Não existe um único fator causador ➙ multifacetada
Íon cálcio é o principal soluto para formação de cálculos
Desbalanço entre a [ ] de solutos na urina e as
substâncias. que vão dissolver o cálculo
Formação do cálculo: solutos em excesso na urina + alterações no ph
Fases
Cristalização ➙ 1º passo para formação da pedra
Agregação ➙ formação de pequenos cálculos
Adesão ao epitélio
Crescimento do cálculo
Placas de Randall ➙ na papila renal formadas por defeitos enzimáticos
e/ou genéticos, sendo essas placas pontos de calcificação ➙ as pedras
crescem nelas até que quebram e descem pelo sistema urinário
Solutos na urina: cálcio, oxalato, fosfato, urato, carbonato, cistina, sódio
Inibidores: subst. na urina que vão impedir ou prevenir a
formação dos cálculos ➙ citrato, magnésio, glicosaminoglicanos
↑ pressão da pelve renal / ↑ fluxo arterial renal ➙ ↓ taxa de filt. glomerular (2h) ➙ ↑ pressão da pelve renal
/ ↓ fluxo arterial renal (6-24h) ➙ persistência das condições acima ➙ isquemia renal (>24h)
Classificação
Composição
+ comum: cálculo de oxalato de cálcio (60%)
80% são cálculos de cálcio
20% do resto: ácido úrico e estreita
Características do Raio x
Radiopacos (visíveis no RX) ➙ cálcio
Pouca radiopacidade: estreita, apatia e cistina
Não visíveis: ácido úrico, urato de amônio, xantina, cálculo por doença metabólica e por droga
Localização
Renal (dentro do rim) ➙ coraliforme (ocupa todo o sistema
coleto do rim), em cálice superior, médio, inferior ou pelve renal
Ureter proximal, médio ou distal (abaixo das ilíacas)
Bexiga
Uretra: raro
Fatores de risco
Clima quente ➙ bebe menos líq. ➙
solutos a mais e inibidores de Enos
Dietas muito industrializadas, ricas em sódio
Ocupação ➙ pacientes que trabalham em locais muito quentes
Obesidade ➙ risco relativo aumenta bastante
Gota ➙ ácido úrico elevado
Hereditariedade ➙ 2,6x maior o risco
Medicamentos ➙ uso de alguns anti retrovirais para AIDS
Quadro clínico
Dor
De maneira geral, é uma dor contínua e não tão relacionada com o movimento ➙
dependendo do tamanho do cálculo e da posição do cálculo, maior ou menor intensidade
2 mecanismos
Entupimento da pelve e distensão do sistema coletor ou obstrução de um cálice
Distensão do sistema coletor interno, com pouca distensão da cápsula renal
Cólica renal ➙ obstrução do ureter
Depende da localização da pedra
Cálculo dentro do rim obstruindo só o cálice maior: dor contínua, não irradia na região lombar, variável
intensidade, intermitente, pode vir acompanhada de outras dores, pode se confundir com dor ortopédica
Cálculo na pelve renal: dor aguda excruciante (a famosa cólica renal), dor localizada na região lombar
Cálculo no ureter: tipo cólica, excruciante, recorrente, mas passou a ter
irradiação para a região de fossa ilíaca e flanco, chegando até a região inguinal
Red flags
Febre + anúria ➙ risco de desenv. sepse (choque séptico) ➙ bem comum
Pode ser assintomático em casos de obstrução lenta e progressiva
Diagnóstico
Exames
laboratoriais
Urina I ➙ verificar se tem infecção associada
Urocultura ➙ ver se tem bactéria e qual o
antibiótico mais adequado para tratar
1ª escolha para acompanhar tratamento, ↓
custo, ↓ radiação, rápido, fácil interpretação
Desvantagens: composição e tamanho do cálculo,
depende do técnico e qualidade do aparelho
Ultrassom de vias urinárias
Exame de escolha para avaliação inicial do cálculo
urinário, rápido e sem efeitos adversos, ↓ custo
Desvantagens: na urgência não tem técnico, depende do
examinador, dificuldade para avaliar peq. cálculos e no ureter
Escolha para gestantes
Tomografia
Padrão ouro para detecção de cálculos urinários no rim e no ureter, rápido,
↑ sensib. e especif., pode ser feito sem contraste e com pouca radiação (risco-benefício)
Desvantagens: caro, radiação (crianças), efeitos adversos do contraste
Tratamento
Tratamento da dor renal é prioridade ➙ se não melhorar tem que operar
Cálculo > que 3mm: probabilidade de "enroscar" é 50% ➙ alta chance de operar
Protocolo de dor
na cólica aguda
Primeira opção: AINEs endovenoso
Segunda opção: morfina, tramadol
Alfabloqueador para o seguimento
Buscopan quase como primeira opção nos pronto-socorros, e
pode ser feito concomitante com o AINES
Terceira opção: opióides
Manejo de sépsis e anúria: desobstrução
Terapia expulsiva de cálculos renais
Cirurgia critério
Dor intratável e o paciente não quer mais sofrer
Crescimento do cálculo
Cálculo em pacientes com alto risco de formação de cálculos
Obstruções causadas por cálculos
Infecção
Cálculos sintomáticos ➙ dor ou hematúria
Cálculos > 15 mm ou < 15 mm se a observação não for uma opção
Preferência do paciente
Comorbidades
Situações sociais do paciente (profissão ou viagens)
Cirurgicamente
LECO (Litotripsia extracorpórea)
Ondas acústicas focadas, com concentração dos
raios nas pedras, ambulatorial, pedra pequena,
Problema: não tem como prever a dimensão dos fragm.
Nefrolitotripsia
percutânea
Punção percutânea para entrar no rim e retirar as pedras
Métodos de fragmentação do cálculo: laser, ultrassom e litotritores balísticos
Ureterorrenolitotripsia
endoscópica
Acesso a todos os segmentos do sist. urinário
Ureteroscópios rígidos e flexíveis
Diversas fontes de fragmentação dos cálculos ➙ principalm. laser
Videolaparoscopia
Casos raros nos quais a LECO, a URS (flexível) e a NPC falharam ou tem sucesso improvável