TRANSTORNOS DEPRESSIVOS - DSM V Características em comum: - Humor triste, vazio ou irritável - Alterações somáticas e cognitivas - afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo Diferenças: - Duração, momento ou etiologia presumida. TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR - Condição clássica desse grupo de transtornos Características: + Episódios distintos de pelo menos duas semanas de duração; + Envolvendo alterações nítidas no afeto, na cognição e em funções neurovegetativas; + Remissões interepisódicas (entre um episódio e outro há a redução dos sintomas) obs: O diagnóstico baseado em um único episódio é possível, embora o transtorno seja recorrente na maioria dos casos. ATENÇÃO Tristeza # Luto # Episódio depressivo maior O luto pode induzir grande sofrimento, mas NÃO costuma provocar episódio de transtorno depressivo maior. Não é comum que tenha episódio depressivo maior junto com o luto. Sintomas depressivos + Prejuízo funcional = Tendem a ser mais graves. Pior prognóstico quando comparado com o luto não acompanhado de transtorno depressivo maior. Depressão => Luto: Tendem a ocorrer em pessoas com outras vulnerabilidades a transtornos depressivos => A recuperação pode ser facilitada pelo tratamento com antidepressivos. DISTIMIA = Transtorno Depressivo Persistente (Forma mais crônica de depressão) Diagnóstico: A perturbação do humor continua por pelo menos - dois anos em adultos; um ano em crianças No DSM IV a Distimia era associada ao transtorno depressivo maior crônico, no DSM V a Distimia é a possibilidade de um diagnóstico separado com sintomas próprios, não é combinado. TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL - 20 anos de pesquisa - Forma específica de transtorno depressivo => causa impacto significativo no funcionamento => responsivo a tratamento APRESENTAÇÃO: Início: em algum momento após a ovulação Remissão: poucos dias após a menstruação DICA DE FILME: As horas TRANSTORNO DISRUPTIVO DA DESREGULAÇÃO DO HUMOR Para abordar questões referentes ao potencial de diagnóstico e tratamento excessivos do transtorno bipolar em crianças, um novo diagnóstico, Trasntorno Distuptivo da Desregulação do Humor, referente à apresentação de crianças com irritabilidade persistente e episódios frequentes de descontrole comportamental extremo, é acrescentado aos transtornos depressivos para crianças até 12 anos de idade. obs: As crianças com esse padrão de sintomas tipicamente desenvolvem transtornos depressivos unipolares ou transtornos de ansiedade, em vez de transtorno bipolares, quando ingressam na adolescência e na idade adulta. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (A) Explosões de raiva recorrentes e graves manifestadas pela linguagem (p. ex., violência verbal) e/ ou pelo comportamento (p. ex., agressão física a pessoas ou propriedade) que são consideravelmente desproporcionais em intensidade ou duração à situação ou provocação. (B) As explosões de raiva são inconsistentes com o nível de desenvolvimento (não se esperaria uma reação como essa) (C) As explosões de raiva ocorrem, em média, três ou mais vezes por semana. (D) O humor entre as explosões de raiva é persistentemente irritável ou zangado na maior parte do dia, quase todos os dias, e é observável por outras pessoas (p. ex., pais, professores, pares/outras crianças) - parece que a criança não relaxa e tá sempre de mau humor (E) Os critérios A-D estão presentes por 12 meses ou mais. Durante esse tempo, o indivíduo NÃO teve um período que durou três ou mais meses consecutivos SEM TODOS os sintomas dos Critérios A-D. (Não durou menos de 3 meses sem sintomas) (F) Os critérios A e D estão presentes em pelo menos dois e três ambientes (p.ex., em casa, na escola, com os pares) e são GRAVES em pelo menos UM deles. (G) O diagnóstico NÃO deve ser feito pela primeira vez antes dos 6 anos ou após os 18 anos de idade. (H) Por relato ou observação, a idade de início dos Critérios A-E é antes dos 10 anos. (I) NUNCA houve um período distinto durando mais de um dia durante o qual foram satisfeitos todos os critérios de sintomas, exceto a duração, para um episódio maníaco ou hipomaníaco. - não pode ter ocorrido nada além de um dia que indique episódio maníaco ou hipomaníaco NOTA: Uma elevação do humor apropriada para o desenvolvimento, como a que ocorre no contexto de um evento altamente positivo ou de sua antecipação, não deve ser considerada como um sintoma de mania ou hipomania. (ou seja, se aconteceu algo positivo na vida da criança e ela ficou muito feliz, não significa mania ou hipomania) (J) Os comportamentos NÃO ocorrem exclusivamente durante um episódio de transtorno depressivo maior e NÃO SÃO mais bem explicados por outro transtorno mental. Ex: transtorno do espectro autista, estresse pós traumático, ansiedade de separação, depressivo persistente (distimia). NOTA: Este diagnóstico NÃO PODE COEXISTIR com transtorno de oposição desafiante, transtorno explosivo intermitente ou transtorno bipolar. Embora possa COEXISTIR com outros, incluindo transtorno depressivo maior, de déficit de atenção/hiperatividade, transtorno da conduta e transtorno por uso de substância. NOTA: Os indivíduos cujos sintomas satisfazem critérios para transtorno disruptivo da desregulação do humor e transtorno da oposição desafiante devem somente receber o diagnóstico de transtorno disruptivo da desregulação do humor. ATENÇÃO: Se um indivíduo já experimentou um episódio maníaco ou hipomaniaco, o diagnóstico de transtorno disruptivo da desregulação do humor NÃO DEVE ser atribuído. (K) Os sintomas NÃO SÃO consequência dos efeitos psicológicos de uma substância ou de outra condição médica ou neurológica. (ou seja, é preciso saber se há outro fator que esteja desencadeando os sintomas) TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR Critérios diagnósticos: (A) Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos UM dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer. 1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo (p. e.x., sente-se triste, vazio, sem esperança) ou por observação feita por outras pessoas (p. ex., parece choroso) Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável. 2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicada por relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas). 