As Tics (Notas)

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Notas e textos
Bruce  Silva
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Bruce  Silva
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As Tecnologias da informação e comunicação é uma expressão que se refere ao papel da comunicação (seja por fios, cabos, ou sem fio) na moderna tecnologia da informação. Entende-se que TIC consistem de todos os meios técnicos usados para tratar a informação e auxiliar na comunicação, o que inclui o hardware de computadores, rede, telemóveis, bem como todo software necessário. Em outras palavras, TIC consistem em TI bem como quaisquer formas de transmissão de informações[1] e correspondem a todas as tecnologias que interferem e medeiam os processos informacionais e comunicativos dos seres. Ainda, podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam, por meio das funções de automação e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica, de ensino e aprendizagem entre outras. História A expressão foi primeiro usada em 1997 por Dennis Stevenson, do governo britânico[2] e promovida pela documentação do Novo Currículo Britânico em 2000.São utilizadas em diversas maneiras e em vários ramos de atividades, podendo se destacar nas indústrias (processo de automação), no comércio (gerenciamento e publicidade), no setor de investimentos (informações simultâneas e comunicação imediata) e na educação (processo de ensino aprendizagem e Educação a Distância).Pode-se dizer que a principal responsável pelo crescimento e potencialização da utilização das TIC em diversos campos foi a popularização da Internet.Como a comunicação é uma necessidade e algo que está presente na vida do ser humano desde os tempos mais remotos, trocar informações, registrar fatos, expressar ideias e emoções são fatores que contribuíram para a evolução das formas de se comunicar. Assim, com o passar do tempo, o homem aperfeiçoou sua capacidade de se relacionar.Nesse sentido, conforme as necessidades surgiram, o homem lançou mão de sua capacidade racional para desenvolver novas tecnologias e mecanismos para a comunicação. Conceitua-se tecnologia como tudo aquilo que leva alguém a evoluir, a melhorar ou a simplificar. Em suma, todo processo de aperfeiçoamento. A humanidade já passou por diversas fases de evoluções tecnológicas, porém um equívoco comum quando se pensa em tecnologia é se remeter às novidades de última geração.Em se tratando de informação e comunicação, as possibilidades tecnológicas surgiram como uma alternativa da era moderna, facilitando a educação através da inclusão digital, com a inserção de computadoresnas escolas, facilitando e aperfeiçoando o uso da tecnologia pelos alunos, o acesso a informações e a realização de múltiplas tarefas em todas as dimensões da vida humana, além de capacitar os professores por meio da criação de redes e comunidades virtuais.Sob tal óptica, "os computadores são grandes responsáveis por esse processo. Os Sistemas de Informação nas empresas requerem estudos quanto à sua importância na abordagem gerencial e estratégica dos mesmos, juntamente com a análise do papel estratégico da informação e dos sistemas na empresa (KROENKE, 1992; LAUNDON, 1999)".Existe uma tendência cada vez mais acentuada de adoção das tecnologias de informação e comunicação não apenas pelas escolas, mas por empresas de diversas áreas, sobretudo com a disseminação dos aparelhos digitais no cotidiano contemporâneo. Há uma variedade de informações que o tratamento digital proporciona: imagem, som, movimento, representações manipuláveis de dados e sistemas ( simulações), todos integrados e imediatamente disponíveis, que oferecem um novo quadro de fontes de conteúdos que podem ser objeto de estudo.A comunicação é também a responsável por grandes avanços. Devido à troca de mensagens e consequente troca de experiência, dessa forma, grandes descobertas foram feitas. A história humana, sem os desenhos das cavernas, os hieróglifos egípcios e o enorme acervo de informação que nos foi deixado através da escrita, não teria a emoção sentida hoje ao se ver o avanço desses meios. Todos os exemplos citados acima são formas de deixar mensagens, ou seja, passar adiante uma informação, uma experiência, um fato ou uma descoberta. A comunicação é algo complexo, uma vez que existem várias formas de se comunicar. O objetivo aqui é mostrar o quanto a troca de mensagens, a informação e o relacionamento humano são importantes para a evolução de novos conceitos, como por exemplo o trabalho colaborativo (trabalho em equipe), a gestão do conhecimento, o ensino a distância (e-learning), que promovem uma maior democracia nos relacionamentos entre pessoas e a diminuição do espaço físico/temporal.Num ambiente corporativo, onde um grupo de pessoas percorre objetivos comuns, a necessidade de comunicação aumenta consideravelmente. Em uma corporação, existem barreiras culturais, sociais, tecnológicas, geográficas, temporais, dentre outras, que dificultam às pessoas se comunicarem, portanto um dos desafios de uma corporação é transpor essas barreiras.Atualmente, os sistemas de informação e as redes de computadores têm desempenhado um papel importante na comunicação corporativa, pois é através dessas ferramentas que a comunicação flui sem barreira. Segundo Lévy (1999), novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são capturadas por uma informática cada vez mais avançada.A tecnologia da informação teve