Iluminismo

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Robson Bueno
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Liberalistas e Iluministas Liberalismo Doutrina que preconiza a liberdade individual aplicada principalmente nos terrenos político e econômico. Combina os ideais de livre associação e organização. O ideal político do liberalismo do séc. XIX era a democracia definida como um mínimo de governo, com as leis e a constituição traçadas voluntariamente por todo o povo, através de representantes responsáveis. O liberalismo é, às vezes, empregado como sinônimo de individualismo. No início do séc. XIX manifestava-se contra as ajudas e limitações governamentais, por considerá-las inimigas da liberdade. No séc. XX, todavia, encara a liberdade como resultado das oportunidades iguais que só podem ser oferecidas pela intervenção do Estado. O “novo” liberalismo difere do velho em outro aspecto: enquanto este tinha como fundamento as leis naturais, aquele é mais empírico e pragmático na formulação dos princípios relativos aos negócios públicos. Os antigos liberais são os conservadores de hoje: há várias décadas os novos liberais vêm evoluindo para o coletivismo empírico democrático tipo new deal. Liberalistas: SMITH, Adam Economista inglês (Kirkcaldy, Fifeshire, Escócia). Estudou em Glasgow e Oxford. Até 1746 dedicou-se aos estudos de ciências políticas e lingüísticas. Transferiu-se mais tarde para Edinburgh, onde deu cursos de retórica e literatura. Nessa época conheceu David Hume, de quem se tornou amigo. Em 1751 foi nomeado professor de lógica em Glasgow e, no ano seguinte, assumiu a cátedra moral em que se manteve durante doze anos. Para Adam Smith, o trabalho de uma nação é a principal fonte geradora dos bens que necessita a comunidade. O aumento da produtividade do trabalho depende de sua divisão, que repousa essencialmente, na propensão que tem a natureza humana para trocar uma coisa por outra. A acumulação de capital funciona como uma das condições prévias dessa divisão. Quanto à noção do valor, surgiu como troca de mercadorias. O termo valor apresenta dois significados, o de utilidade e o de poder de compra, sendo o primeiro valor de uso, e o segundo valor de troca. O trabalho seria a medida do valor de todas as mercadorias. Estudando o problema do preço, concluiu o economista que as rendas, os salários e os lucros são meros componentes da renda. No que se refere à acumulação capitalista, divide o capital em fixo e circulante. O primeiro consiste, principalmente, em máquinas, edifícios, implementos agrícolas, enquanto o segundo compreende o dinheiro. as matérias-primas e as mercadorias acabadas, ainda em mãos do industrial ou do comerciante. Analisando a estrutura da sociedade capitalista, Adam Smith chegou a extraordinária conclusão, para a sua época, da divisão da sociedade em classes. Para ele, três são as classes fundamentais da sociedade capitalista: o operariado, os capitalistas e os proprietários de terras. Salienta que, na sociedade capitalista, existe comunidade de interesses, uma vez que os benefícios comuns resultam sobretudo do choque de interesses das diversas classes sociais. Por isso defendia a livre concorrência. RICARDO, David Economista inglês (Londres, 18-IV-1772 – Gloucestershire, 11-IX-1823). De origem judaica, foi educado em seu país e na Holanda, mas não cursou universidades. Cedo demonstrou suas aptidões para os negócios e chegou a acumular grande fortuna, Em 1819, foi eleito para o Parlamento, onde pronunciou importantes discursos sobre questões econômicas. Seu primeiro ensaio de economia política só apareceu dez anos depois de haver lido A riqueza das nações, de Adam Smith, autor que o influenciou profundamente. Em 1815, quando se debatia a legislação dos cereais, publicou o seu Ensaio sobre a influência do baixo preço dos cereais nos lucros da bolsa. Nesse livro são apresentados os princípios básicos de sua doutrina: os lucros aumentam com a redução dos salários e diminuem com a elevação destes; o aumento dos salários não provoca o aumento dos preços; os custos são determinados pelo custo da produção de alimentos. Achava com outros economistas da época que a tendência ao desemprego, no sistema capitalista, era fenômeno limitado. Mais tarde, contudo, não pode ocultar suas apreensões ante o fato do rápido crescimento dos salários até atingir os níveis de subsistência. MALTHUS, Thomas Robert Sociólogo e economista inglês (The Rockery, Surrey, 14-II-1776 – Haileybury 23-XII-1834). Contemporâneo de S.T. Coleridge no Jesus College, de Cambridge, recebeu as ordens eclesiásticas em 1917. No ano seguinte publicou a obra que o tornaria mundialmente famoso: An Essay on population. Em 1805 aceitou um convite para ensinar história moderna e economia política em Haileybury, onde permaneceu até o fim de sua vida. Em sua obra fundamental, Malthus defendeu a tese de que a