2018 - História 7ºs Público

2018 - História 7ºs

Nicolas Assaf
Curso por Nicolas Assaf, atualizado more than 1 year ago Colaboradores

Descrição

Descrição da matriz curricular, do plano de ensino e dos planos de aula para os 7ºs anos da EMEF Profª Luzia Levina Aparecida Borges.

Informações do módulo

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"As questões colocadas ao ensino da História levantaram indagações sobre sua contribuição para o processo de desenvolvimento das identidades, das referências sociais, e de como inserir os alunos numa história que os torne herdeiros de um legado social, de uma memória social, fundamental para a noção de cidadania." (p.27) "O que está em jogo é a própria compreensão sobre a natureza do conhecimento histórico. Nesse sentido, pode-se entender a História como uma narrativa neutra, definitiva e do passado, como um conhecimento pronto e acabado, produzido pela academia, cabendo a escola transmitir esse saber histórico aos alunos. Mas, também pode-se entender a História como um campo de disputas sobre o passado e presente, como um saber em permanente processo de reconfiguração, de ampliação, de revisão, decorrente dos debates historiográficos, das influências das diversas ciências e do avanço das pesquisas sobre novos temas, novos sujeitos, novas fontes documentais." (p.28)   Pressupostos norteadores:          "Na primeira [parte] estão registrados os fundamentos teóricos e metodológicos que embasam esta proposta. Apontam-se os desafios do ensino de História hoje e as escolhas feitas no documento.          Na segunda parte, apresentam-se os objetivos gerais do ensino de História por ciclo de aprendizagem.          Na terceira parte, constam algumas orientações sobre a metodologia do ensino de História, destacando questões relacionadas ao emprego do método de investigação; a valorização do uso de documentos históricos em sala de aula; a incorporação de novas linguagens e tecnologias; as questões relativas à história local e ao uso da história oral e às práticas interdisciplinares. Essa parte se encerra com uma discussão acerca da avaliação no ensino de História.          Na quarta parte, apresentam-se as expectativas de aprendizagem de História para os anos iniciais e finais, abrindo o texto com uma discussão acerca dos critérios utilizados para sua seleção e organização.          A última parte é composta pela bibliografia." (p.28-9)   Pressupostos teóricos:          Considerações iniciais: Desafios e perspectivas para o ensino de História "persistindo na tentativa de superação do ensino tradicional de História, baseado na ordenação cronológica dos acontecimentos e na transmissão e memorização de fatos históricos, por outro que permitisse aos alunos “o dimensionamento de si mesmo, dos outros indivíduos e grupos em temporalidades históricas”. Retoma-se a proposta da década anterior de organizar os conteúdos históricos em eixos temáticos. Nessa organização, privilegia-se o trabalho com os conceitos históricos, que faz por meio da problematização do conhecimento histórico e da realidade presente, buscando entender as permanências e as mudanças históricas e as atuações dos diferentes sujeitos históricos nos campos das relações sociais, da cultura, das relações de poder e de trabalho." "Atualmente, essa visão eurocêntrica está ultrapassada, considerando as relações complexas e a simultaneidade dos acontecimentos no tempo e no espaço, os ritmos históricos [como a Historia Integrada] específicos, os momentos de contato, confrontos e trocas entre os diferentes povos e culturas. Assumem-se, assim, outras possibilidades de estudos históricos como a análise de processos históricos distintos em diferentes sociedades e culturas e as experiências da pluralidade dos sujeitos históricos, tais como as mulheres, as crianças, os idosos, os movimentos sociais, os grupos étnicos, as populações do campo, dentre outros, sem, contudo, se descartar a organização cronológica mais geral do processo histórico." (p.32) "As críticas à História Integrada também apontam que, no atual contexto de globalização da economia capitalista, a história nacional passa a ser considerada, por alguns, como um conteúdo de menor importância, preconizando que o fundamental é a inserção do aluno numa história-mundo, que pretende a construção de uma identidade como cidadão de um mundo globalizado. Além disso, ela pode fortalecer abordagens nas quais os problemas brasileiros são explicados apenas em função de um modelo interpretativo que os atribui sempre a razões externas, a conjunturas internacionais, ou forças supranacionais, reforçando a imagem de país atrasado, dominado por forças externas." (p.32) "A preocupação, na presente proposta, é estabelecer relações constantes, ao longo da escolarização, entre os espaços local, nacional e global, e entre o passado e o presente, ao mesmo tempo em que se prepara o aluno para entender como funciona e se organiza a sociedade de que ele faz parte." (p.33)          Fundamentos do Ensino de História Esses fundamentos são as respostas para as três questões a seguir:    1) O que é História?    2) O que é tempo histórico?    3) Quem são os sujeitos da História? As respostas nos apresentam os conceitos de fato ou acontecimento histórico, a noção de tempo, e o conceito de sujeito histórico.          Concepção de História "Hoje, é aceita a necessidade de se reconhecer a diferença entre a escrita da História e o passado." (p.34) "Segundo Chartier (2009, p. 21) os historiadores reconhecem que “o conhecimento que produzem não é mais que uma das modalidades da relação que as sociedades mantêm com o passado”. Para ele, algumas obras ficcionais, a memória, coletiva ou individual, pode conferir ao passado uma presença, por vezes mais forte do que a que produzem os livros de história. A História não se restringe ao conhecimento sistematizado veiculado nos livros da historiografia acadêmica ou nos livros didáticos, podendo ser encontrada em muitos outros lugares. Ela está presente nas experiências humanas, podendo ser identificada no cotidiano, nas tradições e festas, nas diferentes memórias coletivas da família, dos trabalhadores, de grupos sociais. Ela pode ser transmitida por depoimentos e por documentos escritos ou visuais." (p.34) "Além disso, é preciso reconhecer que se o passado não se traduz em sua totalidade na escrita do historiador, a história ensinada na escola também não se resume à vulgarização do saber acadêmico. Na escola, a história escolar deve interagir com diferentes fontes do conhecimento histórico, com os objetivos da