REALIDADE – do Latim medieval “REALITAS”, cujo significado pode ser entendido das seguintes
formas:
1. Tudo aquilo que é “Real”, que existe de fato. O conjunto das Coisas existentes.
2. Característica daquilo que existe, como, por exemplo: “a realidade do Mundo exterior”. Nesta
acepção como oposto de “aparência”.
3. Em termos de Filosofia propriamente dita, e para os adeptos do Idealismo* é um assunto digno de
persistentes estudos; pois, quando, por exemplo, se diz “a realidade do Mundo exterior” se está, na
verdade, perguntando se o Mundo possui mesmo uma Realidade exterior, uma Existência real, a
qual está “fora” do pensamento do Homem? Existe independentemente de o Homem percebê-la? Ou
essa “Realidade Exterior do Mundo” é apenas um conjunto representações, de idéias, de imagens
mentais? Em outros termos: O Mundo termina, ou continua existindo, quando eu durmo?
4. Ainda em termos de Filosofia, os filósofos em geral, não obstante as suas tendências divergirem
em outros pontos, concordam que os chamados “Objetos do Pensamento (os próprios pensamentos,
as imagens mentais)” existem efetivamente e apontam como exemplo as noções que se tem sobre
“Causas”, “Igualdades” etc. Ou, então, os “Objetos da Matemática” que não existem “fora” do
Pensamento e, no entanto, não podem ser negados. Não é possível negar a figura do Circulo, ou a do
Quadrado etc.
Para mim, realidade é tudo aquilo que dentro da minha zona de convívio eu posso presenciar, ver, ouvir e também fazer.
Realidade é uma normalidade de todos.
O REAL – do Latim Medieval “REALIS”, de “RES” = Coisa. O “Real” pode ser entendido como aquilo que existe efetivamente, sendo,
portanto, o oposto de ilusório, fictício. Por exemplo, ser assaltado É uma ameaça Real; ser hostilizado por um gnomo é Irreal,
fantasioso, ilusório. Assim, o Real, nessa acepção, é um dos bons efeitos da aquisição de Conhecimento. Tanto aquele que se
adquire por experiências empíricas, e processamentos mentais, racionais; quanto aquele outro que o Homem tem de nascença,
que lhe é inato; pois quanto maior for o Saber de um individuo mais apto ele estará para diferenciar a Realidade das quimeras, das
aparências, evitando com isso sofrimentos desnecessários.
A descrição de realidade difere de um indivíduo
para outro, pois cada um possui um jeito de ver o
mundo.
Para Hume: o que chamamos de experiência e realidade nada mais é
do que um conjunto de ideias e sensações, mas não existe
algo que una essas percepções.
Segundo Immanuel Kant, temos um conhecimento limitado sobre a
realidade. Isso ocorre porque nossa estrutura cognitiva delimita nosso
entendimento e nos dá acesso somente ao mundo dos fenômenos, e o
fenômeno é tudo aquilo que podemos perceber através dos sentidos e
organizado por nossa estrutura racional.
Pode-se dizer que a realidade social é uma construção
simbólica desenvolvida por uma sociedade determinada.
John Searle diz ser uma série de impulsos elétricos que
caminha de nossos sentidos até o cérebro por uma complexa
rede neuronal e forma o "real".