Created by Jorge Arevalo
about 8 years ago
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Objetivos Compreender as funções das Avaliações Formais e dos itens de avaliação. Elaborar itens de avaliação embasados na Taxonomia da Aprendizagem. Manusear corretamente o Sistema Integrado de Geração de Avaliações. Aumentar o grau de contextualização dos itens de avaliação. Vincular os itens de avaliação aos conhecimentos, habilidades e atitudes, específicas de cada componente curricular. IntroduçãoO processo de elaboração de avaliações é um tema controverso entre professores e acadêmicos de uma forma geral. É comum que os professores dediquem muitas horas de trabalho na preparação de aulas, materiais didáticos de apresentação e formulação de conteúdos, entretanto, nem sempre o mesmo zelo é observado na preparação das avaliações. Dessa forma, a elaboração de itens, muitas vezes é negligenciada, sendo colocada em segundo plano, como se fosse algo menos importante dentro do processo ensino-aprendizagem. Esse fato, em parte, ocorre devido à falta de capacitação do corpo docente das instituições, bem como à falta de instrumentos que visem ao controle e padronização dos sistemas de avaliação das Instituições de ensino superior (IES).
O sistema de avaliação interfere em toda estrutura pedagógica dos cursos de graduação e quando é bem estruturado, permite a geração de indicadores educacionais qualitativos e quantitativos confiáveis. Sendo assim, a elaboração de itens de avaliação deve fazer parte de uma estratégia didático-pedagógica, baseada numa estrutura institucional formal de gerenciamento e geração de provas. Por gentileza, complete a pesquisa de opinião abaixo
ApresentaçãoO processo de elaboração de avaliações é um tema controverso entre professorese acadêmicos de um forma geral. É comum os professores dedicarem muitas horasde trabalho na preparação de aulas, materiais didáticos de apresentação eformulação de conteúdos, entretanto, nem sempre o mesmo zelo é observado napreparação das avaliações teóricas. Dessa forma, a elaboração de questões, muitasvezes é negligenciada, sendo colocada em segundo plano, como se fosse algomenos importante dentro do processo ensino-aprendizagem. Esse fato, em parte,se deve a falta de capacitação do corpo docente das instituições, bem como a faltade instrumentos que visam o controle e padronização do sistema de avaliação dasInstituições de ensino superior (IES).Os sistemas de avaliação interferem em toda estrutura pedagógica dos cursos degraduação, permitindo a geração de indicadores educacionais qualitativos equantitativos. Sendo assim, a elaboração de questões deve fazer parte de umaestratégia didático-pedagógica, baseada numa estrutura institucional formal degerenciamento e geração de provas.O conhecimento prévio dos professores acerca do projeto pedagógico do curso éuma condição sine qua non para o processo de elaboração de provascontextualizadas. Dessa forma, a capacitação do corpo docente precede qualqueração sistemática que vise a padronização do sistema de avaliação. A gestão doprocesso de geração de provas envolve diversas ações e ferramentas, entre elas:softwares, Ambientes Virtuais de Aprendizagem (suporte e capacitação),implantação de uma sistemática contínua de capacitação dos professores e aformalização institucional do processo de geração de provas.Levando em consideração a complexidade da discussão sobre os diversossistemas de avaliação, o presente manual visa fornecer o instrumental teóricopara que os professores elaborem questões objetivas, mais contextualizadas ecorrelacionadas com as competências e habilidades dos cursos de graduação epós-graduação.
Conceitos FundamentaisMatriz de referênciaÉ o instrumento norteador para a formulação de questões e é formada por umconjunto de descritores correlacionados com as habilidades que são esperadasdos estudantes. Esses descritores devem ser aferíveis em provas. A Matriz deReferência é constituída fundamentalmente pela ementa, conteúdo programáticoe os objetivos de aprendizagem das disciplinas.Diante do exposto, pode-se afirmar que a Matriz é formada por um conjunto detópicos ou temas que representam subdivisões de acordo com conteúdo,competências de área e habilidades. Cada tópico ou tema de uma Matriz deReferência é constituído por elementos que descrevem as habilidades que serãoavaliadas nas questões.A Matriz de Referência é o eixo norteador para elaboração de questões e nãoesgota o conteúdo a ser trabalhado em sala de aula e, portanto, não pode serconfundida com propostas curriculares, estratégias de ensino ou diretrizes pedagógicas.
Competências e HabilidadesA Competência pode ser definida como um conjunto de habilidades, atitudes econhecimentos que levam o indivíduo a realizar tarefas complexas. Sendo assim,as competências pressupõem a capacidade do indivíduo mobilizar recursoscognitivos e socioafetivos para realização de tarefas. Geralmente, os estudantesadquirem as competências ao longo do curso, elas são construídas a partir dodomínio de diversas habilidades específicas.
