ARBOVIROSES

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Medicina FlashCards sobre ARBOVIROSES, criado por Juliana Alfer em 26-01-2019.
Juliana  Alfer
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Juliana  Alfer
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Resumo de Recurso

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DENGUE Introdução - Agente: Flavivírus - Sorotipos: 5 - Incubação: 3 a 15 dias (média 5-6 dias) - Transmissibilidade: 1 dia antes do aparecimento da febre até o 6º dia (período de viremia) - Imunidade é permanente para um MESMO sorotipo (homóloga) - Imunidade é parcial e subneutralizante para um sorotipo DIFERENTE (heteróloga) - Todo caso suspeito deve ser notificado à VIEP, sendo imediata a notificação da dengue grave
Manifestações clínicas da Dengue A primeira manifestação é a febre, geralmente alta (39ºC a 40ºC), de início abrupto, associada à cefaléia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retroorbitária. O exantema clássico, presente em 50% dos casos, é predominantemente do tipo máculo-papular, atingindo face, tronco e membros de forma aditiva, não poupando plantas de pés e mãos, podendo apresentar-se sob outras formas com ou sem prurido, frequentemente no desaparecimento da febre
Confirmação laboratorial da dengue - Sorologia: a partir do 6º dia IgM - após 5º dia IgG - após 9º dia (dengue primária) - Isolamento viral: NS1 (melhor no 1º ao 3º dia, mas é feito até o 5º dia) - alta especificidade
Fases da dengue 1) Fase Febril: sintomas "clássicos", exantema dura 36h-48h 2) Fase crítica: 3º-7º dia (defervescência) podem surgir sinais de alarme pelo extravasamento de líquido 3) Recuperação: reabsorção do líquido
Classificação da dengue - Dengue - Dengue com sinais de alarme - Dengue grave: disfunção de órgãos, choque, desconforto respiratório
Sinais de alarme da dengue Dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, pericárdico), irritabilidade, sonolência, hepatomegalia dolorosa, aumento progressivo do Ht, sangramento de mucosas, hipotensão postural, litotímia, diminuição da diurese, queda abrupta das Pqt, desconforto respiratório, hipotermia/ queda abrupta da temperatura
Sinais de choque Hipotensão arterial, PA convergente (diferença entre PAd e PAs < 20), choque, pulso rápido e fino, enchimento capilar lento (> 2 seg)
O que fazer com pacientes SEM sinais de alarme?
Prova do laço Fazer, obrigatoriamente, em todo paciente que não apresenta sangramentos. 1 - Verifica PA e calcula PAM: (PAs + PAd)/2 2 - Insuflar o manguito até a PAM e manter por 5 min (adultos) e 3 (crianças) 3 - Desenhar um quadrado de 2,5 cm de lado no antebraço e contar quantas petéquias se formaram POSITIVO = > 20 petéquias (adultos)/ > 10 (crianças)
O que fazer com o Grupo A? SEM: sangue, alarme, comorbidade, risco. Acompanhamento ambulatorial. Reavaliar diariamente até sair da fase crítica: isolamento viral/sorologia Hidratação oral enquanto aguarda atendimento médico. Sintomáticos: analgésicos e antitérmicos; antieméticos; antipruriginosos.
O que fazer com o Grupo B? COM: sangue/prova do laço + OU comorbidade OU risco social SEM sinais de alarme Reavaliação clínica e laboratorial diária. Obrigatório sorologia/isolamento viral Avaliar Ht - é o que guia a conduta. Hidratação oral e Sintomáticos (mesmos do grupo A)
O que fazer com pacientes COM sinais de alarme?
O que fazer com o Grupo C? (Dengue com sinais de alarme) Internar por no mínimo 48h. Exames obrigatórios: hemograma, TGO, TGP, Albumina, RX tórax, USG abdome, sorologia/isolamento viral Reposição volêmica
O que fazer com o Grupo D? (Dengue Grave) UTI Mesmos exames do Grupo C O2, acompanhar hidratação pelo Ht, diurese e sinais vitais (risco de hiper-hidratação)
Indicações para internação hospitalar na dengue? - Presença de sinais de alarme - Plaquetas < 20.000 - Recusa de alimentos e líquidos - Comprometimento respiratório - comorbidades descompensadas - Impossibilidade de seguimento ou retorno na UBS
Critérios de alta hospitalar na dengue? - Ht normal e estável por 24h - Estabilização hemodinâmica durante 48h - Ausência de febre por 48h - Plaquetas em elevação e acima de 50000 - Melhora visível do quadro clínico
