Recentemente falamos sobre as 10 Profissões do Futuro e como te podes preparar para elas. Porém paramos para pensar, como serão as Universidades do Futuro que irão preparar os estudantes nos próximos 5, 10 e 20 anos?
A Universidade de Nova Iorque (NYU, da sigla em inglês) propôs a professores, estudantes e empreendedores a missão de colocar no ponto de vista de cada um como seria a Universidade do Futuro. O presidente da NYU, John Sexton, o professor da Escola de Negócios de Harvard, Clayton Cristensen e Zach Sims, CEO da Codecademy, foram questionados de como a inserção da Tecnologia na Educação impacta no modelo tradicional de educação e tendências com aprendizado online.
Depois desta atividade, muitas ideias surgiram e uma coisa ficou claro para todos “Vivenciamos um momento de radical reestruturação do ensino superior. O status quo não é mais uma opção”, diz Sexton. Confere algumas das previsões para ver se estás preparado para essas mudanças.
A Tecnologia e a Universidade do Futuro
De acordo com as previsões, com o impacto e a necessidade da inserção da tecnologia no processo de educação, as universidades irão passar por diversas transformações, não somente físicas mas também na forma de ensinar. Isso não significa que a universidade como conhecemos hoje irá desaparecer mas muita coisa irá mudar.
1. Descobrindo Novos Talentos
Atualmente muitos talentos são perdidos pois não sabemos identificá-los ou estimulá-los. “Se soubermos utilizar a tecnologia de forma apropriada, poderemos transformá-la numa identificadora de talentos”, fala Sexton.
A Tecnologia pode ajudar na gestão acadêmica oferecendo orientações capazes de identificar e apoiar bons estudantes de qualquer parte do mundo, especialmente aqueles que têm menos recursos para acessar uma boa universidade. As novas tecnologias também podem ajudar com que haja uma maior igualdade de acesso ao conhecimento através de treinamentos online, da democratização e do compartilhamento de informações.
2. Diversas Opções vão tirar alunos das Universidades
Muitas das universidades que existem hoje são caras e as gratuitas não têm capacidade para todos. Podemos fazer um paralelo com o ciclo de um produto “Inicialmente, produtos e serviços são caros e complicados. Apenas os ricos têm acesso a eles”, fala citando o caso dos primeiros computadores e TV’s liberados para parte da população americana durante as décadas de 50 e 60. “Depois, de forma lenta mas segura, mais pessoas começam a migrar para a nova inovação. Essa mesma lógica pode ser aplicada à educação”, diz Cristensen.
Em alguns anos, as soluções de EAD serão viáveis para muitas pessoas. Esse é o caminho da democratização da educação. Estudar online também será uma realidade para muitos. Segundo Christensen, “As primeiras pessoas que se aventuraram no ensino online eram aquelas que não tinham condições de frequentar instituições de prestígio como a NYU. Para elas, a opção do ensino à distância era melhor do que nada”.
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3. Mais prática do que teoria
Estudos apontam atualmente que dos alunos que concluem qualquer curso de graduação, dois terços deles precisam de informações que permitirão que acessem o mercado de trabalho. As universidades devem se preocupar mais em preparar os estudantes para a vida real, ou seja, oferecer testes e simular o que eles irão encontrar na realidade fora da instituição de ensino.
“Nós ainda estamos focados em oferecer um modelo de cursos de dois a quatro anos de duração que não trabalha as habilidades que as pessoas precisam desenvolver para buscar um emprego ”, diz Sims do Code Academy.
Muitos cursos já começam a inserir programas onde o aluno irá olhar além da teoria e aprenderá na prática. Mas muitos não consideram isso suficiente, então fica o desafio das instituições em conjunto com professores e alunos desenvolverem um trabalho conjunto e propor uma solução eficaz.
4. Estudar será uma experiência descentralizada
“À princípio, quando as universidades surgiram, quando o estudante queria ouvir alguém falar era preciso estar na mesma sala do interlocutor, quando se queria ter acesso a um livro, era necessário ir até a biblioteca. Mas isso já não faz mais sentido”, Wenger.
Pensando nisso, se pararmos para pensar hoje temos acesso a milhares de bibliotecas virtuais, ebooks e compartilhamento de informações que acabam com possíveis barreiras físicas. Cada vez mais com o avanço da tecnologia novas ideias surgiram para oferecer uma nova experiência universitária.
5. A Universidade do Futuro não se parece com a Universidade do Presente
“Se pensar na universidade atual, logo vai pensar nas estruturas rígidas que fazem parte da rotina acadêmica: a ideia de classe, de curso, de disciplinas, de crédito, de departamento. No entanto, nenhuma delas é algo real. O que é real são os alunos. O conhecimento das coisas é real. Ser capaz de fazê-las também é algo real. As pessoas, no futuro, vão encontrar formas alternativas de ensinar essas coisas. É a partir desse processo que o disruptivo aparecerá”, comenta Shirky.
Alguns projetos já mostram como pode ser a Universidade do Futuro, o projeto Polymath, é um dos exemplos citados por Shirky. Ela se diferencia das demais universidades digitais por “focar em educar os alunos para concluir um projeto, não com diversas disciplinas”.
6. Investimentos serão pagos no futuro
Muitas vezes, o investimento necessário para concluir um curso superior torna-se uma barreira para se estudar e principalmente nos dias de hoje onde ter um diploma não significa que encontrarás um emprego depois da universidade.
Andre Dua da consultoria McKinsey & Company, aconselha os governos locais a estimularem as universidades a criar programas de financiamento a educação e programas de inclusão imediata do universitário no mercado de trabalho. O rendimento do investimento pagará a educação do futuro.
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