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Ciclo das Rochas
Rochas magmáticas: resultantes da solidificação de magma. Rochas metamórficas: originadas a partir de rochas preexistentes que experimentam transformações mineralógicas e estruturais, mantendo-se no estado sólido. Essas transformações são devidas a condições de pressão e de temperatura elevadas ou à ação de fluidos de circulação.Rochas sedimentares: formadas à superfície ou perto dela, a partir de deposições de sedimentos que, posteriormente, experimentam uma evolução, sendo compactados e ligados entre si.
Ocorrem fundamentalmente duas fases na génese de rochas sedimentares: sedimento génese e diagénese. Sedimento génese: conjunto de processos físicos e químicos que compreendem a elaboração dos materiais que vão constituir as rochas sedimentares, o transporte e a deposição desses materiais. - Erosão: remoção dos materiais previamente alterados das rochas, por agentes erosivos. Os materiais (clastos ou detritos) são transportados. - Sedimentação: deposição desses materiais, que passam a denominar-se por sedimentos. Primeiro depositam-se os detritos mais densos e pesados e depois os menos densos e menos pesados. Se não houver perturbações, a sedimentação realiza-se de forma regular, sendo que os sedimentos formam camadas horizontais, não deformadas – estratos. Diagénese: conjunto de processos físicos e químicos que intervêm após a sedimentação e pelos quais os sedimentos evoluem para rochas sedimentares coerentes. No decurso da diagénese os sedimentos são compactados, desidratados e cimentados, ficando ligados entre si.
Biologia e Geologia (10.º e 11.º anos)
As rochas, arquivos que relatam a história da Terra
Rochas Magmáticas e Rochas Metamórficas
A Terra, um Planeta em Mudança
Princípios básicos do raciocínio geológicoCatastrofismo: alterações à superfície da Terra são provocadas por catástrofes ocasionais. Uniformitarismo: alterações ocorridas à superfície são provocadas por processos naturais, graduais e lentos.O uniformitarismo pressupõe que:- As leis naturais são constantes no espaço e no tempo- Princípio do actualismo – as causas que provocaram determinados fenómenos no passado são idênticas às que provocam o mesmo tipo de fenómenos no presente- A maioria das mudanças geológicas é gradual e lenta.Neocatastrofismo (teoria actualmente aceite): aceita os pressupostos do uniformitarismo, mas atribui também um papel importante aos fenómenos catastróficos como agentes modeladores da superfície terrestre.
Mobilismo Geológico
Litosfera: camada mais exterior, rígida, constituída por crosta continental, crosta oceânica e uma parte do manto superior.Astenosfera: camada sólida mas plástica, constituída por uma parte do manto superior e uma parte do manto inferior.Tipos de limites das placas litosféricas:Limites divergentes: situam-se nas dorsais oceânicas e são zonas onde é gerada nova crosta. Geralmente as dorsais têm um vale central chamado rifte, onde há ascensão de material. Limites convergentes: verifica-se a destruição de placas litosféricas => zonas de subducção: uma placa (a mais densa) afunda sob a outra (menos densa), sendo destruída. (A crosta oceânica mergulha sob a continental) Limites conservativos: situam-se no limite de falhas transformantes que cortam transversalmente as dorsais e ao longo das quais não se verifica destruição nem alastramento, mas apenas deslizamento de uma placa em relação à outra.
Provável origem do Sol e dos planetasPlanetas, asteróides e cometasTeoria nebular reformulada (teoria actualmente aceite): esta teoria consiste na existência de uma nébula formada por gases e poeiras que, devido a forças gravíticas, se achatou e aumentou a sua velocidade de rotação, dando origem a que no seu centro se formasse um proto-sol. Este “disco” achatado tinha a matéria mais densa mais próxima do centro e a menos densa mais afastada deste. Essa matéria, começou por chocar uma com a outra e agregar-se, formando planetesimais, aos quais se agregaria mais matéria (a este choque e agregação de matéria dá-se o nome de acreção). Os planetesimais continuaram a chocar entre si, dando origem a proto-planetas que, devido a mais acreção e diferenciação, deram origem a planetas.Teoria nebular reformulada (teoria actualmente aceite): esta teoria consiste na existência de uma nébula formada por gases e poeiras que, devido a forças gravíticas, se achatou e aumentou a sua velocidade de rotação, dando origem a que no seu centro se
Cometas: corpos muito primitivos dos sistema solar, rochosos, com órbitas muito excêntricas relativamente ao Sol. São constituídos por núcleo, cabeleira e cauda. Meteoróides: corpos de dimensões variáveis, provenientes do espaço, que se tornam incandescentes ao atravessar a atmosfera. O rasto luminoso deixado por eles ao atravessar a atmosfera chama-se meteoro. Quando uma parte dos meteoróides consegue atingir a superfície, tem o nome de meteorito.Planetas principais: descrevem as suas órbitas directamente em torno do Sol.Planetas secundários ou satélites: descrevem translações em torno dos planetas principais.Asteróides: corpos rochosos de forma irregular que se deslocam geralmente entre as órbitas de Marte e Júpiter.
