1.1 Narrador: Heterodiegético, terceira pessoa
e com narrador onisciente: “Jerônimo só
voltava a casa ao decair da tarde, morto de
fome e de fadiga. A mulher preparava-lhe
sempre para o jantar alguma das comidas da
terra deles, p.33”.
1.2 Personagens
a) Protagonista: O cortiço, p.10 e Bertoleza p.05. b)
Antagonista: João Romão, p. 05; Miranda, p. 07.
c)Secundários: D. Estela, p. 07;Jerônimo p.29; Rita
Baiana, p. 22; Paula, p. 19
1.3 Espaço
a) Físico: Casa do Miranda, p.11 b)
Ambiente: Taverna, p. o5.
1.4
Tempo
a) Cronológico: Chegaram a casa às
nove horas da noite, p.121”. b)
Psicológico: “[...] ele tomava a sua
guitarra [...] dedilhar os fados da sua
terra. Era nesses momentos que dava
plena expansão ás saudades da pátria,
[...] sua alma de desterrado voava das
zonas abrasadas da América para as
aldeias de sua infância, p. 32”.
1.5
Enredo
a) Exposição: João Romão foi dono de uma venda no Rio
de Janeiro, teve Bertoleza como amante. p. 02; No
sobrado, moravam o Miranda, b) Complicação: Esta foi a
ocasião em que João Romão levou até Bertoleza uma
carta de Alforria, espécie de liberdade à mão de obra
escrava. Romão queria liberta-la com o objetivo de
trazê-la para consigo. João consegui e obteve sucesso
com a nova companheira. c) Clímax: Com o incêndio do
cortiço o português João Romão irá reconstruí-lo como
“Vila João Romão”: “Vou reedificar tudo isso! – declarou
João Romão, [...] E expôs o seu projeto: tencionava
alargar a estalagem, entrando um pouco pelo capinzal...
p. 276”. d) Desfecho: Com a morte da escrava Bertoleza.
João e Miranda estão aptos para unir-se como iguais
através do casamento de João com a filha do Miranda:
“O senhor adiantou-se dela e segurou-lhe o ombro [...]
Bertoleza então, erguendo-se com o ímpeto de anta
bravia [...] de um só golpe certeiro e fundo rasgara o
ventre de lado a lado. p. 340”.
2. Funções da
linguagem
a)Emotiva:“Minha vida tem desgostos, Que só eu sei
compreender... Quando me lembro da terra Parece que
vou morrer... p.48”. b) Poética: “Mas Jerônimo nada
mais sentia, nem ouvia, do que aquela música
embalsamada de baunilha, [...]; e compreendeu
perfeitamente que dentro dele aqueles cabelos
crespos, brilhantes e cheirosos, da mulata,
principiavam a formar um ninho de cobras negras e
venenosas, [...] p.51.” c)Referencial: “Já não era uma
simples taverna, era um bazar em que se encontrava de
tudo, objetos de armarinho, ferragens, porcelanas,
utensílios de escritório, [...] p.14”. d)Fática: “— Ó peste!
dá cá as batatas, que eu tenho mais o que fazer! p.28”.
e) Metalinguística: “Henrique era bonitinho, cheio de
acanhamentos, com umas delicadezas de menina, p.17”.
f) Apelativa: “— Volte logo! p.28”.
3. Coesão
textual
Anáfora: “Augusta meneava a
cabeça tristemente sem
conceber como havia mulheres
que procuravam homem, tendo
um que lhes pertencia... p.56”.
Catáfora: “[...] Uma cabocla
velha, meio idiota, a quem
respeitavam todos... p.20”.
