Hemoterapia (parte 5)

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Reações adversas da transfusão
Lucas Arraes
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Resumo de Recurso

Questão Responda
1) O que é reação transfusional? Qualquer efeito indesejável que ocorre durante ou após a transfusão sanguínea, e a ela relacionado.
2) Como as reações transfusionais são classificadas quanto ao tempo? São classificadas em imediatas, em que a reação ocorre durante ou até 24 horas do início do ato transfusional, e tardias, em que a reação ocorre após esse período.
3) As reações transfusionais também podem ser divididas em causas tipo imune e não-imune. Cite as principais RTs, classificando pelo tempo e tipo. Imediata imune --> RHAI, RFNH, reação alérgica, TRALI Imediata não-imune --> RH não imune, TACO e contaminação bacteriana Tardia imune --> RH tardia, GVHD, aloimunização Tardia não imune --> hemocromatose, infecções
4) No Brasil, quais são as RTs mais prevalentes? e as com maior mortalidade? Prevalentes --> RFNH, reação alérgica, aloimunização > mortalidade --> TRALI, TACO e RHAI
5) Na RHAI ocorre destruição das hemácias por causa imune. Explique a fisiopatologia principal e os modos como essa hemólise pode ocorrer. Fisiopatologia --> hemácias do doador são destruídas por acs pré-existentes do receptor. Se houver incompatibilidade ABO (mediada por IgM), ocorre hemólise intravascular (no vaso) . Já se for incompatibilidade de outro sistema (mediada por IgG), ocorre hemólise extravascular (no SRE).
6) Quais as principais causas de RHAI? Como prevenir? As principais causas são: troca de pacientes, troca de amostra e hemocomponentes errados (todos erros humanos). Prevenção: dupla conferência, identificação com código de barras, automatização.
7) Quais são as principais manifestações clínicas da RHAI? Febre, tremores, dor no local de infusão, torácica e lombar, dispneia, hipotensão, taquicardia, hemoglobinemia, urina escura, IRA e CIVD.
8) Qual deve ser a conduta laboratorial e clínica da RHAI? Laboratorial --> hemoglobinemia, hemoglobinúria, haptoglobina reduzida, DHL e BI aumentadas, positividade dos testes pré e pós-transfusionais, TAD +, fazer cultura da bolsa e receptor (resulta negativa). Clínica --> hidratação vigorosa + diurético, manutenção da PA e dar hemocomponentes necessários.
9) Quais são os critérios de insuficiência respiratória aguda associada à transfusão (TRALI)? - Evento agudo, até 6 horas após transfusão; - IRA com hipoxemia <90% em ar ambiente; - Rx de tórax indica infiltrado bilateral; - Nenhuma evidência de edema pulmonar ou insuficiência ventricular esquerda; - Nenhuma outra causa de injúria pulmonar.
10) Explique a fisiopatologia da TRALI. Acs do doador contra antígenos presentes nos leucócitos do doador (HLA, HNA). Como o pulmão possui muitos neutrófilos, esse órgão é mais acometido.
11) Qual a conduta laboratorial e clínica para TRALI? Laboratorial --> afastar outras causas, Rx de tórax, ecocardio, pesquisa de acs anti-leucocitários em doador/receptor. Clínico --> suporte respiratório.
12) Como evitar TRALI? Exclusão de PFC e plaquetas de doadores do sexo feminino multíparas e doares associados à TRALI, pois tem maior chance de ter acs anti-leucocitários.
13) Quais são os critérios para diagnóstico de sobrecarga volêmica (TACO)? Hipertensão, taquicardia, insuficiência ventricular esquerda, aumento do PVC, dispneia, tosse, Rx com edema pulmonar, balanço hídrico positivo, aumento de BNP, até 6 horas.
14) Qual é a conduta clínica em caso de TACO? Sentar o paciente, suporte respiratório e diuréticos.
15) Quais são os grupos de risco para TACO? Como prevenir? Os principais grupos de risco são: crianças e pacientes com ICC, IRC e anemia crônica. Para evitar TACO, devemos realizar a transfusão lenta (até 4 horas), fracionada e diuréticos.
