educação matemática possibilite ao educando a
utilização de instrumentos comunicativos, analíticos
e materiais, que são essenciais para o exercício dos
direitos e deveres necessários à prática da cidadania
e à leitura crítica dos fenômenos (etnologia) que
ocorrem no mundo globalizado
reconceituação
curricular seja
baseada no trivium
Literacia ou Instrumentos de Comunicação: é a
capacidade que os indivíduos possuem de
processar as informações que estão presentes
na vida cotidiana através da leitura, da escrita,
de representações, do cálculo, da mídia e da
internet
Materacia ou Instrumentos Analíticos: é a capacidade
que os indivíduos possuem de interpretar e analisar
os sinais e os códigos, de propor e utilizar modelos,
para encontrar soluções para situações da vida
cotidiana, através de elaborações abstratas sobre as
representações do mundo real
Tecnoracia ou Instrumentos Materiais: é a capacidade que
os indivíduos têm de utilizar e combinar diferentes
instrumentos, dos mais simples aos mais complexos, 20
avaliando suas possibilidades e suas limitações, para
adequá-los às próprias necessidades, em diversas situações
cotidianas
define a etnomatemática como a matemática que é praticada em grupos culturais identificáveis, como, por exemplo, as sociedades
indígenas, grupos de trabalhadores, classes profissionais e grupos de crianças pertencentes a uma determinada faixa etária, etc.
apresenta uma definição que possui um aspecto mais político do que
antropológico, pois afirma que o programa é uma proposta política, embebida de
ética, que tem como foco a recuperação da dignidade cultural do ser humano.
a etnomatemática cria uma ponte entre a matemática
acadêmica e as idéias (conceitos e práticas) que são
elaboradas por indivíduos pertencentes a diferentes
grupos culturais
O estabelecimento de conexões culturais também é um aspecto
fundamental no desenvolvimento de novas estratégias no
ensino-aprendizagem, pois faz os alunos perceberem que a
matemática é parte significativa da própria identidade cultural
o Programa Etnomatemática, é fazer da matemática algo vivo,
que trabalha com situações reais, no tempo e no espaço,
através de análises, questionamentos e críticas sobre os
fenômenos presentes em nosso cotidiano
programa também enfatiza a importância
da comunidade para a escola, buscando
conectar a matemática escolar com o
contexto cultural da comunidade
programa tem ênfase no desenvolvimento da
habilidade e da competência dos alunos,
através do estudo de idéias e práticas
matemáticas que são extraídas do próprio
contexto cultural
evasão geralmente ocorre porque a maioria dos
alunos não consegue perceber a conexão das
ciências, da matemática ou da tecnologia com a
própria herança cultural. Dessa forma, o programa
etnomatemática funciona como uma ponte que
permite aos alunos perceberem o
inter-relacionamento do estudo das ciências com o
background cultural de cada indivíduo
De acordo com Eglash (2002a), as
investigações do programa
etnomatemática, com perspectiva na ação
pedagógica, podem ser organizadas em
quatro abordagens:
Temas profundamente ligados ao cotidiano de
cada grupo social: quando examinadas em seu
contexto social, as práticas matemáticas dos
grupos sociais não são triviais ou ocasionais, pois
elas refletem os temas que estão profundamente
ligados ao cotidiano de cada grupo
Representações anti-primitivistas: através da
divulgação de práticas matemáticas sofisticadas, a
etnomatemática desafia diretamente os
estereótipos mais prejudiciais aos grupos étnicos
minoritários
Tradução e modelagem: freqüentemente os desenhos indígenas são
simplesmente analisados sob o ponto de vista ocidental, isto é, a
aplicação de classificações simétricas da cristalografia para os padrões
geométricos encontrados nos tecidos indígenas. A etnomatemática, em
contraste, utiliza as relações entre as práticas matemáticas indígenas
e os conceitos matemáticos presentes nos desenhos destes tecidos.
Dinamismo cultural: esta abordagem
evidencia que para que uma prática
matemática indígena seja independente é
essencial que ela se oponha ao primitivismo,
isto é, ela deve evitar o estereótipo de que os
povos indígenas são povos historicamente
isolados do mundo atual.
De acordo com Bishop (1994),
existem três importantes abordagens
investigativas em etnomatemática,
que possuem os seguintes focos:
O conhecimento matemático em culturas
tradicionais: esta investigação possui uma
abordagem antropológica, dando ênfase aos
conhecimentos e práticas experimentadas no
cotidiano de diferentes culturas.
Conhecimento matemático nas sociedades não-ocidentais: esta é uma investigação
histórica que se baseia em valores históricos e que se fundamenta no estudo de
documentos antigos, não nas práticas matemáticas de cada grupo cultural.
Conhecimentos matemáticos de diversos grupos numa sociedade: esta é uma investigação
com ênfase sócio-psicológica. Nesta perspectiva, o conhecimento matemático é construído
socialmente pelos grupos culturais que estão envolvidos em práticas matemáticas específicas