Os planaltos são a forma de
relevo predominante na África.
Os rios que cruzam o
continente são utilizados para
transporte e obtenção de
energia elétrica, além de serem
importantes para as atividades
agrícolas e pecuárias.
A vegetação e o clima do
continente africano são
diversificados, resultando em
paisagens que variam de muito
secas a muito úmidas.
Os principais problemas
ambientais do continente são
o desmatamento, a
desertificação e a escassez de
água.
Observe nos mapas ao lado como os
climas e as vegetações se repetem ao
norte e ao sul, a partir da linha do
Equador. Por isso, a África é conhecida
como "continente espelho"
População e
diversidades
É o segundo continente
mais populoso e sua
população se distribui
de maneira desigual
pelo território.
A população africana é marcada por
grande diversidade cultural,
linguística, religiosa e étnica, e
apresenta forte tradição oral.
O islamismo é atualmente uma das principais
religiões da África, com cerca de 400 milhões de
seguidores. A expansão do Islã começou no Norte da
África no século VII e continuou gradativamente em
direção ao sul do Saara.
O cristianismo foi difundido pelos colonizadores
europeus, sobretudo a partir do final do século XIX. É
dominante em muitos países como África do Sul,
Angola, República Democrática do Congo, Camarões e
Sudão do Sul, onde mais de 50% da população é cristã.
As manifestações culturais africanas
influenciaram as culturas dos países
americanos.
Os indicadores socioeconômicos, de
maneira geral, mostram baixa
qualidade de vida em grande parte
da África.
O continente tem
cerca de 70% dos
portadores de HIV
do mundo; no
entanto, o combate
à epidemia da aids
tem tido sucesso
em alguns países.
Sua população se concentra ao sul do
Saara e se urbaniza rapidamente.
Baixos índices de
expectativa de
vida, PIB per capita
e IDH refletem as
dificuldades
encontradas por
grande parte da
população
africana.
O imperialismo (ou
neocolonialismo)
europeu na África
Os europeus impuseram sua língua, seu modo de vida e sua estrutura
administrativa e passaram a retirar minérios e a plantar produtos tropicais.
A demarcação das fronteiras não respeitou as populações nativas e
grupos rivais ficaram confinados entre as mesmas fronteiras,
enquanto grupos etnicamente relacionados foram separados pelos
limites estabelecidos que obedeceram somente aos interesses
europeus.
Durante a Conferência de Berlim (1884-1885), as
potências europeias da época estabeleceram os
limites de seus territórios na África.
Com a crescente
industrialização no século
XIX, a Europa necessitava
cada vez mais de
matérias-primas para
abastecer suas indústrias
e de meios para expandir
seus mercados
consumidores.
A infraestrutura implantada pelos
europeus visava exclusivamente
facilitar o escoamento dos produtos
que retiravam de suas colônias e
levavam para a Europa, como a
construção de linhas férreas
ligando áreas mineradoras aos
portos.
Com a independência dos territórios coloniais, a
partir de meados do século XX, essas fronteiras
foram, em linhas gerais, mantidas. Antigas
rivalidades étnicas voltaram à tona e as disputas
políticas entre grupos concorrentes com frequência
resultaram em golpes de Estado e conflitos
armados.
Em termos econômicos, os
países mantiveram o
mesmo modelo exportador
de produtos primários, e a
indústria praticamente não
se desenvolveu. As
plantations continuaram
ocupando as melhores
terras e grande parte das
populações da África
continuou vivendo da
agricultura de subsistência.
Evolução
socioeconômica
recente
O crescimento econômico, as políticas sociais, os programas de
ajuda humanitária e até as novas tecnologias contribuíram para
melhorar a qualidade de vida de muitos africanos, principalmente
na África Subsaariana, a região mais pobre do continente.
A economia africana caracteriza-se pelo modelo
agrário-exportador, o que coloca o continente em
desvantagem no mercado global, já que exporta produtos
mais baratos e importa produtos manufaturados.
Nos últimos anos, a economia africana registrou expressivo
crescimento, com a maioria de seus países apresentando taxas médias
de crescimento acima de 4% ao ano, além de o PIB do continente ter
triplicado entre 2000 e 2010, atingindo 1,5 trilhão de dólares.
Na porção ocidental da África
encontram-se as principais
plantations onde se cultivam
cacau, amendoim,
óleo-de-palma e algodão.
Costa do Marfim e Gana são
os dois maiores produtores
mundiais de cacau e
respondem por 60% da
produção mundial.
Considerando Nigéria e
Camarões, 4o e 5o maiores
produtores mundiais de
cacau, respectivamente,
chega-se a 70% da produção
mundial desse commodity.
A extração de minérios ocorre
sobretudo no sul da África, de onde
são retirados cromo, ouro, platina,
cobalto, cobre e urânio.
A partir de meados do século XX, com o
desenvolvimento das indústrias petroquímicas no
continente, o petróleo ganhou destaque. Hoje, esse
recurso natural é extraído principalmente na região
do delta do Rio Níger, na Nigéria, além de ser
encontrado em países como Gana, Angola, Gabão,
Egito, Líbia e Argélia.
Apenas a África do Sul
apresenta diversificado parque
industrial (com indústrias
químicas, mecânica, de papel,
aeronáutica, automobilística,
têxtil, alimentícia, entre outros
tipos), sobretudo nos arredores
da cidade de Johanesburgo e da
Cidade do Cabo.
Na atualidade, é cada vez mais forte a
relação que a China vem estabelecendo
com os países africanos: o comércio entre
esse país e o continente, que girava em
torno de 10,5 bilhões de dólares em 2000,
superou 160 bilhões em 2013.
Empresas chinesas vêm investindo fortemente no
continente africano em infraestrutura, na
modernização urbana, na construção civil, na área da
extração mineral, entre outras
Apesar de contribuir para o desenvolvimento de países do continente
africano, a ação da China é questionada. Muitos acusam os chineses de
não transferirem tecnologia para os africanos, usando mão de obra
nativa apenas para os postos de trabalho menos qualificados, e os
cargos mais altos sendo ocupados pelos próprios chineses.