educação escolar, com os saberes prévios dos alunos, com as concepções e representações sobre o passado que circulam socialmente, com tradições e práticas da cultura escolar." (p.35) "Por isso, a História, quer como processo, como saber acadêmico ou disciplina escolar assenta-se num campo aberto de debates e reflexões em processo contínuo de (re)construção." (p.35)          Concepção de Tempo "[A] noção de tempo linear, progressivo, que caminha num ritmo único do passado para o presente e o futuro, já foi confundida com o próprio tempo histórico." (p.35) "Atualmente, essa perspectiva é tida como insuficiente para dar conta das diferentes dimensões do tempo histórico, pois se concentra, apenas, no chamado tempo cronológico. O tempo histórico é o tempo intrínseco aos próprios processos e temas estudados, que não são ritmados por fenômenos astronômicos ou físicos, nem pela ideia de progresso, mas pela especificidade do próprio processo. Esta concepção de tempo histórico foi representada pelos historiadores por categorias temporais, que permitem reconhecer o ritmo em que as mudanças e permanências ocorrem na realidade social. São elas: “estruturas de longa duração” (Escravidão Moderna, Islamismo), “conjuntura” (Revolução Industrial, Ditadura Militar, Revolução Francesa), “ciclos” (exploração do pau-Brasil, mineração, café) e “acontecimentos breves” (morte de Getúlio Vargas, greve de 1917)." (p.35) "Segundo Bittencourt (2008), o historiador trabalha com dois tipos de tempo: o tempo métrico (cronologias e periodizações) e o tempo qualitativo a) das durações; b) da sucessão: tempo diacrônico e tempo sincrônico; e c) das mudanças e permanências." "Portanto, para localizar os acontecimentos nas múltiplas temporalidades que o historiador trabalha, o professor pode propor exercícios em que os alunos, tomando um determinado tema, possam perceber os diferentes ritmos de tempo e as durações, ou seja, os ritmos das mudanças históricas e as durações de tempo entre uma mudança e outra, ou a duração de um acontecimento. Por exemplo, tomando-se o tema da “Independência do Brasil”, que na versão oficial ocorreu em 07/09/1822 com a proclamação da Independência por D. Pedro I, pode-se levar o aluno a perceber a dimensão do acontecimento breve, datado e situado no espaço. Em seguida, pode-se situá-lo no conjunto dos acontecimentos que formavam a conjuntura econômica, política, social e cultural (o período pós-Napoleônico) da Europa e da América no início do século XIX. É possível também compreendê-lo de forma abrangente no processo de estruturas de “longa duração” com a transição do Antigo Regime para o Capitalismo, em que se insere o processo de Independência da América. Não se ensina o conceito de tempo às crianças e aos jovens. Ele é apreendido a partir de diferentes estudos, de conhecimentos, de vivências, de relações e de amadurecimento cognitivo. Na realidade, ninguém pode ensinar um conceito a outra pessoa, porque cada pessoa é que o apreende a seu modo. Então, o que se pode, no ensino de história, é criar diferentes situações para o estudante pensar sobre diferentes dimensões, usos, formalizações ou abrangências de tempo e favorecer-lhe o acesso a informações para que ele possa aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto. Isso é diferente de, simplesmente, pedir-lhe que decore o enunciado de um conceito fornecido pelo professor, como: o que é o tempo histórico? Para o aluno do Ensino Fundamental, o importante é que o professor faça escolhas de conteúdos e atividades que lhe possibilitem refletir sobre as durações dos acontecimentos e não apenas o relacionamento dos acontecimentos a um determinado instante ou a uma data. (... ) O desejável é que elas [atividades e aulas] possibilitem aos alunos refletir sobre os ritmos e durações do tempo histórico ultrapassando suas percepções de tempo oriundas de suas vivências pessoais, psicológicas ou fisiológicas." (p.36)          Concepção de Sujeito "Em geral, ela [História Tradicional] destacava também a atuação de protagonistas masculinos brancos, ressaltando-lhes os atributos masculinos como bravura, ousadia, conquista, desbravamento, belicosidade em suas atuações. Crianças, velhos e mulheres raras vezes aparecem. Povos, etnias e culturas que não pertencessem à civilização ocidental, também eram omitidos ou menosprezados. Grupos minoritários eram negligenciados ou excluídos. Novas abordagens, todavia, têm procurado redimensionar o papel histórico dos indivíduos singulares, dos povos e etnias, e dos grupos sociais, questionando tanto aquelas que enfatizam a atuação de personagens especiais, cujas intenções, percepções e motivações são propulsoras dos acontecimentos, quanto a que esvaziavam a atuação de personagens históricos, de classes, ou de grupos sociais, cuja subjetividade era vista como mero reflexo de condições históricas estruturais. O conceito de cultura desenvolvido pela denominada História Cultural, em contraposição ao de civilização, trouxe à tona povos e etnias que eram postos à margem dos acontecimentos históricos, e fez os historiadores passarem a ver a história a partir também dos vencidos, dos excluídos, dos marginalizados, das pessoas comuns. As discussões sobre o papel dos indivíduos na História também redimensionaram o lugar de personagens singulares, cujas atuações contribuem para a definição do rumo de determinados acontecimentos. Neste sentido, é importante também reconhecer a existência de lideranças, que despontam, por vezes, em resposta a importantes demandas sociais, incorporando expectativas e necessidades de grupos e coletividades em processos de luta e reivindicação por seus direitos, e em defesa de ideais humanísticos." (p.37) "Então, é importante que o professor promova, em cada caso, a discussão sobre o papel dos indivíduos alçados à condição de heróis, indagando sobre como se construiu a imagem, questionando as representações da memória oficial; interrogando sobre os processos de esquecimento e omissão de outros sujeitos históricos e suas lutas, em especial, aqueles ligados aos movimentos populares. As relações entre os indivíduos e os grupos, as instituições e populações inteiras, merecem ser objeto de reflexões e indagações. As relações pessoais com a História, com os acontecimentos; a participação; a maneira como se forma opinião sobre os eventos locais, nacionais ou mundiais; a própria história merecem ser objetos de questionamentos." (p.37) "Por isso, devem ser oferecidas as condições para que o aluno possa reconhecer que a sua própria história pessoal está inserida na História, compartilhando