população universal aumenta em proporção geométrica, enquanto a produção de alimentos cresce apenas em proporção aritmética: o aumento populacional é sempre mais elevado que o dos meios de subsistência. Sustentou ainda que o problema da super população só não se torna intolerável devido à guerras, às epidemias e a fome crônica, que dizimam periodicamente parte do excedente geográfico. Malthus foi duramente criticado por não ter levado em conta o desenvolvimento das ciências e da técnica, que abriria perspectivas praticamente ilimitadas para a produção de alimentos. Não obstante, suas idéias tiveram o mérito de chamar a atenção dos economistas para os problemas da demografia. Alguns estudiosos pretendem encontrar na obra de Malthus a formulação da moderna teoria da demanda efetiva. Além do ensaio, destacam-se, nessa obra, An inquiry into the nature and progress of rent e Principles of political economy. Malthus foi amigo do economista inglês David Ricardo, a quem ajudou na elaboração de uma lei do valor. Iluminismo O ponto culminante da Revolução Industrial, em filosofia foi um movimento conhecido como Iluminismo. Iniciado na Inglaterra por volta de 1680 rapidamente se difundiu, atingindo a maior parte dos países do norte da Europa e não deixando de ter influência também na América. A manifestação Suprema do Iluminismo verificou-se, contudo, na França, e o período em que ele se revestiu de verdadeira importância foi o séc. XVIII. Poucos movimentos históricos tiveram efeitos tão profundos no sentido de moldar o pensamento dos homens e de orientar o curso das suas ações. O Iluminismo tinha algumas características marcantes: regimes democráticos constitucionais, baseados na participação popular através do voto, questionamento do ambiente monarca, divisão dos três poderes e defender oprincípio da intervenção do Estado na economia. A inspiração do Iluminismo proveio, em partes, do racionalismo de Descartes, Espinosa e Hobbes, mas os verdadeiros fundadores do movimento foram: Sir Isaac Newton (1642-1727) e John Locke (1632-1704). Ainda que Newton não tenha sido um filósofo no sentido comum da palavra, sua obra teve a mais profunda significação para a história do pensamento. O Iluminismo alcançou o apogeu da sua glória na França, durante o séc. XVIII, sob a influência de Voltaire e de outros críticos da ordem estabelecida. Iluministas: LOCKE, John Filósofo inglês ( Wrington, 29-VIII-1632 – Oates, 28-X-1704). Considerado o fundador do empirismo, doutrina filosófica segundo a qual todo conhecimento ( com exceção do lógico e matemático) deriva da experiência, e não há verdade autônoma. Começou a vida como eclesiástico. Estudou filosofia escolástica e ciências em Oxford e se fez médico. Praticou durante algum tempo a medicina e em 1667 passou a ser, na qualidade de médico, secretário de Lord Ashley. Quando seu protetor caiu em desprestígio, fugiu com ele para a Holanda onde permaneceu alguns anos. Toda a sua vida pública se resume na luta incessante pela liberdade civil, religiosa e política. Suas idéias nesse sentido foram expressas pela primeira vez em Epístola de tolerania. Ao contrário de Hobbes, responsável pela teoria do despotismo, Locke foi o defensor da teoria do liberalismo moderado. Sua principal obra filosófica é An Essay concerning human understanding, tratado subdividido em quatro livros. No primeiro detém-se em argumentar contra Platão, Descartes, e os escolásticos, provando que não há idéias inatas: No innate principles in the mind. Se há verdades inatas ninguém percebe, comenta; pelo menos as de Descartes são inteiramente desconhecidas dos meninos, dos simples e dos selvagens. Nos outros três livros formula sua teoria positiva. Donde vêm nossas idéias? Da nossa experiência, que é dupla: a sensação e a reflexiva. Essas qualidades sensíveis são de certo modo produto de nossos sentidos, portanto não podemos ter confiança absoluta nos dados auferidos pelo nosso conhecimento sensível. Esta conclusão de Locke influi na adoção do cepticismo, por Hume. MONTESQUIEU Escritor francês, Charles Louis de Secondar, barão de La Brède et de Montesquieu, nasceu no castelo de La Bride, perto de Bordéus (18-1-1689) , e morreu em Paris , 1776. Fez sólidos estudos humanísticos e, depois, jurídicos, mas também freqüentou em Paris os círculos da boêmia literária. Como membro da aristocracia provincial entrou em 1714 no Parlement (tribunal provincial) de Bordéus, presidindo-o durante vários anos. Famoso como escritor, passou a maior parte da vida em Bordéus, mas voltando sempre a Paris, onde foi muito festejado. Montesquieu foi fundamentalmente um aristocrata da província, da estirpe do seu conterrâneo Montaigne: como este foi humanista e céptico. Influenciado por Maquiavel, o escritor empreende determinadas causas da grandeza e da queda das nações e dos impérios. A obra desmente definitivamente o providencialismo de Bossuet, explicando