Já falamos anteriormente sobre a nossa parceria com o projeto IPad na Sala de Aula no processo de inclusão da Tecnologia na Educação. E para nos orientar nesse processo de mudança e construção da educação do futuro os idealizadores do projeto e EADesenvolvimento humano, Adriana Gandin e Daniel Martins nos concederam uma entrevista cheia de dicas e conteúdo! Confiram…
1. Quais as principais razões para usar a tecnologia na educação?
- Agilizar as atividades do dia a dia e colaborar com o processo de aprendizagem.
- Realizar registros e leituras de forma prática, economizando papel e reduzindo o peso e o volume de seu material.
- Auxiliar na construção de uma comunicação mais clara, transparente e global, visando a humanização e a aproximação das pessoas de todas as idades e de todas as classes sociais, criando cidadãos que buscam, em rede, soluções para os problemas da humanidade.
- Desenvolver formas diferenciadas de busca de dados e de informações para a construção de seu próprio conhecimento e o do grupo, aprendendo a usar a tecnologia de forma consciente e prática.
- Aproximar professores, alunos e comunidade, desenvolvendo metodologias diferenciadas, tais como projetos com temáticas interdisciplinares, trabalhos em grupos (mesmo a distância), construções colaborativas, pesquisas de campo, registros fotográficos e multimídias, incentivando a participação de todos, para a construção de um mundo mais democrático.
- Reduzir o analfabetismo digital e a exclusão social, contribuindo para a liberdade consciente e para a participação. Especialmente para o professor…
- Desenvolver atividades mais dinâmicas, criativas e interativas, adequando-se às linguagens das novas gerações.
- Customizar o processo de ensino às necessidades e às dificuldades dos estudantes.
- Facilitar o trabalho de leitura, de registro, de planejamento e de correção.
Especialmente para os estudantes…
- Preparar-se para o mercado de trabalho. Todos os segmentos da economia atual utilizam tecnologia, seja um computador, notebook, smartphone e/ou tablet, da agricultura ao comércio, passando pela indústria clássica, serviços públicos e/ou privados.
- Sensibilizar-se para a importância e a relevância da internet e das redes sociais, compreendendo-se como cidadão do mundo, desenvolvendo uma nova postura de participação social, com relações virtuais éticas e de respeito.
Sabemos que não se trata somente de dar computadores e tablets aos professores!
2. Quais os passos que escolas e educadores devem seguir?
Inspirados nas ideias do planejamento participativo, difundidas por Danilo Gandin, e da educação 3.0, difundidas por Jim Lengel, organizamos os passos abaixo que podem oferecer algumas pistas aos gestores das escolas.
- 1º passo: Compreender que há a necessidade de mudança. Perceber que o trabalho que se realiza atualmente na escola não funciona ou não é suficiente para o futuro que as novas gerações irão viver e enfrentar. O formato de sala de aula “um atrás do outro”; professor falando o tempo todo e aluno escutando; recebimento de conteúdo e “devolução” na prova; computadores, smartphones e tablets banidos e proibidos na sala de aula… entre outros absurdos, não são mais possíveis.
- 2º passo: Imaginar a nova escola e a nova sala de aula. É fundamental criar uma imagem da nova escola, de como ela deveria ser! Pensar em comunidade, ouvindo a opinião e contando com a participação de alunos, pais e professores. É preciso pensar: Como seria a escola ideal que preparasse e formasse bem as novas gerações? Que atividades seriam propostas? Que metodologias seriam utilizadas? Que espaços seriam utilizados? Que recursos tecnológicos seriam necessários? Como seria a divisão de tempo? Que relações seriam estabelecidas? Quais seriam as regras de convivência?
- 3º passo: Realizar um diagnóstico preciso. É necessário perceber claramente a distância que existe entre o que se imaginou e a realidade que se apresenta atualmente.
- 4º passo: Construir um plano de mudança. Pensar e planejar tarefas práticas e metas para cada membro da comunidade: gestores, professores, alunos e pais. Definir claramente cada passo da mudança, com prazos e datas, para aproximar-se da escola e da sala de aula que se imaginou anteriormente.
- 5º passo: Consolidar a ideia da nova forma adotada na escola, das novas rotinas, “vendendo” a nova imagem, com as novas perspectivas, para que toda a comunidade compreenda e assuma a mudança como positiva para todos. Buscar recursos externos (de possíveis investidores) se for o caso.
