Violência e tráfico de drogas nos países latino americanos
Tráfico de drogas:
O maior mercado consumidor é os Estados Unidos, que consome anualmente, segundo os cálculos
mais fiáveis, cerca de 165 toneladas de cocaína. Em segundo lugar, mas avançando rapidamente,
vem a Europa, que consome cerca de 124 toneladas anuais. Esses dois mercados são abastecidos
basicamente pela produção latino-americana de cocaína, mais especificamente da região andina, ou
seja, Bolívia, Peru, Colômbia e, em medida quase insignificante, Equador. A maior parte do que chega
aos Estados Unidos passa pelo México, onde, aliás, se consome 17 toneladas anuais, deixando o
Canadá, com suas 14 toneladas, para trás. Para a Europa, outras rotas são mais utilizadas, levando a
cocaína latino-americana via África do Sul e, em muito menor medida, através do Brasil. Para a
América Latina, esse mundo de droga produzida e negociada tornou-se um problema que em alguns
países ameaça escapar de controle. Sabe-se bem da convulsão enfrentada pelo México, fala-se de
como a Colômbia pouco a pouco procura
voltar aos eixos, mas pouco ou nada se fala do que acontece nos países da América Central. Lá, pelo
menos três países – El Salvador, Honduras e Guatemala – que mal se recompõem do flagelo de
prolongadas guerras civis correm o gravíssimo risco de se tornarem vítimas terminais do crime
organizado pelo narcotráfico.
Violência:
Um estudo divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) na última
terça-feira apontou que neste período a "taxa de homicídios da região cresceu 11%, enquanto que,
na maioria das regiões do mundo, caiu ou se estabilizou. Em uma década, mais de um milhão de
pessoas morreram na América Latina e no Caribe por causa da violência criminal". Dados do
relatório apontam que 11 países da região -- Brasil, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala,
Honduras, México, Panamá, Paraguai, República Dominicana e Venezuela -- apresentam "altos
níveis" de homicídios, ou seja, mais de 10 assassinatos em cada 100 mil habitantes. A lista é liderada
por Honduras, com uma cifra de 77,5 mortes, o Brasil, por sua vez, tem 15,5 homicídios a cada mil
habitantes. O menor índice de violência foi registrado no Chile onde, em média, 2 em cada 100 mil
habitantes são assassinados.