Dengue e gestação? Transmissão vertical: - 1º trim = maior chance de aborto - 3º trim = TPP Quanto mais próximo ao parto a paciente é infectada, maior é a chance do RN apresentar ao nascer quadro de infecção por dengue
Medicamentos indicados e contraindicados na dengue? INDICADOS: - Analgésicos: dipirona e paracetamol - Antieméticos: metoclopramida, bromoprida - Antipruriginosos: dexclorfeniramina, hidroxizine CONTRAINDICADOS : - AAS, AINE (ibuprofeno, cetoprofeno, diclofenaco, nimesulida
CHICUNGUNYA Introdução Agente etiológico: CHIKV (Tagoviridae) Viremia persiste por até 10 dias após manifestações clínicas Incubação: 3 a 7 dias 70% sintomáticos! Transmissão vertical: 49% no parto, não há risco no aleitamento materno Notificar todos os casos suspeitos à VIEP
Fases da Chicungunya? - Aguda: febril, dura 10 dias - Subaguda: persistência das dores articulares por até 3 meses - Crônica: a partir de 3 meses, até 3 anos
Manifestações clínicas da fase AGUDA da CHIKG? Febre de início súbito e surgimento de intensa poliartralgia (90%), com dores nas costas, cefaleia e fadiga, com duração média de 7 dias. Tenossinovite, artrite, derrame articular* Exantema maculopapular (50%), no 2º- 5º dia. Atinge principalmente o tronco e as extremidades (incluindo palmas e plantas), podendo atingir a face. O prurido (25%) pode ser generalizado ou apenas localizado na região palmo-planta
Manifestações clínicas da fase SUBAGUDA da CHIKG? Febre desaparece. Pode ter persistência ou agravamento da artralgia, como edema. Podem estar presentes também nesta fase astenia, prurido generalizado e exantema maculopapular, além do surgimento de lesões purpúricas, vesiculares e bolhosas
Manifestações clínicas da fase CRÔNICA da CHIKG? Acometimento articular persistente ou recidivante nas mesmas articulações atingidas durante a fase aguda, caracterizado por dor com ou sem edema, limitação de movimento, deformidade e ausência de eritema.
Uso de corticoides na CHIKG? Está indicado apenas para os casos com dor articular subaguda e crônica não responsiva a AINE e analgésicos, em pacientes com dor moderada a intensa, poliarticular, debilitante. OU onde haja evidência de processo inflamatório articular, com dor associada a edema (não é habitual a presença de sinais flogístico como calor e rubor)
ZIKA Introdução Agente etiológico: ZIKA (Flavivirus) Vetor: mosquitos da família Aedes Transmissão: vetorial, perinatal, sexual, transfusão sanguínea, LCR, LA Incubação: 3 a 6 dias
Quadro clínico da ZIKA? Febril autolimitada (por 3-6 dias). Os sintomas comuns da infecção pelo vírus incluem febre baixa (entre 37,8ºC e 38,5ºC), conjuntivite não purulenta, cefaleia, artralgia normalmente em mãos e pés, em alguns casos com inflamações das articulações, fatiga ou mialgia, astenia, rash maculopapular e, com menos frequência, dor retro-orbital, anorexia, vômitos, diarreia e dor abdominal, aftas.
Detalhes sobre os sintomas da ZIKA? 80% assintomáticos Imunidade vitalícia Os sintomas desaparecem em 3 a 7 dias, porém alguns pacientes podem persistir com artralgia por cerca de 1 mês Relacionada com Síndrome de Guillain-Barré.
Síndrome de Guillain-Barré? Polirradiculopatia desmilielinizante inflamatória aguda, de caráter autoimune, que geralmente atinge os nervos motores. Ela ocorre após infecções, geralmente virais. sensação de formigamento, começando em extremidades inferiores, acompanhada por fraqueza muscular de maior intensidade em pernas, porém pode também acometer os braços. Pode haver dor à palpação da musculatura. O sintoma de fraqueza progride podendo acometer inclusive a musculatura respiratória. Dentre os sintomas podem ocorrer ainda, parestesias, perda do controle de esfincteres, incapacidade para deambular, assimetria da marcha, fraqueza ascendente, alterações de sensório, depressão do reflexo tendinoso profundo.
Diagnóstico laboratorial da ZIKA? A sorologia para detecção de anticorpos IgM contra o vírus Zika, usando os testes de ELISA e de IF, deve ser realizada a partir do 5º dia após o início dos sintomas. Padrão ouro: detecção da partícula viral por biologia molecular (reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa RT-qPCR)
ZIKA na gestação?

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