Created by Claudia Luisa Piva Plata
about 8 years ago
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Arte na Educação Infantil Por Ana Lucia Santana Até recentemente a educação infantil não estava inserida no ciclo básico, mas a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96 permitiu que este estágio pedagógico encontrasse sua própria posição no esforço de formação das crianças; da mesma forma a arte abriu caminho neste espaço pioneiro, uma vez que ela exerce uma tarefa essencial nesta esfera educacional, englobando os fatores do conhecimento, da sensibilidade e da cultura. A criança tem uma mentalidade semelhante à do artista, pois ambos ingressam facilmente no universo do faz de conta, aplicando o dom de fantasiar a tudo e fingindo que algo é, na verdade, alguma coisa bem diferente. Assim, um mero traço pode se converter no telhado de uma casa. Tanto os infantes quanto os artífices vêem as coisas a sua volta de uma forma especial, pois sua percepção mais apurada e sensível lhes permite significar o mundo por meio de configurações únicas. Eles usam suas faculdades, mais penetrantes do que as dos meros mortais, para idear, criar e simbolizar. Este surto criativo permanece na criança até cerca de 6 ou 7 anos de idade, por conta de inúmeros fatores psíquicos, e a partir deste momento a maior parte dos indivíduos deixa de lado esta tendência potencial e segue outros caminhos. Infelizmente os movimentos pedagógicos dominantes, ao invés de estimular os futuros adultos a desenvolverem seus dons artísticos, optam por refrear os impulsos criativos e a livre capacidade de expressão dos aprendizes. Assim, a educação, que deveria privilegiar a liberdade de manifestação dos alunos, acaba por reprimir o lado perceptivo das crianças, antes que possa ser plenamente aprimorado. Os professores levam para as salas de aula seus pontos de vista sobre a arte, o qual espelha o discurso predominante na esfera social. Assim, eles reforçam determinadas ideias, como, por exemplo, a de que a produção artística é algo que emana do nada, da mente de um gênio criador. Pesquisas recentes indicam que o ensino de arte na educação infantil ainda parte do antigo conceito de ‘belas-artes’, o qual confere às obras um significado geral e inalterável; da mesma forma os métodos pedagógicos, neste campo, fundamentam-se em enfoques empíricos e / ou inatos, ou seja, referentes àquilo que já nasce com o Homem. Desta forma, a ideia que estes professores têm sobre o ensino da arte reflete-se nos seus planejamentos, na aplicação dos métodos à prática pedagógica, na seleção dos instrumentos com os quais os alunos irão trabalhar, e na própria interação do aluno com esta disciplina. Não é de se admirar, portanto, que eles ofereçam aos estudantes atividades que envolvem a pintura de imagens mimeografadas, cópias de linhas distintas, colagens sobre formatos anteriormente elaborados pelos mestres, bem como o aprendizado de variadas técnicas artísticas. A maior parte dos educadores não leva em conta que tais metodologias estão completamente defasadas dos modernos mecanismos de interação com o campo visual, não se ajustam à relação que, desde cedo, as crianças mantêm com o universo imagético. Além disso, o suprimento de modelos que devem ser reproduzidos implica na imposição da visão de arte do professor e, por extensão, da sociedade, o que definitivamente tolhe o impulso criativo do público infantil, diferenciado em cada um. O critério de excelência, nestes casos, é o quanto o aluno consegue aproximar sua produção artística do molde que lhe foi concedido. Não importa, portanto, a liberdade de interpretação de cada criança ou o toque de qualidade de sua obra, independente da fidelidade ao modelo imposto pela prática pedagógica. Assim o ensino de arte visa, na práxis, preparar o aluno para que ele possa escrever com a devida coordenação motora, ou conquistar o dom de delinear letras e números. Fontes:http://www.culturainfancia.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&catid=52:arte-edu...http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=24 Arquivado em: Artes, Educação
A Imaginação e a Arte na Infância é uma das primeiras obras escritas pelo psicólogo russo Lev Vygotsky (1896-1934) tendo sido editada pela primeira vez em 1930 Vygotsky aborda neste seu livro a natureza e o desenvolvimento da imaginação artísticas nas crianças a partir dos conhecimentos científicos da sua época mas com intuições que permitiram que este livro continue a ser uma referência para a psicologia contemporânea tendo sido traduzido nas mais diversas línguas, entre as quais a inglesa, a castelhana, japonesa e italiana A partir do confronto das suas ideias com alguns dos principais investigadores do seu tempo, Vygotsky elabora as suas próprias concepções em relação com as expressões criativas infantis no desenho, na escrita e no teatro «A psicologia chama imaginação ou fantasia a esta actividade criadora do cérebro humano baseada na combinação, dando a estas palavras, imaginação e fantasia, um sentido científico diferente Na sua acepção corrente, costuma entender-se por imaginação ou fantasia o irreal, o que não se ajusta à realidade e, portanto, é desprovido de valor prático Mas, em última análise, a imaginação, como base de toda a actividade criadora, manifesta-se igualmente em todos os aspectos da vida cultural, possibilitando a criação artística, científica e técnica Neste sentido, absolutamente tudo o que nos rodeia e foi criado pela mão do homem, todo o mundo da cultura, na medida em que se distingue do mundo da natureza, tudo isso é produto da imaginação e da criação humana, baseando-se na imaginação»
A importância das Artes Visuais na Educação Infantil INTRODUÇÃO A criança quando trabalhada e estimulada desde a tenra idade são capazes de na juventude e na vida adulta tornar-se agentes transformadores da cultura, da paz, da honestidade, da integridade, da justiça e dos verdadeiros valores essenciais à vida humana. Nós educadores em unidade com a família, a comunidade e a sociedade somos responsáveis por cuidar, formar, educar e construir um mundo melhor por meio da educação. A Importância das Artes Visuais na Educação Infantil visa não à importância da beleza estética, mas a capacidade da criança de produzir e criar segundo suas habilidades e seu olhar de mundo. As Artes Visuais na Educação Infantil desenvolve uma conscientização e valorização do ser humano, em especial às crianças, não pelo o que ela tem de material ou pelo seu valor econômico e sim, a valorização dele (a) como pessoa humana, capaz de criar e recriar. Valorizando sua existência, sua dignidade, seu poder de ser e estar no mundo e fazer parte dele vivenciando seus direitos e deveres de cidadão ativo e atuante da sociedade. Nas atividades artísticas, no manuseio de diversos objetos, materiais e no contato com variadas formas de expressão de arte, possibilitaremos a ampliação cultural, o diálogo com o mundo, a valorização e cuidado com o outro, a justiça, a solidariedade, o cuidado com o meio ambiente e a promoção humana.
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