é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente, especialmente na antropologia, a
definição genérica formulada por Edward B. Tylor segundo a qual cultura é "todo aquele complexo
que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e
capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade"
MUDANÇA CULTURAL: A cultura é dinâmica. Como mecanismo adaptativo e cumulativo, a cultura
sofre mudanças. Traços se perdem, outros se adicionam, em velocidades distintas nas diferentes
sociedades. Dois mecanismos básicos permitem a mudança cultural: a invenção ou introdução de
novos conceitos, e a difusão de conceitos a partir de outras culturas. Há também a descoberta,
que é um tipo de mudança cultural originado pela revelação de algo desconhecido pela própria
sociedade e que ela decide adotar.
PRINCIPAIS CONCEITOS
Ciências sociais - do ponto de vista das ciências sociais (isto é, da sociologia e da antropologia),
sobretudo conforme a formulação de Tylor, a cultura é um conjunto de ideias, comportamentos,
símbolos e práticas sociais artificiais (isto é, não naturais ou biológicos) aprendidos de geração em
geração por meio da vida em sociedade
Filosofia - cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou
comportamento natural. No cotidiano das sociedades civilizadas (especialmente a sociedade
ocidental) e no vulgo costuma ser associada à aquisição de conhecimentos e práticas de vida
reconhecidas como melhores, superiores, ou seja, erudição
Antropologia - esta ciência entende a cultura como o totalidade de padrões aprendidos e
desenvolvidos pelo ser humano. Segundo a definição pioneira de Edward Burnett Tylor, sob a
etnologia (ciência relativa especificamente do estudo da cultura) a cultura seria "o complexo que
inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo
homem como membro da sociedade"
Por ter sido fortemente associada ao conceito de civilização no século XVIII, a cultura, muitas vezes,
se confunde com noções de: desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e
comportamentos de elite. Essa confusão entre cultura e civilização foi comum, sobretudo, na França
e na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX, onde cultura se referia a um ideal de elite.[5] Ela possibilitou o
surgimento da dicotomia (e, eventualmente, hierarquização) entre "cultura erudita" e "cultura
popular", melhor representada nos textos de Matthew Arnold, ainda fortemente presente no
imaginário das sociedades ocidentais.