A teoria da
complexidade entende
que o grande
problema da educação
é a divisão entre áreas
do conhecimento
isoladas entre si. Ela
visa a extinção desta
“classificação das
matérias”,
passando-se assim a
aproveitar o “espaço”
entre elas.
Os grandes precursores desta forma de organização de ideias foram o antropólogo, sociólogo e
filósofo francês Edgar Morin
Que aponta o paradigma cartesiano como o
grande estigma do Ocidente
A principal contribuição de Morin foi o alerta
para a limitação causada pelo paradigma
cartesiano, que propõe uma visão simplista
e dualista do mundo, separando a realidade
em “isto ou aquilo”, e criando mais e mais
especializações ao longo do tempo. Morin
acredita que a excessiva especialização
conduz à perda de informações que
poderiam ser descobertas se fossem
estudadas com outros olhos.
o físico teórico romeno Basarab Nicolescu, teorizador
da transdisciplinaridade, e o matemático brasileiro
ganhador da medalha Felix Klein, Ubiratan
D’Ambrósio, pioneiro na área da etnomatemática.
Os três são membros fundadores do
CIRET (Centro internacional de pesquisas
e estudos transdisciplinares), atualmente
presidido por Nicolescu.
Basarab Nicolescu, em sua obra O
Manifesto da Transdisciplinaridade
(1999), dispõe uma discussão a
respeito da transdisciplinaridade.
Para o autor, o modo fragmentado do
ensino é prejudicial a aprendizagem.
Nicolescu também apresenta a diferença entre
os laços disciplinares. A pluridisciplinaridade
tem por objetivo aplicar um conhecimento
específico para várias disciplinas. Já
interdisciplinaridade, propõe o
compartilhamento metódico entre disciplinas. A
transdisciplinaridade, por fim, apresenta o
único meio pelo qual é possível interligar todas
as unidades do conhecimento.
Um dos pilares da aplicação da
teoria da complexidade é a
reaproximação das áreas exatas às
humanas, aproveitando deste
modo os métodos de uma na
pesquisa da outra. Além desta
aproximação entre matérias, o
movimento propõe também das
artes, literatura, poesia e
experiências interiores às matérias
formais.