- 6º passo: Organizar a infra-estrutura da escola e as novas políticas e regras para o uso dos novos espaços e das novas ferramentas tecnológicas, tais como: tablets, internet wi-fi, livros digitais, entre outras.
- 7º passo: Acompanhar e avaliar constantemente os progressos realizados. Utilizando estes passos, depois de um tempo, a comunidade escolar sentirá necessidade de novas mudanças e já terá construído uma nova cultura de planejamento. A técnica de ensino e aprendizagem deve passar por uma transformação também?
3. Quais as principais mudanças que devem ser feitas?
Algumas mudanças já foram apontadas nas respostas anteriores. Seguimos reforçando algumas ideias e destacando outras. Acreditamos que seria muito importante que os professores (assim como é exigido de profissionais de outras áreas) incorporassem a tecnologia ao seu dia a dia. Participar de fóruns, ler jornais e revistas digitais, utilizar o calendário em seu smartphone, fazer anotações digitalmente, entre outras tarefas diárias, ajudaria a melhorar a familiaridade do professor com as ferramentas tecnológicas. Estas pequenas atitudes abririam espaço para pensar em novas ferramentas a serem utilizadas no seu dia a dia e também em sala de aula. Há a necessidade de assumir uma nova postura diante dos alunos, definindo combinados e acordos claros e trabalhando para que os alunos façam escolhas e responsabilizem-se por estas escolhas.
A ideia de coautoria aqui é fundamental. O professor, além de sua aula expositiva, precisa abrir espaços para metodologias diferenciadas, tais como projetos com temáticas interdisciplinares, trabalhos em equipes, apresentação de seminários individuais e em grupo, construções colaborativas, leituras prévias por parte dos alunos para discussão em aula, pesquisas em diferentes fontes, saídas de campo, entre outras atividades, visando uma participação mais efetiva dos alunos no processo de ensino e de aprendizagem. O que os professores e estudantes devem aprender para fazer um uso efetivo das tecnologias?
Professores e estudantes podem aprender (juntos) a…
- buscar, analisar criticamente e melhorar (se necessário) as informações que estão disponíveis nos meios digitais;
- estudar, compreendendo o que leem e não simplesmente memorizando;
- avaliar a relevância do uso diário das ferramentas tecnológicas, tais como leitura de revistas, jornais e livros digitais, calendários colaborativos e aplicativos para organização pessoal;
- realizar armazenamento de arquivos em nuvem e garantir a segurança de dados;
- fazer uma pesquisa qualificada;
- elaborar mapas mentais;
- criar novas formas de apresentação;
- consolidar conhecimentos, através das informações disponibilizadas na internet;
- analisar criticamente as informações encontradas e compreender os fatos apresentados;
- expor suas ideias, desejos e necessidades, de forma adequada, entendendo, criticando construtivamente e respeitando o posicionamento do outro;
- compreender a necessidade e a importância de estar online e de estar offline em diferentes momentos;
- discernir que existem informações boas e ruins, falsas e verdadeiras e que é importante reconhecê-las e diferenciá-las;
- entender e compreender que não vivemos isolados do mundo, mas sim em um mundo conectado e que nossas ideias e postagens poderão ser lidas e analisadas por todos.
4. Como ExamTime pode ajudar nesse processo?
ExamTime já vem fazendo sua tarefa neste processo de mudança, disponibilizando ferramentas tecnológicas adequadas às novas concepções de educação. A ideia de construir mapas mentais, por exemplo, é importantíssima para as novas gerações. O mapa mental organiza, introduz e antecipa um pensamento ou para outros, ajuda a organizar uma síntese de texto ou conteúdo.
A possibilidade de termos um repositório de conteúdo construído por professores e também por alunos é fantástica para retomar e consolidar as aprendizagens. Temos convicção que o ExamTime poderá ajudar ainda mais, oferecendo novas ferramentas colaborativas que oportunizem debates e criem ambientes muito mais dinâmicos e democráticos, podendo facilmente ser compartilhados.
E ai, parece que a tecnologia na educação é realidade! E você vai ficar fora dela?
Comece Agora a explorar o ExamTime (lembre-se é Online e Grátis).
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