Foi o movimento de renovação da Igreja
liderado por Martinho Lutero. Ocorreu no
século XVI e teve início na Europa Central. A
reforma protestante foi responsável pela
criação de várias igrejas, sendo que todas elas
se declararam fora da autoridade do Papa.
A decadência das várias ordens da Igreja Católica
originou a necessidade para a criação de uma reforma na
Igreja. Naquela altura, vários sacerdotes estavam
envolvidos em tarefas ilícitas e mundanas e a venda de
indulgências prejudicava muitas pessoas. Além disso,
vários elementos da realeza pretendiam dominar a Igreja
e obter os seus bens, para conseguirem aumentar o seu
poder e influência. Além disso, o poder papal tinha sido
radicalmente reduzido depois da separação entre Roma e
Avinhão (Avignon), e também devido à Reforma Cúria,
que desagradou muitos cristãos na altura, entre eles John
Wycliffe.
Muitos elementos da nobreza e do clero apoiaram as ideias de Lutero, mas inicialmente
não tinham a intenção de se separar da Igreja. Foram feitas várias tentativas de parar o
movimento luterano, incluindo uma condenação imperial, e o Édito de Worms (em 1521)
que proibiu os textos de Lutero e o classificou como inimigo do Estado. Vários soberanos
apoiavam Lutero, sendo que muitos deles faziam isso não porque tinham as mesmas
crenças, mas tinham interesses políticos na separação com a Igreja Católica. A teologia de
Lutero ganhou popularidade rapidamente entre vários pregadores alemães, de tal forma
que a liturgia estava sendo alterada.
A Reforma Protestante teve que enfrentar várias ameaças, entre elas a
revolta dos camponeses e dos anabatistas e os conflitos causados
pelos humanistas, que juntamente com Erasmo de Roterdão se
separaram de Lutero. Apesar de tudo isso, entre 1520 e 1530 a Reforma
se impôs e causou várias mudanças nos regimos eclesiásticos. Muitos
grupos protestantes que eram ameaçados pelo imperador Carlos V se
uniram em 1531, e por isso o imperador acabou por declarar a
liberdade religiosa.
O Concílio de Trento, convocado com o objetivo
de restaurar a união da Igreja, foi convocado
muito tarde, e não teve o efeito desejado. Ulrico
Zuínglio implantou a Reforma na Suíça alemã,
enquanto Calvino atuou na Suíca francesa, com
um ponto de vista distinto. O acordo entre Lutero
e Zuínglio não foi possível graças a diferentes
opiniões em relação à doutrina da eucaristia.
Apesar das diferenças entre as várias igrejas
criadas, todos os nomes importantes na Reforma
salientavam a importância da Bíblia como
documento essencial da revelação divina. Além
disso, a Reforma foi importante para aumentar a
noção dos sacerdotes e dos crentes para a
responsabilidade do Cristianismo perante o
mundo.
CONTRA - REFORMA
A contra-reforma, ou reforma católica, foi a resposta da Igreja Católica em relação à Reforma
Protestante, que ocorreu nos séculos XVI e XVII. A Reforma Protestante forçou a Igreja Católica a
tomar medidas, e o Concílio de Trento foi o principal instrumento de reorganização do catolicismo.
Este concílio foi instituído por Pio V e Gregório XIII e teve como objetivo reavivar a fé através de uma
restruturação da disciplina religiosa. Outros meios usados pela Igreja Católica foram o Índice dos
livros proibidos (1543) e o Santo Ofício (1542). Através da contra-reforma a igreja católica conseguiu
reconquistar alguns territórios que tinha sido "perdidos" para os reformistas protestantes.