coletivamente dos processos históricos que marcam sua época. Disso resulta a importância de atividades com as quais o professor pode promover o resgate histórico das trajetórias individuais de seus alunos e apontar os entrelaçamentos delas com a de outras pessoas de seu meio familiar, de sua comunidade, do grupo classe, do contexto do trabalho, das associações religiosas, esportivas, dentre outras, procurando articular estas trajetórias com processos históricos mais amplos, com determinados acontecimentos e conjunturas históricas." (p.38 - Respondendo por quê trabalhar a história pessoal do aluno) "A História deve contribuir para a apreensão de uma diversidade de memórias sociais, como elementos constitutivos de uma identidade social a ser invocada. Além da memória nacional, das memórias institucionais, e das memórias contidas nos livros didáticos, outras memórias coletivas podem ser desenvolvidas. As memórias singulares dos indivíduos, de suas lutas e trajetórias pessoais, permitem o reconhecimento da pluralidade de sujeitos que fazem a História, homens, mulheres, crianças, grupos, classes. Todos são sujeitos de múltiplas histórias." (p.38)   Objetivos gerais do ensino de História:          • Compreender a si mesmo e a vida em sociedade, identificando as relações dos seres humanos entre si e com a natureza na produção da cultura, numa perspectiva histórica.          • Perceber as relações que os diversos grupos humanos estabelecem entre si, por meio da ação dos múltiplos sujeitos históricos.          • Reconhecer a realidade que o cerca, posicionando-se criticamente diante dela, fazendo escolhas e agindo criteriosamente, como cidadãos conscientes, ativos, informados, para contribuir para construção de uma sociedade democrática, plural e inclusiva.          • Debater sobre os valores humanos, respeitando as diferenças culturais e os direitos humanos universais.          • Dar importância aos estudos históricos como forma de conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, povos, etnias, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, permanências e mudanças, conflitos, resistências, negociações e contradições sociais das diferentes sociedades e culturas.          • Entender que o conhecimento histórico é fruto de investigação, que se realiza seguindo determinados procedimentos metodológicos e, principalmente, pelos vestígios ou evidências do passado, importantes fontes históricas.          • Reconhecer que a História, como conhecimento, é interpretativa por natureza, e que os saberes históricos podem ser questionados.          • Fazer uso de conceitos históricos de caráter abrangente (continuidade, mudanças, durações...) e de noções históricas singulares (Renascimento, Cruzadas, Bandeirantes...).          • Realizar pesquisas escolares sobre temas de História, utilizando-se de procedimentos de busca, coleta e organização de informações.          • Valorizar o patrimônio histórico-cultural reconhecendo a cultura dos diversos grupos que formam a sociedade brasileira.   Orientações Metodológicas          Questões sobre como ensinar História "O simples emprego de novas tecnologias não assegura que o estudante está realizando tarefas que redundem em aprendizagem significativa, assim como uma aula expositiva não rotula o professor de tradicional." (p.40) "Mas, se o que se quer é ensinar a realizar perguntas a um documento, a extrair informações de um texto, e a criticá-lo; a comparar versões e interpretações, os procedimentos didáticos não podem se reduzir ao modelo anterior, pois é preciso construir situações que coloquem os alunos como sujeitos ativos de um processo que exige indagação, busca de informações, resolução de problemas. Caso se pretenda, por exemplo, que os alunos realizem uma pesquisa na internet sobre a História de São José dos Campos, convém alertá-los que, se eles digitarem no Google: História de São José dos Campos, obterão, aproximadamente, 450 mil resultados dessa busca. É preciso que aprendam a digitar a mesma expressão entre aspas: “História de São José dos Campos”. Mesmo com esse filtro o buscador lhe trará aproximadamente 979 resultados. São pois, muitas informações e páginas para visitar. Será preciso ter critérios para avaliar os sites, checar e assegurar-se da confiabilidade das informações, segundo os objetivos do trabalho. Portanto, para os alunos aprenderem a pesquisar é preciso desenvolver a capacidade de utilizarem-se de procedimentos práticos que resultem em boa pesquisa, na internet ou em outras fontes." (p.40) "O professor não deve também restringir sua ação à entrega de receitas de como obter o conhecimento, em tais ou quais livros e sites, nem se deter apenas na apresentação dos fatos e das análises dos historiadores. De alguma forma, é preciso construir um desafio para a aprendizagem. Por isso, é importante destacar que o estudo do passado só tem sentido quando coloca o estudioso diante de problemas e questões do seu próprio tempo." (p.41) "Atualmente, é consenso que aprender História não significa apenas memorizar fatos, nomes e datas, (os chamados conteúdos factuais). É necessário saber explicar os acontecimentos, analisá-los, interpretá-los, relacioná-los. Tais procedimentos seguem alguns princípios, utilizando conceitos e noções que tornam inteligíveis os acontecimentos históricos. Assim, entende-se que o ensino e a aprendizagem de História ocorrem pela mediação de conceitos, o que torna necessária a escolha de situações que promovam a aprendizagem e o desenvolvimento de conceitos por parte dos alunos." (p.41) "Não é objetivo do ensino de História transformar a sala num espaço de debate historiográfico permanente. Esta é uma tarefa acadêmica. No ensino de História, é preciso combinar as reflexões sobre os objetivos educacionais da disciplina com as discussões próprias do conhecimento histórico." (p.41) Transposição didática é o processo de aproximar o fazer histórico do fazer pedagógico. "a palavra “método”, em didática, significa os meios colocados em prática deliberadamente pelo professor, para obter um determinado resultado de aprendizagem. No ensino de História, são vários os métodos empregados: memorização (método mnemônico); resolução de problemas; investigação histórica. Por sua vez, o termo “técnica” designa o instrumento, ou a ferramenta utilizada no processo de ensino e aprendizagem. Trata-se do recurso didático de que o professor se utiliza, como por exemplo, um filme, uma canção, uma pintura, um jogo. As “estratégias didáticas” são as formas de que o professor lança mão para organizar o processo de ensino e aprendizagem: de que são exemplos o trabalho em grupo e a aula expositiva" (p.42) "Confundia-se o uso de novas técnicas com renovação do método de ensino. Não há dúvida, que os recursos tecnológicos, como o computador, a internet, as redes sociais, devem ser introduzidos na escola e no ensino de História, mas é preciso cuidar para que tal uso não reproduza o método tradicional, baseado na simples memorização do conhecimento." (p.42) "os materiais didáticos desempenham um papel decisivo no processo de aprendizagem." (p.42) Na disciplina de História, esses materiais possuem uma especificidade que os tornam mais relevantes ainda neste processo. Muitos desses materiais são, na realidade, fontes e documentos históricos.   