Elevação sustentada dos
níveis pressóricos de PAS
≥ 140 e/ou PAD ≥ 90
mmHg
FATORES DE RISCO
IDADE: há uma associação
direta e linear entre
envelhecimento e
prevalência de HAS,
relacionada ao: 1) aumento
da expectativa de vida da
população brasileira; 2)
aumento na população de
idosos ≥ 60 anos na última
década.
SEXO E ETNIA:
maior entre
mulheres e
pessoas de raça
negra/cor preta.
EXCESSO DE
PESO E
OBESIDADE.
INGESTÃO DE SAL.
INGESTÃO DE ÁLCOOL.
FATORES SOCIOECONÔMICOS.
SEDENTARISMO.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
EFEITO DO JALECO BRACO:
aumento da PA quando aferida
pelo médico no consultório, em
relação à PA domiciliar. O EAB é a
diferença de pressão entre as
medidas obtidas no consultório e
fora dele, desde que essa
diferença seja igual ou superior a
20 mmHg na PAS e/ou 10 mmHg
na PAD. Essa situação não muda
o diagnóstico.
HIPERTENSÃO DO JALECO
BRANCO: um grande número de
pessoas apresenta PA ≥ 140 x 90
apenas quando um médico ou
profissional de saúde afere a sua
pressão. Quando a PA é aferida
em casa, por parentes ou amigos,
ou quando os valores da PA são
determinados pela M.A.P.A., quase
todas as medidas encontram-se
abaixo de 140 x 90.
HIPERTENSÃO
MASCARADA: definida
como a situação clínica
caracterizada por
valores normais de PA
no consultório (< 140 x
90 mmHg), porém,
com PA elevada pela
MAPA durante o
período de vigília.
HIPERTENSÃO
SISTÓLICA ISOLADA: a
hipertensão sistólica
isolada, entidade
típica do idoso, é
definida como PA
sistólica maior ou
igual a 140 mmHg com
PA diastólica menor
que 90 mmHg.
PRÉ-HIPERTENSÃO: define
um estado de maior risco
para desenvolver
hipertensão arterial no
futuro. Pré-hipertensão
(PH) é uma condição
caracterizada por PA
sistólica (PAS) entre 121 e
139 e/ou PA diastólica (PAD)
entre 81 e 89 mmHg.
PSEUDO-HIPERTENSÃO: alguns idosos
possuem artérias muito endurecidas
(pela calcificação e arteriosclerose),
que não colabam, mesmo com
pressões acima da PA diastólica, e
mantêm-se "abrindo e fechando",
mesmo com pressões acima da PA
sistólica. Assim, a aferição pela
esfigmomanometria constatará um
aumento falso da pressão arterial.
Na primeira consulta, a PA deve ser avaliada nos dois
braços, considerando-se sempre a maior (geralmente
é um pouco maior no braço direito) e, se o paciente
for idoso, diabético ou estiver tomando uma nova
droga anti-hipertensiva, é fundamental medir-se
também a PA após 2 minutos de posição ortostática.
Nestes pacientes, pode haver hipotensão postural
(redução maior que 20 mmHg na PAS). A PA no
membro inferior deve ser determinada em
hipertensos com menos de 30 anos de idade (avaliar
a possibilidade de coartação da aorta). Manguitos
mais longos e largos são necessários em pacientes
obesos para não haver superestimação da PA.
AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
A PA fora do consultório pode ser
obtida através da medição
residencial da pressão arterial
(MRPA), com protocolo específico,
ou da MAPA de 24 horas. Ambas
fornecem informações
semelhantes da PA, porém só a
MAPA avalia a PA durante o sono.
Ambas, entretanto, estimam o
risco CV.