3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., uma alteração de mais de 5% do peso corporal em um mês), ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias. Nota: Em crianças, considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado. 4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias. 5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outras pessoas, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento). 6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente). 8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas). 9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio. (B) Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. (C) O episódio NÃO é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica (mais uma vez, avaliar se os sintomas não estão sendo desencadeados por outro fator, como por doença orgânica) Nota: Os critérios A-C apresentam um episódio depressivo maior. NOTA: Respostas a uma perda significativa (p. ex., luto, ruína financeira, perdas por desastre natural, doença médica grave ou incapacidade) podem incluir sentimentos de tristeza intensos, ruminação acerca da perda, insônia, falta de apetite e perda de peso observados no critério A, que podem se assemelhar a um episódio depressivo. Embora tais sintomas possam ser entendidos ou considerados apropriados à perda, a presença de um episódio depressivo maior, além da resposta normal a uma perda significativa, deve ser também cuidadosamente considerada. Essa decisão exige inevitavelmente exercício do juízo clinico, baseado na história do indivíduo e nas normas culturais para a expressão de sofrimento no contexto de uma perda. (Investigar o histórico pessoal) (D) A ocorrência do episódio depressivo maior NÃO é mais bem explicada por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado. (E) NUNCA houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco. Nota: Essa exclusão não se aplica se todos os episódios do tipo maníaco ou do tipo hipomaníaco são induzidos por substância ou são atribuíveis aos efeitos psicológicos de outra condição médica. ESPECIFICAR: - Com sintomas ansiosos - Com características mistas - Com características melancólicas - Com características atípicas - Com características psicóticas congruentes com o humor - Com características psicóticas incongruentes com o humor - Com catatonia - Com início no periparto - Com padrão sazonal (somente episódio recorrente) TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE (DISTIMIA) Critérios Diagnósticos: (A) Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outras pessoas, pelo período mínimo de dois anos. Nota: Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, com duração mínima de um ano. (B) Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes características: 1. Apetite diminuído ou alimentação em excesso. 2. Insônia ou hipersonia. 3. Baixa energia ou fadiga. 4. Baixa autoestima. 5. Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões. 6. Sentimentos de desesperança. (C) Durante o período de dois anos (um ano para crianças ou adolescentes) de perturbação, o indivíduo jamais esteve SEM os sintomas dos critérios A e B por mais de dois meses. (D) Os critérios para um transtorno depressivo maior PODEM estar continuamente presentes por dois anos. (E) Jamais houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco e jamais foram satisfeitos os critérios para transtorno ciclotímico. (F) A perturbação NÃO É mais bem explicada por um transtorno esquizoafetivo persistente, esquizofrenia, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não epecificado. (G) Os sintomas NÃO SE DEVEM aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipotireoidismo). (H) Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Nota: Como os critérios para um episódio depressivo maior incluem quatro sintomas que estão ausentes da lista de sintomas para transtorno depressivo persistente (distimia) um número muito limitado de indivíduos terá sintomas depressivos que persistiram por mais de dois anos, mas não irá satisfazer os critérios para transtorno depressivo persistente. Caso tenham sido satisfeitos todos os critérios para um episódio depressivo maior em algum momento durante o episódio atual da doença, tais indivíduos devem receber diagnóstico de transtorno depressivo maior. De forma alternativa, um diagnóstico de outro transtorno depressivo especificado ou transtorno depressivo não especificado é justificado. ESPECIFICAR SE: - Com sintomas ansiosos - Com características mistas - Com características melancólicas - Com características atípicas - Com características psicóticas congruentes com o humor - Com características psicóticas incongruentes com o humor - Com início no periparto Especificar se: - Em remissão parcial ou completa (se tá presente os sintomas durante a avaliação ou não) - Início precoce: Se o início ocorre antes dos 21 anos de idade. - Início tardio: Se o início ocorre aos 21 anos ou mais. Especificar se (para os dois anos mais recentes de transtorno depressivo persistente): Com síndrome distímica pura: Não foram satisfeitos todos os critérios para um episódio depressivo maior pelo menos nos dois anos precedentes. Com episódio depressivo maior persistente: Foram satisfeitos todos os critérios para um episódio depressivo maior durante o período precedente de dois anos. Com episódios depressivos maiores intermitentes, com episódio atual: São satisfeitos atualmente todos os critérios para um episódio depressivo maior, mas houve períodos que pelo menos oito semanas pelo menos nos dois anos precedentes com sintomas ABAIXO DO LIMIAR para um episódio depressivo maior completo. Com episódios depressivos maiores intermitentes, sem episódio atual: NÃO são satisfeitos atualmente todos os critérios para um episódio depressivo maior, mas houve um ou mais episódios depressivos maiores pelo menos nos dois anos precedentes. Especificar a gravidade atual: Leve; Moderada; Grave
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