Práticas interdisciplinares e o ensino de História "Para alguns autores, a interdisciplinaridade é um trabalho que integra diferentes disciplinas, que se efetiva pela interação entre elas no desenvolvimento do estudo de um tema, problema ou objeto." (p.43)   Avaliar em História "Existem várias práticas que utilizam novos instrumentos, buscando inovar os procedimentos anteriormente centrados nas provas e testes. Dentre as possibilidades, a produção de trabalhos em sala de aula, individuais ou em grupo, utilizando diferentes formas de comunicação escrita, oral, visual; atividades de síntese e redação de narrativas; atividades que explicitam o domínio de habilidades como ler, compreender e interpretar (documentos, mensagens, visuais, formas arquitetônicas, mapas históricos). Há inclusive possibilidade da realização de autoavaliação, com fichas nas quais o aluno é solicitado a reconhecer se adquiriu conhecimento, se é capaz de realizar procedimentos, se consegue conceituar historicamente. Continuidade, coerência, objetividade, participação do aluno são fatores indicados para o ato de avaliar. Isso permite ao professor buscar novos caminhos e novas alternativas para o ensino, experimentar novas atividades e recursos didáticos, criar e recriar novas possibilidades para sua sala de aula e se comprometer com a aprendizagem de seus alunos." (p.45)   Plano Curricular             Expectativas de aprendizagem básicas em História   a) Desenvolver noções de tempo • Distinguir passado, presente, futuro. • Situar acontecimentos no tempo. • Organizar uma sequência temporal cronológica (linha do tempo, sequência de objetos, imagens). • Identificar acontecimentos/períodos/épocas históricas (Independência do Brasil, Era Vargas, Ditadura Militar, Grandes Navegações, Antigo Regime etc.). • Distinguir permanências e mudanças. • Reconhecer diferenças e semelhanças entre épocas históricas (passado/presente). • Compreender as durações dos fenômenos históricos e ritmos do tempo. b) Reconhecer e utilizar conceitos / termos próprios à linguagem da história • Reconhecer conceitos e termos históricos utilizados nos textos (Feudalismo, Colônia, Imperialismo, Crise, Contexto etc.). • Utilizar conceitos e termos históricos em suas produções. c) Problematizar o passado • Levantar questões sobre o passado. • Propor indagações a partir de uma fonte documental. • Formular hipóteses e apresentar respostas aos problemas levantados. d) Reconhecer diferentes versões, pontos de vista e narrativas sobre o passado • Reconhecer a existência de diferentes pontos de vista sobre os acontecimentos históricos. • Identificar diferentes versões sobre os acontecimentos históricos. • Valorizar as diferentes histórias de indivíduos e grupos sociais. • Comparar diferentes versões, pontos de vista, e narrativas sobre o passado. • Argumentar sobre versões do passado. e) Dominar procedimentos de leitura e interpretação de documentos • Reconhecer a diversidade de documentos históricos. • Extrair informações de um documento a partir de sua caracterização. • Identificar ideias, intenções, valores e conceitos. • Identificar autoria, natureza do documento, suporte e momento de produção. • Comparar documentos. f) Expressar e comunicar ideias sobre o passado por diversos meios • Utilizar diferentes formas para comunicar e expressar ideias (escrita, oral, gráfica, maquetes). • Comunicar-se e escrever diferentes tipos de texto (relatar uma história, descrever um acontecimento, desenvolver uma narrativa, elaborar cartazes, construir murais, produzir registros). • Conhecer e utilizar-se dos recursos textuais escritos (sínteses, resumos, quadros, gráficos, fichas, esquemas, roteiros etc.). • Intervir e atuar nas situações em que predomina a oralidade. g) Valorizar princípios de convivência solidária e democrática • Reconhecer e valorizar positivamente as histórias das diferentes culturas e etnias indígenas e africanas, das mulheres, dos povos do campo. • Identificar e combater estereótipos. • Respeitar a diversidade de opiniões. • Participar de debates, expor argumentos.
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Eixo: Europa e outros espaços - poder, cultura e sociedade           Temas e Conteúdos: Europa Medieval e outros espaços          • A formação da Europa feudal                - Povos germânicos no mundo romano;                - Reinos germânicos;                - Feudalismo, relações de poder e cultura;          • Além da Europa:                - O mundo islâmico;                - África;   Questões geradoras:          • O que ocorre com a Europa após o fim do Império Romano?          • O que é o Islamismo?          • Como era a África antes da chegada dos Europeus?   Expectativas de aprendizagem:          • Conhecer o processo de formação da Europa medieval reconhecendo atuação dos povos germânicos.          • Identificar as características do modo de vida feudal, relações sociais, cultura e cotidiano.          • Reconhecer a importância do mundo islâmico, sua expansão, e características culturais.          • Identificar povos, culturas e reinos da África, antes da chegada dos europeus.          • Construir linhas do tempo localizando acontecimentos em datações cronológicas.          • Identificar periodizações da História de cada povo e cultura.          • Reconhecer conceitos históricos como feudalismo, islamismo.          • Obter informações em diferentes tipos de fontes (entrevistas, pesquisa bibliográfica, imagens etc.) e organizar registros.          • Comparar informações, argumentos e pontos de vista obtidos nos diferentes tipos de fonte (documentos e bibliografia).          • Propor questões históricas no contato com as fontes e elaborar respostas/hipóteses.          • Construir registros e produções escritas e em diversas linguagens a partir de informações de fontes e documentos.          • Desenvolver e fundamentar argumentações expressando opinião sobre questões históricas. Estratégias:          • Aula expositiva e dialogada com a participação dialógica dos alunos.          • Uso do livro didático          • Leitura (compartilhada e colaborativa)          • Análise e produção de tabelas, quadros comparativos, linhas do tempo.          • Produção de resumos, textos argumentativos, relatos, relatórios.          • Análise de filmes e documentários.          • Trabalhos individuais e em grupo.   Avaliação:          • A avaliação será processual e contínua, privilegiando os saberes trabalhados durante o bimestre.          • Trabalhos, organização do caderno e tarefas          • Avaliação bimestral -+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=- AULA 01 - Apresentando-se/-me e a Historia Tópicos:          1. Momento do professor se apresentar para a turma e das estudantes se apresentarem ao professor;          2. Estabelecer e registrar combinados entre alunos e professor (acerca do comportamento, uso do celular, saída para banheiro, organização do espaço físico da classe) que terão validade durante todas as aulas;          3. Apresentação dos conteúdos de História previstos para os sextos anos;          4. Explicar os diferentes significados de história e discutir a importância de se estudar História;             4.1. Diferenciar "passado", "presente" e "futuro";             4.2. Diferenciar "memória" e "História";          5. Explicitar o conceito de História enquanto "ciência dos fatos do passado" e dando a entender o significado dos conceitos de "permanência" e "mudança";             5.1. Compreender quem faz História ("historiador" & "sujeito histórico");          6. Conversar sobre as diferentes "fontes históricas" e o "trabalho do historiador";          7. Perceber a diferença entre "tempo histórico" e "tempo cronológico".             7.1. Diferenciar divisões cronológicas do tempo (dia, mês, ano, século) das divisões do históricas do tempo. Expectativas de aprendizagem:          1 • Compreender e diferenciar os conceitos históricos de memória e História;          2 • Identificar a História como ciência, reconhecendo procedimentos de investigação;          3 • Distinguir passado, presente, futuro;          4 • Compreender as durações dos fenômenos históricos e ritmos do tempo;          5 • Reconhecer a existência de diferentes pontos de vista sobre os acontecimentos históricos;          6 • Reconhecer a diversidade de documentos históricos;          7 • Intervir e atuar nas situações em que predomina a oralidade;          8 • Respeitar a diversidade de opiniões;          9 • Participar de debates, expor argumentos. Recursos:          Lousa, giz, livro didático, caderno e caneta/lápis. Orientações pedagógicas:          T1. Montar a lousa com data, nome da disciplina e nome do professor. Em seguida, se apresentar oralmente e pedir para que os alunos façam o mesmo e ir preenchendo a chamada concomitantemente. Abrir espaço para perguntas; (Duração: ____ min)          T2. Reforçar que eu não gosto da ideia de mandar aluno para a direção e que se acontece um problema dentro da sala de aula, é na sala de aula que temos que resolver. Com uma conversa na boa e na moral. Mas que pra isso, a gente precisa explicitar qual é a moral, ou seja, o que a gente espera do outro. Para isso funcionar, todo mundo precisa saber o que pode e não pode. Daí vem a necessidade de estabelecer combinados. Perguntar então aos alunos o que eles acham que precisa pra aula rolar, tanto da parte deles mesmos quanto da minha parte. Propor a criação desses combinados, em especial, o da organização da sala em formato de "U" / arena. Registrar na lousa e pedir para os alunos copiarem no caderno (++); (Duração: ____ min)          T3. Apresentar o livro didático, demonstrando a existência da seção de apresentação e da seção que explica como o conteúdo é dividido ao longo dos capítulos. Em seguida, deter-se sobre o sumário, pedindo que os alunos leiam em voz alta o título de cada módulo. Perguntar se os alunos já ouviram falar sobre o tema de cada módulo. Explicar que os conteúdos do livro dizem respeito à História da humanidade, o que é diferente de contar histórias. Dizer que no primeiro bimestre, a ideia é que vejamos os dois primeiros módulos do livro; Expor minha opinião sobre o notas na escola e a minha proposta de como fazer a avaliação no 1º Bimestre, sendo 2 pontos relacionados à atividades em sala e tarefa (onde cada uma valerá pontos positivos) a serem feitas no caderno, 4 pontos da prova, 3 pontos do trabalho e 1 ponto de autoavaliação. Pedir a opinião aos alunos e perguntar se eles tem alguma proposta de alteração; (Duração: ____ min - Idealmente, a primeira hora-aula acaba aqui)          T4. Colocar na lousa: "História - história". Perguntar aos alunos se as duas palavras são diferentes. Perguntar o significado de cada uma. Registrar as respostas na lousa. Explicar que a história, com "h" minúsculo, se refere a coisas que aconteceram com a gente, que a gente relata pra alguém, escreve no diário, com base na nossa memória. Pode ser uma história que aconteceu de verdade, ou seja um fato / um acontecimento / uma série de acontecimentos, ou uma história inventada, uma ficção (usar esse momento para diferenciar coisas que acontecem no passado, no presente e no futuro). Já a História se trata de uma ciência que pesquisa sobre os fatos e acontecimentos do passado e que podem ser provados. Ou seja, existem cursos (nas faculdades) em que as pessoas estudam, pesquisam, interpretam e debatem coisas/fatos que aconteceram no passado. Ressaltar que uma semelhança importante de que tanto na história quanto na História, os fatos e acontecimentos que a gente conta e estuda tem um sentido. Ou seja, todas as histórias que a gente conta tem um sentido, um porque. E tudo que a gente estuda na História tem um sentido, um porque. Dar exemplos. Expor que uma grande diferença entre história e História é que podemos contar os fatos da primeira a partir de nossas memórias, enquanto que na História, para contar um fato, temos que provar que ele aconteceu como a gente acha que aconteceu. Dar exemplos. Sintetizar o que foi discutido e registrar na lousa, pedindo que os alunos copiem no caderno. (Duração: ____ min)                LOUSA 1: "história: relatos sobre acontecimentos verdadeiros ou fictícios que ocorreram no passado."                                  "História: ciência que estuda os fatos acontecidos no passado da humanidade"                 Complemento: "História: ciência que estuda os fatos acontecidos no passado da humanidade. Essa ciência se baseia na interpretação que os historiadores fazem das fontes históricas."          T5. Reforçar o sentido de História enquanto ciência que estuda os fatos do passado, com base em provas. Indagar os alunos se eles acham importante estudar o passado. Discutir sobre se o estudo do passado pode ajudar a gente a entender o presente ou não. Ressaltar que esse é um dos principais objetivos e o poder da História, de que através do estudo sobre coisas que já aconteceram a gente possa entender melhor coisas que mudaram e as que não mudaram ao longo do tempo, para entender melhor os dias de hoje. Perguntar quem faz essa História? Primeiro, demonstrar que quem faz a História acontecer é o sujeito histórico. Questionar se as estudantes conhecem algum sujeito histórico. Explicar que sujeito histórico é todo mundo, e não só os nomes famosos da História. Ou seja, todas as pessoas que já viveram e as pessoas que estão vivas são sujeitos históricos, que fazem e criam a História. Ou seja, quando a gente vive, independente do que a gente faça, a gente tá fazendo história sempre. Apresentar o historiador como a pessoa que investiga o que aconteceu com uma pessoa, ou com um grupo de pessoas, ou com um país, ou com um objeto. Depois que essa pessoa pesquisa sobre o passado, escreve o que achou, dando sua interpretação. Ressaltar que é impossível o historiador saber exatamente como o passado aconteceu, mas que ele pega suas evidencias, estuda elas e cria uma interpretação praquilo. E a partir daí, outros historiadores vão investigar a mesma coisa para ver se eles concordam ou se eles descordam dessa interpretação. Ou seja, a História que a gente estuda não é a verdade exatamente como aconteceu. Essa História é, na realidade, um consenso, um acordo entre vários historiadores sobre o passado. Ressaltar que é importante saber disso porque isso significa então que a História é fruto de muitas interpretações diferentes. Ou seja, existem vários jeitos diferentes de explicar os mesmos fatos que a gente vai estudar. Perguntar aos alunos se eles acham que faz alguma diferença o jeito que a gente conta, para demonstrar a importancia de existirem diferentes interpretações sobre o passado. Sintetizar o que foi discutido e registrar na lousa, pedindo que os alunos copiem no caderno. (Duração: ____ min)          LOUSA 2: "Essas interpretações são chamadas de teorias historiográficas. Existem varias teorias diferentes para explicar um mesmo fato histórico. Através do debate, os historiadores tentam defender qual interpretação explica melhor o que aconteceu no passado. Mas nenhuma dessas teorias é a verdadeira explicação, porque os historiadores não tem como saber exatamente como os fatos aconteceram."                                            T6. Partir da questão: "Como o historiador prova que um fato aconteceu?" Investigar com os alunos as respostas para essa pergunta. Em seguida, expor o conceito de fontes históricas ou documentos históricos, como registros e objetos do passado que sobreviveram até o tempo presente. Pedir para os alunos abrirem na pagina 16 do livro e analisarem em as imagens em voz alta, dizendo se aquelas coisas são ou não documentos ou fontes históricas. Pedir para que os alunos citem outros exemplos de fontes históricas. Em seguida, pedir que os alunos leiam em voz alta o trecho do texto que está acima da imagem. Discutir com eles o que faz um documento se tornar um documento histórico. Explicar como o historiador faz o seu trabalho de investigação sobre as fontes históricas, ou seja, quais as perguntas que o historiador faz para a fonte, que informações ele busca obter a partir da fonte: "Quem produziu esta fonte? Do que ela feita? Ela foi guardada de proposito ou sobreviveu por acaso? Qual era a função dela na época em que ela foi criada? Se for um registro escrito, em que língua está? O que está escrito? Se é uma imagem, o que ela retrata? Porque ela foi produzida? O que podemos deduzir das pessoas envolvidas com essa fonte a partir do seu conteúdo, ou de sua função, ou de sua forma e sua matéria-prima?" Demonstrar como qualquer fonte histórica pode revelar muitas informações sobre a sociedade que a produziu. Sintetizar o que foi discutido e registrar na lousa, pedindo que os alunos copiem no caderno. (Duração: ____ min)          LOUSA 3: "A História é produzida por sujeitos históricos. Todas as pessoas que vivem ou que já viveram são sujeitos históricos (incluindo nós), e não apenas as pessoas que ficaram famosas na História."                            " O historiador cria suas interpretações por meio da investigação acerca das características das fontes históricas. Ou seja, o historiador tenta responder algumas perguntas sobre a fonte histórica. Por exemplo:                              Quando a fonte foi produzida?                              Onde ela foi produzida?                              Quem produziu?                              Qual o material utilizado?                              Qual é a técnica utilizada?                              Por quê ela foi produzida?                              Como ela sobreviveu ao longo do tempo?                              Se for um texto, em qual língua está escrita?                              O que está escrito?                              Se for uma imagem, qual é o conteúdo da imagem?"          T7. Como o historiador investiga fatos do passado para contar o que aconteceu com a humanidade, é necessário saber como dividir o tempo. Questionar os alunos como eles dividem o tempo deles. Pegar o máximo de exemplos possíveis e demonstrar que podemos dividir o tempo de várias maneiras diferentes. Uma delas se relaciona com o tempo que a gente conta no relógio, e que se chama "tempo cronológico". Ou seja, a divisão do tempo em horas, dias, meses, anos, décadas trata-se da passagem do tempo de acordo com o relógio. O nosso calendário tem suas divisões baseadas nesse tempo cronológico, mas que outros calendários seguem outras divisões de tempo. Pedir para que as estudantes analisem os calendários das paginas 17 e 18 do livro. Reforçar que não só os calendários podem ser diferentes, mas que a gente pode dividir até o nosso tempo de outras maneiras, de acordo com a nossa vontade e nosso interesse. Por exemplo, dividir o tempo em tempo livre e tempo de estudo, em dia e noite, em hora de dormir e hora de ficar acordado, hora de estudar e hora de brincar. Explicar que na História, o tempo também pode ser dividido de uma maneira diferente daquele tempo