As habilidades decorrem de saberes específicos e permitem a aplicabilidade doconhecimento. As habilidades exigem o domínio dos conhecimentos e estãoligadas a ação. Dessa forma, referem-se ao plano imediato do “saber fazer” (Brasil.Inep, 2005, p. 17). Durante um curso de graduação ou pós-graduação, sãotrabalhadas diversas habilidades com o objetivo de desenvolver as competências.A aferição dessas habilidades, deve ocorrer durante o curso através da aplicaçãodos diversos tipos possíveis de avaliação.
Podem ser consideradas habilidades:- compreensão de fenômenos;- identificação de variáveis;- análise de situação-problema;- Sintetização;- julgamento;- correlação;- manipulação;- relacionamento de informações.Resolver uma questão, por exemplo, é uma competência que envolve o domíniode várias habilidades, tais como: tomar decisões, interpretar, escrever, ler, avaliare correlacionar informações.
Taxonomia da AprendizagemA taxonomia dos objetivos educacionais, também popularizada como taxonomiade Bloom, é uma estrutura de organização hierárquica de objetivos educacionais.Foi resultado do trabalho de uma comissão multidisciplinar de especialistas devárias universidades dos Estados Unidos, liderada por Benjamin S. Bloom, no anode 1956. A classificação proposta por Bloom dividiu as possibilidades deaprendizagem em três grandes domínios:- o cognitivo, abrangendo a aprendizagem intelectual;- o afetivo, abrangendo os aspectos de sensibilização e gradação de valores;- o psicomotor, abrangendo as habilidades de execução de tarefas que envolvem oaparelho motor.Cada um destes domínios tem diversos níveis de profundidade de aprendizado.Por isso a classificação de Bloom é denominada hierarquia: cada nível é maiscomplexo e mais específico que o anterior. O terceiro domínio não foi terminado,e apenas o primeiro foi implementado em sua totalidade (Fonte: Wikipedia).
Domínio cognitivoCada objetivo educacional se encontra dentro de um dos domínios cognitivos, quevão do mais simples ao mais complexo, formando uma pirâmide cuja base dizrespeito ao domínio cognitivo mais essencial e concreto. Os domínios cognitivosservem de parâmetro para classificar as questões quanto ao grau de dificuldade.
Os graus de dificuldade são classificados em:. fácil (Conhecer, Compreender);. médio (Aplicar, Analisar);. difícil (Sintetizar, Avaliar).
Competências e HabilidadesA Competência pode ser definida como um conjunto de habilidades, atitudes econhecimentos que levam o indivíduo a realizar tarefas complexas. Sendo assim,as competências pressupõem a capacidade do indivíduo mobilizar recursoscognitivos e socioafetivos para realização de tarefas. Geralmente, os estudantesadquirem as competências ao longo do curso, elas são construídas a partir dodomínio de diversas habilidades específicas.
As habilidades decorrem de saberes específicos e permitem a aplicabilidade doconhecimento. As habilidades exigem o domínio dos conhecimentos e estãoligadas a ação. Dessa forma, referem-se ao plano imediato do “saber fazer” (Brasil.Inep, 2005, p. 17). Durante um curso de graduação ou pós-graduação, sãotrabalhadas diversas habilidades com o objetivo de desenvolver as competências.A aferição dessas habilidades, deve ocorrer durante o curso através da aplicaçãodos diversos tipos possíveis de avaliação.
Podem ser consideradas habilidades:- compreensão de fenômenos;- identificação de variáveis;- análise de situação-problema;- Sintetização;- julgamento;- correlação;- manipulação;- relacionamento de informações.Resolver uma questão, por exemplo, é uma competência que envolve o domíniode várias habilidades, tais como: tomar decisões, interpretar, escrever, ler, avaliare correlacionar informações.
Taxonomia da AprendizagemA taxonomia dos objetivos educacionais, também popularizada como taxonomiade Bloom, é uma estrutura de organização hierárquica de objetivos educacionais.Foi resultado do trabalho de uma comissão multidisciplinar de especialistas devárias universidades dos Estados Unidos, liderada por Benjamin S. Bloom, no anode 1956. A classificação proposta por Bloom dividiu as possibilidades deaprendizagem em três grandes domínios:- o cognitivo, abrangendo a aprendizagem intelectual;- o afetivo, abrangendo os aspectos de sensibilização e gradação de valores;- o psicomotor, abrangendo as habilidades de execução de tarefas que envolvem oaparelho motor.Cada um destes domínios tem diversos níveis de profundidade de aprendizado.Por isso a classificação de Bloom é denominada hierarquia: cada nível é maiscomplexo e mais específico que o anterior. O terceiro domínio não foi terminado,e apenas o primeiro foi implementado em sua totalidade (Fonte: Wikipedia).
Domínio cognitivoCada objetivo educacional se encontra dentro de um dos domínios cognitivos, quevão do mais simples ao mais complexo, formando uma pirâmide cuja base dizrespeito ao domínio cognitivo mais essencial e concreto. Os domínios cognitivosservem de parâmetro para classificar as questões quanto ao grau de dificuldade.
