A leishmaniose é transmitida por insetos
hematófagos (que se alimentam de sangue)
conhecidos como flebótomos ou
flebotomíneos
Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros
de comprimento e devido ao seu pequeno
tamanho são capazes de atravessar as
malhas dos mosquiteiros e telas.
Apresentam cor amarelada ou
acinzentada e suas asas permanecem
abertas quando estão em repouso
Seus nomes variam de acordo com a localidade; os
mais comuns são: mosquito palha, tatuquira,
birigüi, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha.
O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado
em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas
plantas.
Sintomas
Leishmaniose visceral: febre irregular,
prolongada; anemia; indisposição; palidez da
pele e ou das mucosas; falta de apetite; perda
de peso; inchaço do abdômen devido ao
aumento do fígado e do baço.
Leishmaniose cutânea: duas a três semanas
após a picada pelo flebótomo aparece uma
pequena pápula (elevação da pele) avermelhada
que vai aumentando de tamanho até formar
uma ferida recoberta por crosta ou secreção
purulenta. A doença também pode se manifestar
como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz
ou da boca.
Ciclo de vida do parasita
O ciclo de vida das espécies é ligeiramente diferente mas há
pontos comuns. As formas promastigotas (flageladas e móveis)
são libertadas na pele junto com a saliva de flebotomíneos, ou
flebótomos (em inglês são denominados sand flies) no momento
da picada. Ligam-se por receptores específicos aos macrófagos
ou outras células fagocitárias presentes na pele, pelos quais são
fagocitadas.
Estes parasitas são imunes aos ácidos e enzimas
dos lisossomas com que os macrófagos tentam
digeri-las, e transformam-se nas formas
amastigotas após algumas horas (cerca de 12h).
Então começam a multiplicar-se por divisão
binária, saindo para o sangue ou linfa por
exocitose e por fim conduzem à destruição da
célula, invadindo mais macrófagos. Os
amastigotas ingeridos pelos insectos
transmissores demoram oito dias ou mais a
transformarem-se em promastigotas e
multiplicarem-se no seu intestino, migrando
depois na forma promastigota metacíclico para a
válvula estomodial, que degradam e onde formam
um tampão.
Este tampão impede a ingestão do sangue durante
a refeição sanguínea e é expelido e injetado na pele,
infectando assim o mamífero e completando o
ciclo.