Primeira Guerra Mundial 1. As tranformações tecnológicasSegunda Revolução Industrial. Emprego de novas fontes de energia, como a eletricidade, o petróleo e subprodutos, e o desenvolvimento da siderurgia... O impacto dessas transformações foi sentido na construção civil, indústria de maquinários, ferramentas, bens de consumo duráveis, comunicação, trasportes, indústria química e etc. Tornava necessário ampliar os mercados consumidores como também os fornecedores de matéria-prima para a indústria, principalmente o petróleo, a borracha e o alumínio.Enquanto na Primeira Revolução Industrial empregava-se mão-de-obra pouco qualificada, a baixo salários, na Segunda Revolução Industrial os investimentos em desenvolvimento de produtos requeriam pesquisas, laboratórios, campos de testes e provas, mão-de-obra altamente qualificada...Truste, holding, cartel.2. O imperialismo e o colonialismoA adoção de medidas protecionistas limitou o comércio entre as nações industrializadas desencadeando uma corrida por mercados externos. Os salários não aumentaram proporcionalmente a produção, gerando um descompasso entre produção e consumo, elevando taxas de desemprego. Buscar novos mercados tornou-se necessário para a sobrevivência do grande capital. Segundo John Atkinson Hobson o imperialismo se deu "quando o capital excedente que não encontrou bons investimentos dentro do país é forçado a colocar mais e mais parcelas de seus recursos fora de seu território, orientando-se para o expansionismo e conquista de novas áreas". Era o imperialismo. A expansão imperialista foi acompanhada, as vezes, pela submissão política, econômica, militar, administrativa, assumindo características colonialistas, o neocolonialismo. Desta forma, o capital se destinou a investimentos e conquistas na Ásia, África e América Latina. Esses mercados atenderiam as necessidades de fornecedores de matérias-primas(carvão, ferro, petróleo e etc) e gêneros agrícolas, consumidores da produção industrial e áreas de investimentos do capital financeiro, também na forma de empréstimos aos governos dos países periféricos. 3. As justificativas ideológicasAs justificativas para a política imperialista e colonialista eram as mais diversas, por vezes conjugando filantropia e humanitarismo com o mito da superioridade do homem branco. Assim, o homem europeu, se via na condição humanitária de salvar os povos e nações "menos desenvolvidas" dos rituais religiosos antropofágicos e animistas, convertendo-os ao cristianismo, como também levar-lhes o progresso que o europeu, "superior", havia desenvolvido: a ciência, a técnica, a saúde, a educação e etc."fardo do homem branco"3. Imperialismo na ÁfricaConferência de Berlim.4. Choques internacionais As rivalidades são frutos do desenvolvimento desigual entre as nações industrializadas, seja pelo grau de desenvolvimento de suas economias, seja por fatores históricos, como o caso da Alemanha e Itália, que tiveram tardias unificações e, consequentemente, também retardaram sua participação na partilha colonialista dos séculos XIX e XX. Relacionam-se, portanto, com interesses econômicos de mercados. São choques imperialistas, de interesses econômicos. 5. O conflito anglo-germânico A Alemanha, unificada em 1870, desenvolveu rapidamente uma política industrializante e navalista, superando a produção de ferro e aço da Inglaterra e da França. Na indústria naval, a Alemanha ameaçava desbancar a supremacia inglesa, listando suas empresas de navegação entre as maiores linhas de navegação do mundo. Os ingleses se apercebiam de que o crescimento alemão era uma ameaça a sua supremacia industrial e naval e de que a vitória sobre os alemães era a garantia para a sua prosperidade e sua existência. 6. O conflito franco-germânicoAs disputas entre franceses e ingleses giravam em torno de duas questões. Os franceses reivindicavam a devolução das regiões de Alsácia e Lorena, anexadas pelos alemães em 1870, na Guerra Franco-Prussiana, ao passo que os alemães se opunham a anexação do Marrocos pelos franceses, o qual havia se tornado sua área de protetorado na chamada Questão Marroquina.7. O conflito austro-sérvioÁustria e Sérvia disputavam a hegemonia na península Balcânica. A Áustria exigiu a independência da Albânia, conflitando, novamente, com os interesses expansionistas da Sérvia em formar a Grande Sérvia.8.O conflito austro-russoA Rússia aliou-se a Sérvia na sua política de formação da Grande Sérvia, servindo de aliada contra as pretensões do Império Austro-Húngaro na região.9. O conflito russo-alemãoRussos e alemães ambicionavam controlar Constantinopla e outras porções do território turco, pois queriam para si o Império Otomano como área privilegiada de comércio.10. Nacionalismos exaltadosOs choques de interesses entre as nações acimas descritas suscitaram a propagação de uma onda nacionalista, encobrindo os verdadeiros interesses e ambições imperialistas. Dentre os nacionalismos que antecederam a Primeira Guerra Mundial destacaram-se o pan-germanismo(afirmava a superioridade da raça alemã, firmando alianças com países de origem germânica, como a Áustria), revanchismo(Guerra Franco-Prussiana), pan-eslavismo(atribuia aos russos a missão de proteger os demais povos eslavos, como os sérvios e etc).11. Sistema de alianças Neste clima de tensão, articulou-se um sistema de alianças secretas. Em 1882, articulada por Bismarck, formou-se a Tríplice Aliança, composta por Alemanha, Áustria-Hungria e Itália. A Tríplice Entente foi o desdobramento de alianças anteriores entre Rússia, França e Inglaterra.12. Assassinato de Francisco Ferdinando e a eclosão da guerraO motivo desencadeador foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, em Sarajevo, capital da Bósnia. Foi executado pelo grupo "Mão Negra". (Visava impedir a execução do plano austríaco de organização de uma monarquia tríplice, composta por austríacos, húngaros e povos eslavos). Documentos comprovam, o governo sérvio tinha conhecimento do plano de assassinato e nada fez para alertar o governante austríaco, portanto, levantou-se a suspeita de participação sérvia na conspiração do crime. A Áustria declara guerra a Sérvia. Consequentemente, a Rússia também entra em guerra. A mobilização russa colocara a Alemanha em estado de alerta. França mobilizou suas tropas, Alemanha declarou guerra a França. E assim, entra a Inglaterra.13. O conflito se generalizaCom a entrada da Inglaterra no conflito, este se alastrou rapidamente, arrastando consigo outras tantas nações no conflito.14. 1° etapa: guerra de movimentoFicou caracterizada pelo Plano Schlieffen, estratégia alemã de invadir rapidamente a França para depois voltar-se com maior intensidade para o lado oriental, onde estavam os russos.Mobilização.15. 2° etapa: a guerra de trincheirasDecorrido apenas alguns meses do início da Guerra, uma nova fase se iniciava: a da guerra de trincheiras, estabilizando os exércitos por centenas de quilômetros.Nessa fase, a Itália une-se a Tríplice Entente.16. 1917: O ano críticoOs Estados Unidos entram na guerra pelo lado da Tríplice Entente. (submarinos alemães afundaram navios norte-americanos + outros interesses econômicos e políticos).Também foi nesse ano que a Rússia saiu do conflito(Rev. Russa).Vitória Entente.17. Tratado de VersalhesDevolução da Alsácia e Lorena para a França, Alemanha foi considerada a culpada da guerra, teve que pagar indenização, e teve que reconhecer a independência de alguns países como a Polônia...
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