cronológico, sendo organizado de acordo com o tempo histórico. Demonstrar e analisar a linha do tempo contida na pagina  19 como um exemplo de divisão histórica do tempo, que se mescla com o tempo cronológico. Explicitar que a tradição da História na escola é adotar uma divisão criada por historiadores europeus, que está contida na página 20 do livro, com alguns marcos históricos sendo usados para dividir o tempo histórico. Analisar a linha do tempo com as estudantes. (Duração: ____ min)          Tarefa para casa: Fazer uma lista de 5 (ou mais) fatos marcantes na sua vida. Avaliação:          Por se tratar da primeira aula, a avaliação baseia-se no diálogo estabelecido com as estudantes. Atentar-se: à participação e intervenções delas nos momentos de debate e discussão, à quantidade de estudantes que registraram no caderno o que foi proposto, ao respeito para com os combinados estabelecidos. Atentar-se a adaptação da linguagem na hora da exposição, prestando atenção nas respostas corporais dos alunos que demonstrem entendimento ou não. P.S.: Sobre as expectativas de aprendizagem, ressalto que diversos tópicos (senão todos) estarão presentes nas aulas futuras ao longo da disciplina. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- AULA 02 - Discutindo a Europa Tópicos:  Quando falamos de Idade Média, temos que ter em mente que esse período é dividido em Alta Idade Média, onde concomitantemente ocorrem o Império Bizantino e a expansão do islamismo no oriente, onde a Europa acaba se tornando totalmente rural, e Baixa Idade Média, um período de muitas crises desse sistema feudal onde as cidades e o comércio conquistam novamente uma certa importância. Devemos lembrar também que esse período não é uma "idade das trevas", como ja foi conhecido. Esse nome vem de historiadores modernos, que afirmavam que depois da Antiguidade (com a Grécia e Roma como exemplos de modos de vida, com base em cidades e no comercio), a Europa passou a viver de forma mais rural, com pouco comércio e mais atrelada às supostas vontades de Deus, ou melhor, mais submissa à Igreja Católica. No início da Idade Média, as migrações dos povos bárbaros (povos não-romanos) foram fundamentais. Existiam vários povos bárbaros (como os tártaro-mongóis, os eslavos e os germanos) com características diferentes entre si. Mas num geral, podemos ressaltar nesses povos o politeísmo, a economia de subsistência baseada numa vida agropastoril (caça, pesca, agricultura rudimentar), os saques de guerra e a tradição oral. Desses povos, tiveram maior importância para a Idade Média e a formação do sistema feudal os povos germânicos (fato ilustrado pelos hérulos, povo germânico que deu cabo do último imperador romano). Quando esses diferentes povos se estabelecem na Europa (abandonando a vida nômade e se tornando sedentários), passam a constituir reinos, nos quais a cultura dos povos germânicos se misturava com a do povo romano. Com isso, a unidade política dá lugar a uma Europa descentralizada, com vários centros de poder em forma de reinos que se dividiam em feudos, apoiando-se nas relações de suseranos e vassalos. A formação do Feudalismo se refere ao período da Alta Idade Média, mais especificamente entre os séculos VIII e IX. Esse período recebe muitas influências de dois povos: os povos germânicos e o povo romano. Esse sistema chamado feudalismo é composto por características que se misturam desses dois povos. Por exemplo, dos romanos, o feudalismo herda a Igreja Católica, a organização das Vilas (grandes propriedades rurais - origem dos feudos), a relação de clientela (dependência entre servos e senhores) e o colonato. Já as marcas dos povos germânicos no feudalismo se mostram com a prática de subsistência (ausência de mercado e moeda), o comitatus (dependência entre nobres que seria a base da suserania e vassalagem), o direito consuetudinário (tradicionalmente oral) e uma economia agropastoril.  Mas como era a vida no feudalismo? A vida era mais rural do que na Idade Antiga (com o Império Romano). Com o declínio do comércio, as pessoas passam a viver mais em campos e áreas rurais do que nas cidades. Essas áreas são constituídas por fazendas de propriedade dos Nobres, as quais chamaremos de feudos. A História, ao estudar esse período, concluiu que nele conviviam 3 estamentos (3 camadas sociais rígidas, de quase nenhuma mobilidade, com diferentes privilégios e obrigações).       Começando pelos servos (e alguns escravos), o estamento mais inferior e com menor número de direitos, sabemos que era o estamento que compunha a maioria da população camponesa, que trabalhava com a agricultura. Essas pessoas que colocaram em prática a rotação de culturas, o atrelamento peitoral, os moinhos da água e o arado de ferro. Homens e mulheres normalmente trabalhavam lado a lado no campo, mas além deste trabalho, as mulheres também ficavam incumbidas de produzir os outros objetos necessários para a vida do lar de cada família. Todos os servos eram subordinados aos seus senhores (aos quais pagavam vários tributos para trabalhar a terra e tirar seu sustento, como o exemplo da talha, da corveia, das banalidades e do dízimo, além de se oferecer como combatente e receber proteção militar de seu senhor)       O segundo estamento era composto por vilões, que eram quase servos, mas que tinham algumas obrigações a menos. Essas pessoas eram chamadas de vilões por residirem não necessariamente nos feudos, mas nas vilas. Elas detinham algum ofício específico, como marceneiros, ferreiros, pedreiros, mas de forma dependente dos donos das terras.       Já o primeiro estamento e o topo da hierarquia feudal era composto pelos nobres e pelo clero. Os nobres eram ou senhores de terras ou guerreiros (que acabaram herdando ou conquistando terras) tinham o dever apenas de defender os integrantes do feudo, e tinham diversos direitos e privilégios em relação aos outros estamentos. Além desses nobres (e com maior prestígio que eles) haviam os representantes da igreja, como bispos, arcebispos e o próprio papa, e outros de menor poder, como padres e monges. O clero detinha terras, poder político e poder ideológico, por ditar as regras que deveriam ser seguidas através da religião.  O trabalho nos feudos era realizado pelos Servos, num espaço geográfico que era organizado da seguinte maneira: 1- Manso Senhorial (toda produção era para os nobres); 2- Manso Servil (parte da produção era para os nobres, parte para os servos); 3- Manso Comunal (área de bosques e pastos para coleta de frutos do pé e caça para os nobres, e de alguns outros usos para os servos).