Os graus de dificuldade são classificados em:. fácil (Conhecer, Compreender);. médio (Aplicar, Analisar);. difícil (Sintetizar, Avaliar).A ideia central da taxonomia é a de que os objetivos educacionais podem serarranjados numa hierarquia do mais simples (conhecimento) para o maiscomplexo (avaliação). Cada domínio cognitivo pode ser apresentado junto comamostras de verbos, que podem ser utilizados como “ganchos” dentro da área deComando (questionamento) das questões.
Composição de Questões ObjetivasDe uma forma geral, as questões devem conter:1. Enunciado (texto-base, situação-problema e comando).2. Opções de respostas (resposta correta e distratores).3. Justificativa para todas as opções de resposta.EnunciadoContextualizaçãoTem a função de direcionar o aluno para o assunto em foco. Pode ser uma simplesafirmação, imagem ou qualquer material didático de apoio (texto, gráfico, tabela,ilustração, propaganda, declaração, citação de autor devidamente referenciada),pode-se trabalhar múltiplas inteligências (espacial, lógica, linguística, entreoutras) no contexto da questão.Situação-problemaEssa parte do enunciado serve de “link” para o comando da questão. A situação-problema busca uma problemática envolvendo a contextualização da questão,desafiando o aluno a responder o comando da questão.ComandoDeve ser redigido de forma clara e objetiva, admitindo apenas uma única respostapreviamente definida. O Comando da questão deve estar, de alguma forma,vinculado a todas as opções de resposta, evitando a indução de respostas óbvias.O Comando deve ser expresso por um verbo.
Opções de respostaAs opções de resposta devem ser compostas por uma opção correta e quatroopções incorretas (distratores). Todas as opções de resposta devem serconvidativas para resolução do problema, isto é, os distratores devem fornecerrespostas plausíveis e correlacionadas com o contexto e situação-problema daquestão. Todas as opções devem estar em harmonia com o Comando da questão.A resposta correta deve estar diretamente vinculada ao comando da questão e nãodeve dar margem a dúvidas.Evite utilizar subterfúgios linguísticos que possam confundir o estudante,misturar assuntos nas opções, criar informações para desviar o foco estudante eutilizar palavras que forneçam pistas para resposta.Gabarito justificadoUma parte importante do processo de avaliação é a devolutiva (uma traduçãopedagógica dos resultados das avaliações). Para realizar uma devolutivapedagógica e transformar uma avaliação em um processo formativo, é necessárioelaborar respostas comentadas e justificativas para todas as opções de resposta,tais informações serão disponibilizadas para os estudantes e discutidas com osprofessores no Ambiente Virtual de Aprendizagem.
Note que a questão anteriormente utiliza o verbo interpretar, exigindo doestudante os domínios cognitivos: conhecer e compreender. Dessa forma aquestão pode ser considerada de nível fácil.Grau de Dificuldade das Questões e Composição das ProvasA definição quantitativa de proporcionalidade de questões de acordo com o graude dificuldade, deve ser avaliada sob a perspectiva dos planos pedagógicosadotados pelas instituições. Aspectos como os objetivos de aprendizagem, nívelacadêmico dos estudantes, grade curricular, conteúdo programático dasdisciplinas, modelo dos sistemas de avaliação e outras estratégias pedagógicasadotadas pelas instituições de ensino; podem influenciar a composição das provas.Dessa forma a composição das avaliações deve ser continuamente avaliada e revisada.
Proporção de acordo com o grau de dificuldadeO número de questões fáceis, médias e difíceis de ser calculado levando emconsideração diversos fatores já mencionados. Segue uma proposta inicial depadronização.Provas para estudantes com até 30% do curso concluído
Os estudantes que ainda estão no início do curso ainda não tiveram o temponecessário para desenvolver algumas habilidades fundamentais para atingirníveis cognitivos mais elevados (capacidade de síntese, análise e avaliação). Dessaforma, não seria coerente avaliar majoritariamente tais níveis cognitivos nessemomento.Provas para estudantes com 30-60 % do curso concluído
Gradativamente, o número de questões consideradas difíceis deve ser aumentado.Provas para estudante com 60-100 % do curso concluído:
Vale ressaltar que essa é uma proposta inicial de implantação que naturalmentedeve ser rediscutida, avaliada e revisada periodicamente. A calibração dasavaliações é um processo delicado, devendo ser constantemente reavaliada pelocorpo docente e outras instâncias pedagógicas e administrativas da instituição.
Referências. BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Guia de Elaboração e Revisão de Itens. Volume 1. Brasília, 2010.. BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Prova de medicina. ENADE, 2010.. TAXONOMIA DOS OBJETIVOS EDUCACIONAIS. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2015. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Taxonomia_dos_objetivos_educacionais&oldid=42 832373>. Acesso em: 24 ago. 2015.. KHAN, S. Um mundo Uma escola – A educação reinventada. Editora Intrínseca, ed. 1, 2012.Créditos:Professor conteudista convidadoFabrício de Melo GarciaCOORDENADOR ACADÊMICOE-mail: coordenacaoacademica@facene.com.brFormatação, implantação de recursos didáticos (web designers)Equipe do Curso de Educação em Saúde
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