A Terra – acreção e diferenciação
A diferenciação da Terra foi provocada por energia de diferentes fontes:Calor resultante do impacto dos planetesimais; Calor resultante da compressão dos materiais constituintes;Calor resultante da desintegração radiactiva.A Terra passou de um corpo homogéneo para um corpo zonado, com núcleo denso, essencialmente constituído por ferro, uma crosta, composta de materiais pouco densos, e o manto, formado por materiais de densidade intermédia, compreendido entre o núcleo e a crosta. Em consequência da diferenciação formou-se ainda a atmosfera e a hidrosfera.
Génese da LuaTeoria da colisão com injecção (teoria mais aceite actualmente, pois é apoiada por dados geoquímicos, geofísicos e gravitacionais): o impacto de um grande planetesimal provocou a volatilização e ejecção de parte do interior e superfície da Terra, ainda em formação. Posteriormente, este material sofreu acreção e diferenciou-se, formando, deste modo, a Lua.Teoria da fissão: esta teoria sustenta que a rotação da Terra primitiva seria tão rápida que, devido à força centrífuga, uma porção dela se separou e foi arremessada para o espaço dando origem à Lua. Teoria da co-acreção ou concepção binária: teoria que afirma que a Terra e a Lua se formaram, simultaneamente, a partir da condensação da nébula solar primitiva. Teoria da captura: teoria que preconiza que a Lua se teria formado noutro local do sistema solar e que, devido à força gravitacional da Terra, foi capturada e começou a orbitar em torno desta.Teoria da colisão com injecção (teoria mais aceite actualmente, pois é apoiada por dados geoquímicos, geofísicos e gravitacionais): o impacto de um grande planetesimal provocou a volatilização e ejecção de parte do interior e superfície da Terra, ainda em formação. Posteriormente, este material sofreu acreção e diferenciou-se, formando, deste modo, a Lua.A Lua tem uma baixa força gravítica, daí que não tenha atmosfera nem hidrosfera. A superfície da lua é formada por zonas negras, os “mares”, planos e constituídos por basaltos e
A Lua tem uma baixa força gravítica, daí que não tenha atmosfera nem hidrosfera. A superfície da lua é formada por zonas negras, os “mares”, planos e constituídos por basaltos e “continentes”, acidentados, constituídos por rochas claras, feldspáticas, que reflectem bastante a luz.
A face da Terra – continentes e fundos oceânicos
Áreas continentaisEscudos: rochas que afloram; formam os núcleos dos continentes.Plataformas estáveis: zonas de escudos que não afloram porque estão cobertos de sedimentos. Cinturas orogénicas recentes: cadeias resultantes de colisões entre continente-continente ou placa oceânica-continente.
Fundos oceânicos
Domínio Continental Plataforma continental: faz parte da crosta continental e prolonga o continente sob o mar. Talude continental: limite da parte imersa do domínio continental; tem declive acentuado.Domínio oceânico Planícies abissais: de profundidade compreendida entre 2500 e 6000m. Por vezes podem existir fossas. Dorsais: situam-se na parte média ou bordas oceânicas. Contêm um vale central – rifte.