uma gigantesca evolução e, com a tendência do mundo moderno, inovações e facilidades ainda hão de surgir. A internet e, em consequência, o e-mail e a agenda de grupo online, são componentes de um grande marco e um dos avanços mais significativos, pois através deles vários outros sistemas de comunicação foram criados.Nos dias atuais, encontramos várias tecnologias que viabilizam a comunicação, porém o que vai agregar maior peso a essas tecnologias é a interação e a colaboração de cada uma delas. Dentro desse cenário, é importante frisar uma interessante observação feita por Lévy (1999): "A maior parte dos programas computacionais desempenham um papel de tecnologia intelectual, ou seja, eles reorganizam, de uma forma ou de outra, a visão de mundo de seus usuários e modificam seus reflexos mentais. As redes informáticas modificam circuitos de comunicação e de decisão nas organizações. Na medida em que a informatização avança, certas funções são eliminadas, novas habilidades aparecem, a ecologia cognitiva se transforma. O que equivale a dizer que engenheiros do conhecimento e promotores da evolução sociotécnica das organizações serão tão necessários quanto especialistas em máquinas". Atualmente, estudos sistemáticos dos comportamentos econômicos nesta transição de século e de milênio vêm atribuindo um importante fator ao cenário econômico, tão impregnado pelos fatores da Era Industrial (bens de consumo durável, maquinário, trabalho mecânico e em série, produtos etc.) e esse fator é o conhecimento – a dimensão crítica de sustentação de vantagens competitivas.Nessa nova economia, as capacidades de inovação, de diferenciação, de criação, de valor agregado e de adaptação à mudança são determinadas pela forma como velhos e novos conhecimentos integram cadeias/redes de valor, como processos e produtos recorrem a conhecimento útil e crítico, bem como pela aptidão demonstrada pelas empresas, governos (organizações em geral) e pessoal para aprender constantemente (Silva, 2003).A Era da Informação e do Conhecimento que vivemos nos mostra um mundo novo, na qual o trabalho humano é feito pelas máquinas, cabendo ao homem a tarefa para a qual é insubstituível: ser criativo, ter boas ideias. Há algumas décadas, a era da informação vem sendo superada pela onda do conhecimento. Já que o aumento de informação disponibilizada pelos meios informatizados vem crescendo bastante, a questão agora está centrada em como gerir esse mundo de informações e retirar dele o subsídio para a tomada de decisão.Desenvolver competências e habilidades na busca, tratamento e armazenamento da informação transforma-se num diferencial competitivo dos indivíduos.Não somente ter uma grande quantidade de informação, mas sim que essa informação seja tratada, analisada e armazenada de forma que todas as pessoas envolvidas tenham acesso sem restrição de tempo e localização geográfica e que essa informação agregue valor às tomadas de decisão.É importante que o desenvolvimento de um determinado projeto seja organizado e disponibilizado para uma posterior consulta e fonte de pesquisa para projetos futuros, ou seja, é necessário criar um meio que resgate. A memória é o bem maior de qualquer organização, é o conhecimento gerado pelas pessoas que fazem parte desta.A Tecnologia da Informação (TIC) tem um papel significativo na criação desse ambiente colaborativo e, posteriormente, em uma Gestão do Conhecimento. No entanto, é importante ressaltar que a tecnologia da informação desempenha seu papel apenas promovendo a infraestrutura, pois o trabalho colaborativo e a gestão do conhecimento envolvem também aspectos humanos, culturais e de gestão (Silva, 2003).Os avanços da tecnologia da informação têm contribuído para projetar a civilização em direção a uma sociedade do conhecimento. A análise da evolução da tecnologia da informação, de acordo com Silva (2003), é da seguinte maneira: "Por cinquenta anos, a TIC tem se concentrado em dados – coleta, armazenamento, transmissão, apresentação – e focalizado apenas o T da TI. As novas revoluções da informação focalizam o I, ao questionar o significado e a finalidade da informação. Isso está conduzindo rapidamente à redefinição das tarefas a serem executadas com o auxilio da informação, e com ela, à redefinição das instituições que as executam". Hoje, o foco da Tecnologia da Informação mudou, tanto que o termo TI passou a ser utilizado como TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação. E, dentro desse universo, novas ideias como colaboração e gestão do conhecimento poderão ser edificadas, porém, mais uma vez é importante enfatizar que nenhuma infraestrutura por si só promoverá a colaboração entre as pessoas, essa atitude faz parte de uma cultura que deverá ser disseminada por toda a organização; é necessário uma grande mudança de paradigma.'As TIC's também estão no ambiente escolar, auxiliando os professores em suas práticas pedagógicas.Computadores, internet, softwares, jogos eletrônicos, celulares:ferramentas comuns ao dia a dia da chamada”geração digital e as crianças já as dominam como se fossem velhas conhecidas.O ritmo acelerado das inovações tecnológicas,assimiladas tão rapidamente pelos alunos, exige que a educação também acelere o passo, tornando o ensino mais criativo, estimulando o interesse pela aprendizagem.O que se percebe hoje é que a própria tecnologia pode ser uma ferramenta eficaz para o alcance desse objetivo.Entendendo a escola como um espaço de criação