o curso da história por causa exclusivamente naturais. Montesquieu parece, em parte, antecipar o positivimismo científico do sec. XIX, usando critérios das ciências naturais. Montesquieu examina as três possíveis formas de governo: a democracia, a monarquia, o despotismo. Rejeitando este último e acreditando a democracia só viável em repúblicas de pequenas dimensões territoriais, decide em favor da democracia constitucional. O modelo que admira é a constituição inglesa, na qual os poderes executivo, legislativo e judiciário, estariam nitidamente separados e cada um independente dos outros dois. Montesquieu não parece ter compreendido o espírito da constituição inglesa, que é parlamentarista, talvez por ela não estar codificada. Mas suas idéias inspiraram o presidencialismo na constituição americana de 1787, que funciona até hoje inalterada em seuspontos básicos. ROUSSEAU, Jean Jacques Filósofo francês, nascido em 1712 e falecido em 1778, foi o escritor mais importante do iluminismo. Sua filosofia política exerceu grande influência no surgimento da Revolução Francesa. Suas teorias também provocaram grande impacto na educação, na literatura e na política. Durante toda sua vida, Rousseau sofreu de grande angústia, marcada por sentimentos de culpa e de profunda inferioridade. Suas ações e suas obras refletem as tentativas que fazia no sentido de superar seus sentimentos de inadaptações e encontrar uma identidade aceitável em um mundo que parecia rejeita-lo constantemente. Foi apontado como um exemplo perfeito de intruso na sociedade. Rousseau expressou suas críticas a sociedade em diversos ensaios. Em O Contrato Social (1762), um marco na história da ciência política, Rousseau expressou suas idéias sobre o governo e o direito dos cidadões. Rousseau acreditava que o homem não era um ser social por natureza. Achava que na época em que os homens vivam em estado natural, isolados e sem fazer uso da linguagem eles eram bons, isto é, não tinham motivos para se ferirem uns aos outros. Rousseau acreditava que a sociedade corrompia os homens porque trazia a tona as inclinações à agressividade e ao egoísmo. Foi um dos primeiros escritores a apoiar o romantismo, um movimento que dominou as artes do sec. XVIII ao XIX. Em suas obras e em sua vida pessoal capturou o espírito do romantismo ao colocar o sentimento acima da razão, a impulsividade e a espontaneidade acima da autodisciplina. VOLTAIRE Voltaire ou François Marie Arouet, como se chamava originalmente, simboliza o esclarecimento mais ou menos como Lutero simboliza a reforma e Leonardo da Vince, a renascença italiana. Filho da burguesia, Voltaire nasceu em 1694 e, a despeito de sua constituição delicada, viveu até 11 anos antes de rebentar a Revolução Francesa. Divulgou os princípios da filosofia racionalista e a respeito da vida política, defendeu a liberdade de expressão e foi crítico feroz da igreja. Bem cedo mostrou gosto por escrever obras satíricas e envolveu-se em numerosas questões por ter ridicularizado nobres e funcionários pomposos. Em conseqüência de um dos seus panfletos foi encarcerado na Bastilha e depois exilado na Inglaterra. Por: Renan Bardine C. Competências : C.1. Domínio da leitura da escrita e do calculo em diferentes linguagens: matem ética, artística, cartográfica, científica, tecnológica e corporal.C.2 - Compreensão do ambiente natural e social, da conjuntura política, da tecnológica, das artes e da diversidade de valores em que fundamentam as sociedades.C.3 - Resolução de situações-problema por meio do pensamento lógico, da criatividade da análise, da criticidade, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.C.4 - Compreender a utilização de pesquisa como meio para a ampliação do conhecimento.C.5 - Compreensão da diversidade cultural enquanto manifestações histórica, social e política, reconhecendo-as como fatores que interferem na construção da sua própria identidade.H. HabilidadesINTERPRETARH.1 – Localizar informações contidas no texto.H.2 - Identificar e explicar o assunto e o núcleo temático do texto lido.H.3 – Reconhecer a intencionalidade do autor, de acordo com o gênero do texto utilizado.APLICARH.4 – Produzir textos coesos e coerentes com estrutura compatível do gênero.H.5 – Argumentar, expressando-se de diferentes formas considerando a diversidade de fatores, hipóteses e opiniões.H.6 – Utilizar procedimentos e recursos cognitivos e materiais didáticos na resolução de situação problema.H.7 – Pesquisar, selecionar e organizar informações representadas em diferentes formas, fazendo analogias e inferências.ANALISARH.8 – Identificar e selecionar dados e informações.H. 9 – Observar, inferir e levantar hipóteses.H. 10 – Comparar e estabelecer relações.H.11 – Criticar as produções nas diferentes linguagens.H. 12 Julgar possíveis soluções encontradas para a situação problema.

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