Métodos directos Observação e estudo directo da superfície visível Exploração de jazigos minerais efectuada em minas e escavaçõesSondagensMétodos geofísicos- Gravimetria: estudo de variações no campo gravítico da terra – anomalias gravimétricas. A presença de rochas menos densas dá origem a anomalias gravimétricas negativas; a presença de rochas mais densas, leva a anomalias positivas.- Densidade: comparação da densidade de rochas presentes a diversas profundidades.Métodos indirectos Planetologia e astrogeologia: as técnicas aplicadas no estudo de outros planetas do sistema solar podem ser usadas no estudo da Terra. Geomagnetismo: estudo das alterações no campo magnético da Terra. Sismologia: estudo dos sismos e da propagação das ondas sísmicas. Geotermismo: estudo da energia térmica da Terra. Geomagnetismo: estudo das alterações no campo magnético da Terra. Sismologia: estudo dos sismos e da propagação das ondas sísmicas. Geotermismo: estudo da energia térmica da Terra.
VulcanologiaVulcanismo eruptivoUm vulcão surge quando material sólido, no manto terrestre, passa ao estado líquido, devido a um desequilíbrio entre a pressão e a temperatura, e ascende à superfície terrestre.O magma pode preencher espaços no interior da crosta, formando grandes reservatórios, as câmaras magmáticas, ou reservatórios de menores dimensões, as bolsadas magmáticas. Em torno destes reservatórios existem rochas, sobre as quais o magma exerce grande pressão, denominadas por rochas encaixantes.Assim, surge uma abertura – cratera – por onde é ejectada rocha no estado líquido – magma – e material incandescente, originando uma erupção vulcânica, em que há libertação de material no estado de fusão ígnea (lava) e materiais sólidos (piroclastos). O magma formado em profundidade sobe através de fracturas na crosta terrestre. Quando o magma chega à superfície passa a designar-se por lava. A ascensão do magma não tem que se fazer necessariamente por uma só chaminé principal. Pode também subir por fissuras mais pequenas – chaminés secundárias.
Ao longo de sucessivas erupções, vão-se depositando, em redor da cratera, lava consolidada, cinzas e fragmentos rochosos, constituindo assim o cone vulcânico. Um vulcão é considerado activo no caso de ter entrado em erupção recentemente, ou pelo menos durante períodos históricos.Um vulcão do qual não há registo de existência de actividade, que se apresenta bastante erodido e do qual não há registos de erupção é considerado extinto. Vulcões que não estejam completamente erodidos e dos quais não existem registos de actividade são considerados vulcões adormecidos. Podem formar-se, na parte superior dos vulcões, grandes depressões chamadas caldeiras. As caldeiras têm forma circular e paredes íngremes e podem formar-se devido ao afundimento da parte central do vulcão, após fortes erupções, em que grande quantidade de materiais é rapidamente expelida, ficando um vazio na câmara magmática. A existência de fracturas circulares e o peso das camadas superiores provocam o abatimento do tecto da câmara.Podem também ocorrer erupções fissurais nas quais a lava é expulsa através de fendas alongadas.Erupções explosivas: as lavas são muito viscosas, fluem com dificuldade e impedem a libertação de gases, o que provoca a ocorrência de explosões violentas. Por vezes a lava não chega a derramar, constituindo estruturas arredondadas chamadas domas ou cúpulas, dentro da cratera. A lava pode chegar a solidificar dentro da chaminé formando agulhas vulcânicas Erupções efusivas: a lava é fluida, a libertação de gases é fácil e a erupção é calma, com derramamento de lava abundante. Se os terrenos onde ocorre a erupção forem planos, a lava pode constituir mantos de lava. Se houver declive acentuado podem formar-se correntes de lava.Erupções mistas: assumem aspectos intermédios entre as erupções explosivas e as erupções efusivas. Observam-se fases explosivas, que alternam com fases efusivas.
Vulcanismo ResidualFumarolas: emissões de gases e vapores em regiões com manifestações de vulcanismo.- Sulfataras: quando abundam os compostos de enxofre.- Mofetas: quando abunda o dióxido de carbono.Géiseres: repuxos intermitentes de água e vapor. Nascentes termais: águas subterrâneas sobreaquecidas devido ao calor dissipado nas regiões vulcânicas. Se essas águas têm origem magmática, designam-se por águas juvenis. Vulcanismo associado a fronteiras divergentes – predominantemente do tipo efusivo. Vulcanismo associado a fronteiras convergentes – predominantemente do tipo explosivo. Vulcanismo intraplacas – do tipo efusivo, associado à existência de pontos quentes relacionados com a presença de plumas térmicas.
