A transmissão desse parasita se dá pela liberação de seus ovos através
das fezes do homem infectado. Em contato com a água, os ovos
eclodem e libertam larvas que infectam caramujos hospedeiros
intermediários que vivem nas águas doces. Após quatro semanas as
larvas abandonam o caramujo na forma de cercárias e ficam livres nas
águas naturais.
Epidemiologia
Encontra-se distribuída em várias regiões tropicais do globo, com prevalência
mundial estimada de 207 milhões de indivíduos. O Ministério de Saúde estima
em 2,5 milhões o número de pacientes com a esquistossomose no Brasil.
Formas Evolutivas
As formas evolutivas consistem no verme adulto, ovo, miracídio, esporocisto,
cercária e esquistossômulo.
A cercária
representa a
segunda fase de
vida livre do
parasito. É uma
larva com corpo e
cauda, adaptada à
vida aquática. Na
pele do homem, a
penetração é
consumada pela
ação lítica e
movimentos
intensos da larva,
nesse processo a
cercária perde sua
cauda.
O miracídio é
o primeiro
estágio de
vida livre do
parasita. As
fezes
infectadas são
lançadas em
rios e lagos, os
miracídios
nadam ao
encontro do
H.Int. o
caramujo.
Ao entrar em contato com a água, os ovos maduros incham,
eclodem e libertam larvas ciliadas, denominadas miracídios.
Ao penetrar as partes moles do moluscos, o miracídio perde parte de
suas estruturas. As células se reorganizam e transformam-se em um
saco alongado repleto de células germinativas. Esse saco é o esporocisto.
Depois de atravessar a pele, ela passa a ser chamada de
esuistossômulo.
Os vermes adultos vivem nos vasos sanguíneos que ligam o
intestino ao fígado (sistema porta_hepático) do hospedeiro.
Sintomas
Fase Crônica
Esquistossomose
hepatoesplênica
Doença no fígado, inflamação e obstrução a passagem do sangue por fibrose, barriga
d'água, esplenomegalia (aumento do baço) e varizes do esôfago.
Esquistossomose
Intestinal
A retenção de ovos na parede do intestino causa diarreia sanguinolenta, cólicas e
emagrecimento. A intensa resposta inflamatória do corpo contra ovos pode causar
ulcerações na parede do intestino, granulomas e obstrução á passagem de fezes.
Fase Aguda
A febre Katayama é a fase aguda da esquistossomose , sendo causada por
uma reação do sistema imune a migração e á produção de ovos do parasita
no organismo. Ocorre entre duas a oito semanas após a exposição. Os
sintomas incluem febre, calafrios, dor muscular, dor nas articulações, tosse
seca, diarreia, perda do apetite e dor de cabeça.
Ciclo Biológico
Heteróxeno
Prevenção
A prevenção da esquistossomose é baseado no tratamento em larga escala de grupos de risco
Educação
Sanitária
Controle de caramujos em lagos e rios
Saneamento básico
Água potável
Tratamento
Fase inicial: Na dermatite cercária, uso de
antiparasitários, anti-histamínicos locais e
corticosterróides.
Fase crônica: Uso de betabloqueadores são
extremamente relevantes
Tratamento específico
Praziquantel: Adulto dose única 50 mg/kg via oral
de 4 à 12 horas (cápsula 600 mg/ml)
Oxamniquine: (cápsula 250 mg, solução 50 mg/ml)
Criança: Dose
única de 20 mg/kg
por via oral após a
refeição.
Adulto:
Dose
única de 5
mg/kg por
via oral
após a
refeição.
Diagnóstico
Diagnóstico Clínico
É feito uma
anamnese
minuciosa, incluindo
informações a cerca
da história
geográfica, da
exposição, banhos
em rios e lagos e
sinais e sintomas da
infecção.
Diagnóstico
Diferencial
A esquistossomose pode
ser confundida com
diversas doenças, em
função das diferentes
manifestações que
ocorrem durante sua
evolução, por esse motivo
é necessário fazer o
diferencial para que não
haja um falso diagnóstico.