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Eixo: Europa e outros espaços - poder, cultura e sociedade           Temas e Conteúdos: Crise do Feudalismo          • Mudanças na Europa:                - Crise: fome, guerras e Peste Negra;                - Revoltas camponesas;                - Cruzadas;                - A formação dos Estados Nacionais          • Além da Europa:                - Japão Medieval;   Questões geradoras:          • Por que o Feudalismo chega ao final?          • Como se formaram os países Europeus?   Expectativas de aprendizagem:          • Identificar os elementos da crise do feudalismo na Europa.          • Conhecer a cruzadas e as transformações que acarretou na sociedade e na cultura europeia e islâmica.          • Compreender como se formaram e localizar os principais países europeus e as características do Japão medieval.          • Identificar as lutas no campo social e religioso que ocorrem na Europa no final do período medieval.          • Construir linhas do tempo identificando e localizando acontecimentos em datações cronológicas.          • Identificar periodizações e estabelecer comparações entre a História europeia e do Japão medieval.          • Reconhecer conceitos históricos como Crise, Cruzadas, Estados Nacionais.          • Obter informações em diferentes tipos de fontes (entrevistas, pesquisa bibliográfica, imagens etc.) e organizar registros.          • Comparar informações, argumentos e pontos de vista obtidos nos diferentes tipos de fonte (documentos e bibliografia).          • Propor questões históricas no contato com as fontes e elaborar respostas/hipóteses.          • Construir registros e produções escritas e em diversas linguagens a partir de informações de fontes e documentos.          • Desenvolver e fundamentar argumentações expressando opinião sobre questões históricas.   Estratégias:          • Aula expositiva e dialogada com a participação dialógica dos alunos.          • Uso do livro didático          • Leitura (compartilhada e colaborativa)          • Análise e produção de tabelas, quadros comparativos, linhas do tempo.          • Produção de resumos, textos argumentativos, relatos, relatórios.          • Análise de filmes e documentários.          • Trabalhos individuais e em grupo.   Avaliação:          • A avaliação será processual e contínua, privilegiando os saberes trabalhados durante o bimestre.          • Trabalhos, organização do caderno e tarefas          • Avaliação bimestral -+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-
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Eixo: Europa e outros espaços - poder, cultura e sociedade           Temas e Conteúdos: Mudanças na sociedade e na cultura europeia          • Transformações na mentalidade europeia:                - Renascimento;                - Reforma;                - Contrarreforma;          • Além da Europa:                - China moderna;   Questões geradoras:          • Por que a Europa se volta para os pensadores e artistas da Antiguidade?          • O que leva à divisão da Igreja Católica na Europa?   Expectativas de aprendizagem:          • Conhecer as razões dos intelectuais europeus revisitarem a antiguidade clássica.          • Reconhecer as diferentes dimensões estéticas e filosóficas e científicas do renascimento.          • Entender o processo de questionamentos e críticas que sofre a igreja católica e as diferentes manifestações da religiosidade cristã.          • Compreender a reação da igreja católica e a expansão do protestantismo.          • Construir linhas do tempo localizando acontecimentos em datações cronológicas.          • Realizar quadros de síntese cronológica organizando eventos na sucessão e simultaneidade.          • Reconhecer conceitos históricos como Renascimento, Protestantismo, Reforma, Contrarreforma, Mentalidades.          • Obter informações em diferentes tipos de fontes (entrevistas, pesquisa bibliográfica, imagens etc.) e organizar registros.          • Comparar informações, argumentos e pontos de vista obtidos nos diferentes tipos de fonte (documentos e bibliografia).          • Propor questões históricas no contato com as fontes e elaborar respostas/hipóteses.          • Construir registros e produções escritas e em diversas linguagens a partir de informações de fontes e documentos.          • Desenvolver e fundamentar argumentações expressando opinião sobre questões históricas.           Estratégias:          • Aula expositiva e dialogada com a participação dialógica dos alunos.          • Uso do livro didático          • Leitura (compartilhada e colaborativa)          • Análise e produção de tabelas, quadros comparativos, linhas do tempo.          • Produção de resumos, textos argumentativos, relatos, relatórios.          • Análise de filmes e documentários.          • Trabalhos individuais e em grupo.   Avaliação:          • A avaliação será processual e contínua, privilegiando os saberes trabalhados durante o bimestre.          • Trabalhos, organização do caderno e tarefas          • Avaliação bimestral -+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-
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Eixo: Europa e outros espaços - poder, cultura e sociedade           Temas e Conteúdos: A expansão europeia          • Mundo além:                - Expansão marítima portuguesa;                - Expansão marítima espanhola;          • América:                - Pré-colombiana (Astecas, Maias, Incas, Brasil);                - Brasil colonial;   Questões geradoras:          • Por que a Europa se lança em busca de novas terras?          • Como era a América antes da chegada dos Europeus?   Expectativas de aprendizagem:          • Conhecer os avanços científicos e o pioneirismo ibérico nas navegações.          • Identificar a descoberta de novas rotas e novas culturas: o Oriente e a América.          • Conhecer os povos que habitavam a América antes da chegada dos europeus: sociedade, cultura e cotidiano.          • Reconhecer os processos de lutas por conquista, as formas de resistência e as formas de dominação das populações americanas.          • Construir linhas do tempo localizando acontecimentos relativos à expansão marítima e descobertas em datações cronológicas.          • Organizar quadros cronológicos contendo síntese dos processos históricos de conquista da América.          • Reconhecer conceitos históricos povos pré-colombianos, encontro de culturas, conquista, resistência, escravidão.          • Obter informações em diferentes tipos de fontes (entrevistas, pesquisa bibliográfica, imagens etc.) e organizar registros.          • Comparar informações, argumentos e pontos de vista obtidos nos diferentes tipos de fonte (documentos e bibliografia).          • Propor questões históricas no contato com as fontes e elaborar respostas/hipóteses.          • Construir registros e produções escritas e em diversas linguagens a partir de informações de fontes e documentos.          • Desenvolver e fundamentar argumentações expressando opinião sobre questões históricas.           Estratégias:          • Aula expositiva e dialogada com a participação dialógica dos alunos.          • Uso do livro didático          • Leitura (compartilhada e colaborativa)          • Análise e produção de tabelas, quadros comparativos, linhas do tempo.          • Produção de resumos, textos argumentativos, relatos, relatórios.          • Análise de filmes e documentários.          • Trabalhos individuais e em grupo.   Avaliação:          • A avaliação será processual e contínua, privilegiando os saberes trabalhados durante o bimestre.          • Trabalhos, organização do caderno e tarefas          • Avaliação bimestral -+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-+=-
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