Vulcões e tectónica de placas
Formação de um manto de basalto e de uma cadeia vulcânica a partir de um ponto quente na extremidade de uma pluma térmica / Formação de uma cadeia de ilhas a partir de um ponto quente.
SismoÉ movimento vibratório e brusco da crosta terrestre, devido, muitas vezes, a uma libertação de energia (sob o efeito de tensões causadas, na maioria das vezes pela movimentação das placas litosféricas; a litosfera acumula energia que é libertada quando a pressão é suficientemente forte para provocar a ruptura do material) em zonas instáveis do interior da Terra, que ocorrem num período de tempo restrito, em determinado local e que se propaga em todas as direcções (ondas sísmicas). Depois da ruptura acima referida, dão-se várias outras rupturas secundárias – réplicas. Também antes do abalo principal se podem sentir sismos de fraca intensidade, denominados por abalos premonitórios. O ponto em que a energia se liberta é denominado por hipocentro e o ponto que se encontra à superfície, verticalmente sobre este, chama-se epicentro. O estudo dos fenómenos relacionados com a ocorrência de sismos constitui a sismologia. Macrossismos: sismos sentidos pela população. Microssismos: sismos imperceptíveis, que não causam danos significativos.
Sismos tectónicos: são devidos a movimentos tectónicos. (A, B e C). Podem ter origem em forças de vários tipos:- Compressivas (A): os materiais são comprimidos, tendendo a diminuir a distância entre as massas rochosas.- Distensivas (B): levam ao estiramento e alongamento do material, aumentado a distância entre as massas rochosas.- Cisalhamento (C): os materiais são submetidos a pressões que provocam movimentos horizontais, experimentando alongamento na direcção do movimento e estreitamento na direcção perpendicular ao movimento.
Sismos de colapso: são devidos a abatimentos em grutas e cavernas ou ao desprendimento de massas rochosas. Sismos vulcânicos: são provocados por fortes pressões que um vulcão experimenta antes de uma erupção e por movimentos de massas magmáticas relacionados com fenómenos de vulcanismo.
Efeitos dos sismos – ondas sísmicas Ondas sísmicas: movimentos vibratórios de partículas que se propagam a partir do foco, segundo superfícies concêntricas - Ondas de volume (profundidade) § Ondas P · as partículas vibram paralelamente à direcção de propagação; · a propagação produz-se por uma série de impulsos de compressão e distensão através das rochas; · propagam-se por todos os meios; · são também chamadas ondas de compressão ou longitudinais; · provocam variações do volume do material. § Ondas S · as partículas vibram num plano perpendicular à direcção de propagação; · apenas se propagam em meios sólidos; · provocam mudanças da forma do material; · podem também chamar-se ondas transversais. - Ondas superficiais (ondas L) § Ondas de Rayleigh e ondas de Love · Resultam da interferência de ondas P e S; · Ondas de Love: partículas vibram horizontalmente; · Ondas de Rayleigh: partículas movimentam-se elipticamente.
GEOLOGIA 10º- As rochas
Rochas Sedimentares
Idade relativa e idade radiométricaA medida do tempo geológico e a idade da TerraIdade relativa e idade radiométrica- Princípio da sobreposição de estratos: numa série de rochas sedimentares não deformadas, o estrato A que se encontra sobre o estrato B é mais antigo do que este; ou seja, um estrato é mais velho que aqueles que o recobrem e mais novo dos que os que lhe estão subjacentes.Idade relativa (datação relativa): baseia-se no princípio da sobreposição de estratos e na existência/presença de fósseis de idade em determinadas camadas. Idade absoluta (datação absoluta/radiométrica): baseia-se na desintegração de isótopos radioactivos que se desintegram espontaneamente. Os isótopos-pai desintegram-se em isótopos-filho mais estáveis. O tempo necessário para que metade dos isótopos-pai de uma rocha se desintegrem em isótopos-filho, denomina-se por semivida.
Princípios Básicos do Raciocínio Geológico
Formação do Sistema Solar
Sistema Terra-Lua
Métodos para o estudo do interior da geosfera
Vulcanologia - Vulcanismo eruptivo
Vulcanologia - Vulcanismo residual
Sismologia
Causas dos Sismos
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