraturas,
que os ossos longos como fêmur, tíbia, antebraço e úmero (menores de 5 anos.)
SNC: lesões intracranianas
Síndrome do bebê sacudido (“shaken baby”) É uma das formas mais
graves de lesão cerebral por violência contra crianças, provocada por
sacudidas (uma ou mais) violentas do corpo da criança, que ocorre mais
frequentemente até 2 anos de vida.
Lesões abdominais: Esse tipo de trauma pode desencadear
hemorragias em fígado, baço e pâncreas, hematomas em paredes
do intestino, como duodeno e jejuno, levando a síndromes
obstrutivas de difícil diagnóstico:
Lesões oculares São comuns em espancamentos e
podem provocar hemorragias de corpo vítreo, de câmara
anterior, de retina e luxação de cristalino, com graves
consequências
Violência psicológica: distúrbios de sono e de comportamento,
representados pelo choro frequente e imotivado, apatia ou irritabilidade
frequente já nas primeiras semanas de vida. distúrbios de sono e de
comportamento, representados pelo choro frequente e imotivado, apatia
ou irritabilidade frequente já nas primeiras semanas de vida. sinais
regressivos, como a enurese e encoprese, e os distúrbios alimentares,
como anorexia, bulimia e obesidade
Sinais gerais de violência física: História ou exame físico demonstrando sinais de
grande frequência de traumas; Inexplicável atraso entre o “acidente” e a procura
de tratamento médico; Descrições sobre o trauma discordantes entre genitores
ou cuidadores e a vítima; Localização, número e/ou intensidade de lesões que
não correspondem ao relatado; Lesões que não são compatíveis com a idade ou
com o desenvolvimento psicomotor da criança; Lesões bilaterais ou em várias
partes do corpo; Lesões que envolvem partes geralmente cobertas do corpo,
região lateral, pescoço, região interna de membros, mamas, genitália; Lesões em
estágios diferentes de cicatrização ou cura
PREVENÇÃO DE MAUS TRATOS:
A prevenção dos maus-tratos deve fazer parte de
cada visita da criança ao consultório, mediante
educação dos pais, responsáveis e identificação dos
fatores de risco. Famílias em risco devem ser
encaminhadas para serviços comunitários adequados
Elaboração de um plano de
segurança Aconselhamento
e apoio à família Às vezes,
remoção da casa
VACINAS
BCG, Hepatite B, Penta, Pólio inativada, Pólio oral,
Rotavírus, Pneumo 10, Meningo C, Febre amarela,
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), Tetra viral
(sarampo, caxumba e rubéola e varicela), DTP, Hepatite
A, Varicela, Difteria e tétano adulto (dT), Meningocócica
ACWY, HPV quadrivalente, dTpa, Influenza (esta
ofertada durante Campanha anual) e Pneumocócica
23-valente (Pneumo 23)
BIBLIOGRAFIA: BRASIL. Ministério da Saúde.
Calendário Básico de Vacinação da Criança, Calendário
do Adolescente e Calendário do Adulto e Idoso.
Portaria nº 3.318, de 28 de outubro de 2010; FA,
CAMPOS Jr. D. Tratado de Pediatria. Sociedade
Brasileira de Pediatria. 4ª Ed. Editora Manole, 2017.