Concurso Público Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação (Ciência da Informação) Mind Map on Paradigmas da Ciência da Informação, created by Bárbara Costa on 01/06/2016.
EPISTEMOLOGIA: ramo da filosofia que estuda a origem, estrutura,
métodos e a validade do conhecimento.
A C.I tem duas raízes
Biblioteconomia clássica: estudo dos problemas
relacionados com a transmissão de mensagem.
Também chamada Ciência das Mensagens e está
ligada aos aspectos sociais e culturais própios do
mundo humano.
Caráter Tecnológico: Se refere ao impacto da
computação nos processos de produção, coleta,
organização, interpretação, armazenagem,
recuperação, disseminação, transformação e uso
da informação.
Tese de Capurro: A C.I nasce em
meados do séc XX com um paradigma
FÍSICO, questionado por um enfoque
cognitivo idealista e individualista.
O paradigma físico é substituído por um paradigma pragmático e
social ou: epistemologia social, segundo SHERA e EGAN.
A Hermenêutica afirma que o contexto é condicionado, em
parte, pela situação histórica. Hermenêutica =
Interpretação.
PARADIGMA FÍSICO
Baseado numa epistemologia fisicista, centrado em sistemas
informatizados e o conceito de informação aproxima-se de um
sentido estritamente técnico. Não necessariamente abarca
significado semântico.
1945: Vannevar Bush ao profetizar mecanismos que permitissem um
melhor processamento, registro, transporte e distribuição de
informações (MEMEX).
1949: Shannon e Weaver com a teoria matemática que mostrou-se
adequada para a construção de sistemas computacionais.
1951: Calvin Mooers e a Recuperação da Informação evidencia o
processo de busca em sistemas e a relevância dos usuários. Em
1957 introduz os valores de recall (revocação) e precision (precisão)
aos sistemas de indexação.
O Paradigma Físico NÃO valoriza o
usuário no processo de Recuperação
da Informação (suas percepções e
interações).
LEMBRAR QUE: É
influenciado pelo
desenvolvimento
tecnológico
PARADIGMA COGNITIVO
Por volta dos anos 70 o paradigma da informação deslocou-se
e passou a ter seu foco principal no usuário e seu
conhecimento INDIVIDUAL.
1977: Marc de May: propôs uma visão cognitiva focada no
usuário, onde qualquer processamento da informação
deve ser mediado por um sistema que represente o
modelo de seu mundo.
1980: Belkin definiu ESTADO ANÔMALO DO
CONHECIMENTO quando a busca de informação tem
origem numa necessidade ou situação problemática.
Brookes então se baseou nos três mundos de
Popper (Mundo 1 Físico, o mundo material.
Mundo 2 O mundo do conhecimento subjetivo,
ou estados mentais. Mundo 3 O mundo do
conhecimento objetivo, os produtos da mente
humana) e criou a equação da informação ou
equação fundamental.
1992: Ingwersen desenvolveu a Teoria dos Modelos Mentais
aplicando-a na atividade de recuperação da informação intitulada
"Teoria Cognitiva da Recuperação da Informação" que consistia na
interação dos geradores do sistema de informação, autores,
bibliotecários e usuários enfatizando no estado cognitivo do
usuário.
1999: Figueiredo apresenta a ocorrência de uma mudança de paradigma quanto
ao acesso: deixa de centrar o acesso na informação e passa a centrar no
usuário.
Passa a preocupar-se
com o satisfazer do
usuário e de suas
necessidades
informacionais sob a
sua percepção.
Enfatiza o aspecto COMPORTAMENTAL do
usuário. NÃO considera o contexto social
no qual está inserido.
PARADIGMA SOCIAL
Considera a visão de mundo do usuário (contexto social) para definir o
desenho dos sistemas de recuperação. Abandona a busca por uma
linguagem ideal para representar o conhecimento, uma vez que
considera que as perspectivas e pontos de acesso são definidos
conforme interesse do usuário ou comunidade.
1995: Birger Hjorland propõe a ANÁLISE DE DOMÍNIO que considera a
interação dos indivíduos nos grupos enfatizando a importância da
comunicação nas especialidades, como também relacionar o tipo de
área temática às necessidades de informação.
Segundo Birger, a informação seria melhor compreendida sendo estudada a partir
dos domínios de conhecimento (domain analysis) relacionados à suas comunidades
discursivas (discourse comunities).
Comunidades
discursivas são
construções sociais
constituídas por
indivíduos e suas
dimensões culturais,
sociais e históricas.
SWALES propõe seis características para identificação de uma
comunidade discursiva: 1. Metas comuns. 2. Mecanismos
participativos. 3. Troca de informações usando mecanismos para
provimento de informação como o aumento da capacidade
produtiva. 4. Estilos específicos. 5. Terminologia especializada. 6
Alto nível de especialização (membros com alto nível relevante de
conhecimento).
A informação é
entendida como
fenômeno social
COLETIVO.
O objeto de trabalho das
comunidades está
refletido na cooperação,
nas formas de linguagem e
comunicação, nos sistemas
de informação, na
literatura e nos critérios de
relevância.