de cultura, esta deve incorporar os produtos culturais e as práticas sociais mais avançadas da sociedade em que nos encontramos.Espera-se,assim, da escola uma importante contribuição no sentido de ajudar as crianças e os jovens a viver em um ambiente cada vez mais “automatizado”, através do uso da eletrônica e das telecomunicações.O horizonte de uma criança, hoje em dia, ultrapassa claramente o limite físico da sua escola, da sua cidade ou do seu país, quer se trate do horizonte cultural, social, pessoal ou profissional.Em uma sociedade tecnológica, o educador assume um papel fundamental como mediador das aprendizagens, sobretudo como modelo que é para os mais novos, adotando determinados comportamentos e atitudes em face das tecnologias.Por outro lado,perante os produtos tecnológicos, o educador deverá assumir-se com conhecimento e critério, analisando cuidadosamente os materiais que coloca à disposição das crianças.Porém o Brasil precisa melhorar as competências do professor em utilizar as tecnologias de comunicação e informação na educação.A forma como o sistema educacional incorpora as TICs afeta diretamente a diminuição da exclusão digital existente no país[3]. Vários pontos devem ser levados em conta quando se procura responder a questão: Como as TICs podem ser utilizadas para acelerar o desenvolvimento em direção à meta de “educação a todos e ao longo da vida”? Como elas podem propiciar melhor equilíbrio entre ampla cobertura e excelência na educação? Como pode a educação preparar os indivíduos e a sociedade de forma que dominem as tecnologias que permeiam crescentemente todos os setores da vida e possam tirar proveito dela? Primeiro, as TICs são apenas uma parte de um contínuo desenvolvimento de tecnologias, a começar pelo giz e os livros, todos podendo apoiar e enriquecer a aprendizagem.Segundo, as TICs, como qualquer ferramenta, devem ser usadas e adaptadas para servir a fins educacionais.Terceiro, várias questões éticas e legais, como as vinculadas à propriedade do conhecimento, ao crescentemente tratamento da educação como uma mercadoria,à globalização da educação face à diversidade cultural, interferem no amplo uso das TICs na educação.Na busca de soluções a essas questões, a UNESCO coopera com o governo brasileiro na promoção de ações de disseminação de TICs nas escolas com o objetivo de melhorar a qualidade do processo ensino-aprendizagem, entendendo que o letramento digital é uma decorrência natural da utilização frequente dessas tecnologias.O Ministério da Educação tem a meta de universalizar os laboratórios de informática em todas as escolas públicas até 2010, incluindo as rurais. A UNESCO também coopera com o programa TV escola, para explorar a convergência das mídias digitais na ampliação da interatividade dos conteúdos televisivos utilizados no ensino presencial e a distância.A UNESCO no Brasil contou com a permanente parceria das cátedras UNESCO em Educação a Distância em várias universidades brasileira, que utilizam as TICs para promover a democratização do acesso ao conhecimento no país.Em 4 de agosto de 2009,a UNESCO no Brasil e seus parceiros lançaram no país o projeto internacional ”Padrões de Competência em TICs para Professores”, por meio das versões em português brochuras sobre a proposta do projeto. O projeto tem o objetivo de fortalecer diretrizes sobre como melhorar as capacidades dos professores nas práticas de ensino por meio das TICs. Autoridades, especialistas e tomadores de decisão analisam a viabilidade da implementação das diretrizes deste projeto adaptadas à realidade brasileira.

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As tecnologias se caracterizam por: tecnologias de informação, tecnologias de comunicação, tecnologias interativas, tecnologias colaborativas. As tecnologias de informação são as formas de gerar, armazenar, veicular e reproduzir a informação. As tecnologias de comunicação são as formas de difundir informação, incluindo as mídias mais tradicionais, da televisão, do vídeo, das redes de computadores, de livros, de revistas, do rádio, etc. Com a associação da informação e da comunicação há novos ambientes de aprendizagens, novos ambientes de interação. A Tecnologia Interativa é a elaboração concomitante por parte do emissor (quem emite a mensagem) e do receptor (quem recebe a mensagem), codificando e decodificando os conteúdos, conforme a sua cultura e a realidade onde vivem. As tecnologias interativas se dão através da televisão a cabo, vídeo interativo, programa multimídia e internet. As tecnologias colaborativas facilitam as interações entre pessoas e o mundo, permitem um trabalho em equipe satisfatório, e com as diferentes linguagens proporcionam tipos diferentes de aprendizagens. Na agenda do século XXI, o professor deve colocar as tecnologias como aliadas para facilitar o seu trabalho docente. Deve-se usá-las no sentido cultural, científico e tecnológico, de modo que os alunos adquiram condições para enfrentar os problemas e buscar soluções para viver no mundo contemporâneo. Ao professor cabe o processo de decisão e condução do aprendizado. De acordo com Gadotti, o professor deve ser um aprendiz permanente e um organizador da aprendizagem. Esclarecemos que um ambiente de aprendizagem não pode se transformar em mero transmissor de informações, mas, na efetivação da comunicação e construção colaborativa do conhecimento.Ref: Cortelazzo, Iolanda

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