4. Novo Acordo
Ortográfico
Alcateia – p.09” Nas palavras paroxítonas, não se usa mais acento dos ditongos abertos éi e ói. Cinquenta –
p.29” O trema foi abolido de todas as palavras portuguesas e aportuguesadas. Mantém-se apenas em
palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Maldirigido – p.33” Emprega-se hífen nos compostos
com os advérbios BEM e MAL, quando estes formam com o elemento que se lhes segue uma unidade
sintagmática e semântica e tal elemento começa por vogal ou h. Pelos – p.46” Pelo novo acordo
ortográfico passa a dispensar o acento circunflexo que o distinguia da aglutinação da preposição [per] ao
artigo. Zum-zum – p.22” Usa-se o hífen em compostos semelhantes que têm palavras iguais ou
semelhantes.
10. Importância do
curso nos eixos
tématicos
O cortiço retrata a face humana em sua
miséria moral e degradante, ferindo as
normas de administração e
contabilidade. Apresenta como as
pessoas estão suscetíveis ao meio social
em que são inseridas e, de forma
exacerbada, o desejo de enriquecimento
ilícito. Nessa narrativa,, percebe-se
pessoas de caráter ilibado que
apresentam decadência, intensificam a
sordidez e avareza, como o personagem
João Romão.
5. Figuras da
linguagem
Aliteração: “e o violão e ele gemiam com o
mesmo gosto, grunhindo, ganindo [...]
p.170”. Assonância: “[...] que a princípio lhe
tirava dos lábios incrédulos sorrisos de
morfa, agora, p.17”. Elipse: “Amanhecera um
domingo alegre no cortiço, um bom dia de
abril. muita luz e pouco calor, p.34”.
(omissão de havia) Zeugma: “As tinas
estavam abandonadas; os coradouros
despidos, p.34”. (omissão de estavam)
Polissíndeto:“[...] então o fogoso astro
tremeu e agitou-se, e desdobrando-se,
abriu-se de par em par em duas asas e
principiou a fremir, atraído e perplexo (...).
p.93”. Pleonasmo: “A mulher dormia a sono
solto, p. 05”. Anáfora: “Escove-a, escove-a!
que a porá macia que nem veludo! p. 17”.
Antítese: “Conhecia-lhe o temperamento,
forte para desejar e fraco para resistir ao
desejo, p.10”. Ironia: “—... Isto aqui sua-se
muito! É preciso trazer o corpo sempre
lavado, que, ao se não, cheira-se mel!p.61".
Eufemismo: hiperbole prosopopeia
metonimia catacrese sinestesia
6. Biografia do autor: Considerado o
primeiro do Naturalismo no Brasil,
o romancista Aluísio de Azevedo,
nasceu em São Luiz, Maranhão, em
14 de abril de 1857. Quando jovem
ele fazia caricaturas e poesias,
como colaborador para jornnais e
revistas do Rio de Janeiro. Seu
primeiro romance publicado foi:
Uma lágrima de mulher, 1980.
Fonte:
www.blogdopedroeloi.com.br
7. Intertextualidade: Cidade
de Deus e Germinal - Émile
Zola
8. Eixos
temáticos
Ética e moral: “O Botelho, com a sua encanecida
experiência do mundo, nunca transmitia a nenhum dos
dois o que cada qual lhe dizia contra o outro;” p. 36
Multiculturalismo: “[...] feliz em meter-se de novo com
um português, porque, como toda a cafuza, Bertoleza
não queria sujeitar-se a negros e procurava
instintivamente o homem numa raça superior à sua.” p.
07 Racismo: “...Bertoleza não queria sujeitar-se a negros
e procurava instintivamente o homem numa raça
superior à sua.” p. 07 Habitação e saneamento: “A casa
era boa; seu único defeito estava na escassez do
quintal” p. 16 Capitalismo: “[...]às quatro da madrugada
estava na faina de todos os dias [...] à noite passava-se
para a porta da venda, [...] E o demônio da mulher ainda
encontrava tempo para lavar e consertar,...” p. 09
Corrupção: “[...] furtava à pedreira do fundo...” p. 10
9. Mensagem da obra: O ser
humano, tanto pobre quanto
rico; quanto culto; a peble e a
nobreza são corruptos.
Moralmente a ponto de
transformarem-se em animais.