16) Qual é a definição de reação alérgica e qual sua fisiopatologia? Definição --> 2 ou mais sinais de alergia em até 4 horas após transfusão. Fisiopatologia --> acs do receptor contra proteínas plasmática do doador, levando ao aumento da permeabilidade vascular. Pode ocorrer também a infusão direta de subst. vasoativas. Reações graves estão associadas à deficiência de IgA do receptor (pois ocorre produção de anti-IgA).
17) Quais os sinais e sintomas da reação alérgica (quanto à gravidade)? Leve --> prurido, urticária, febre Moderada --> edema de glote, edema palpebral, broncoespasmo, vômitos, diarreias e arritmias Grave --> choque anafilático
18) Como é feito o tratamento das reações alérgicas? Se leve --> anti-histamínico Se grave --> anti-histamínico, corticoide, adrenalina
19) Como realizar profilaxia para reações alérgicas? Deve-se realizar lavagem do hemocomponente (CH), diminuir quant. de plasma em CP, administrar sangue de doadores com deficiência de IgA e pré-medicação.
20) Qual é a definição de reação febril não hemolítica? quando devemos considerá-la? RFNH é o aumento de 1ºC associado a transfusão e sem outra causa. Pode ter tremores, calafrios e mal-estar. Só deve ser considerada quando há febre E exclusão de RHAI e contaminação bacteriana.
21) Qual é a fisiopatologia da RFNH? Interação de acs do receptor com antígenos nos leucócitos ou plaquetas do doador OU infusão de citocinas pró-inflamatórias acumuladas na bolsa.
22) Quais são os grupos de risco para RFNH? Como prevenir? Multíparas, politransfundidos, polimorfismo IL-1B e receptores de hemocomponentes não leucorreduzidos. Prevenção --> Leucorredução e pré-medicação.
23) O que é a contaminação bacteriana? Qual é o hemocomponente mais comumente afetado? É a introdução de bactérias no hemocomponente no momento de coleta ou armazenamento. O principal HC afetado são as plaquetas (devido temperatura de armazenamento).
24) Qual é o quadro clínico das contaminações bacterianas? Febre > 39ºC (aumento >2ºC), calafrios, náuseas, vômitos e diarreia, hipotensão arterial. Na fase final, temos choque séptico, oligúria e CIVD.
25) Como deve ser a conduta laboratorial na contaminação bacteriana? Deve-se descartar outras causas (RHAI pelo testes imunohematológicos) e fazer culturas da bolsa e receptor. A contaminação só é confirmada se bactéria da bolsa e do receptor for a mesma.
26) Qual a conduta clínica nas contaminações bacterianas? Realizar medidas gerais, tratamento sintomático para choque e CIVD e antibioticoterapia de largo espectro.
27) O que é RH não imune? Pelo o que é causada? E como diferenciá-la laboratorialmente a RHAI? É um quadro de hemólise intravascular de causa não imune, desencadeada por fatores físicos ou químicos. Na RH não imune o TAD é negativo, já na RHAI o TAD é positivo.
28) Cite os 10 passos a serem realizados como condutas em RTs imediatas. 1) Interromper a transfusão; 2) Manter acesso venoso com SF 0,9%; 3) Verificar se o componente foi corretamente administrado ao paciente destinado; 4) Verificar sinais vitais; 5) Comunicar médico do paciente e notificar ao serviço de hemoterapia; 6) Avaliar se ocorreu reação e procurar classificá-la para melhor conduta; 7) Enviar novas amostras do paciente, quando indicado, hemocomponente e equipo ao serviço de hemoterapia; 8) Quando indicado, enviar amostras de sangue e urina do paciente ao lab; 9) Registrar no prontuário; 10) Não reinfundir o hemocomponente.
29) Quais são os exames a serem realizados com as amostras que chegaram ao banco de sangue? - Repetir testes pré-transfusionais de bolsa e receptor na amostra pré-transfusional. - Realizar testes também na amostra pós-transfusional, incluindo TAD. - Realizar cultura da bolsa e do receptor.
30) O que indica caso os testes pré-transfusionais estejam alterados? E se houver positividade da cultura? E se não houver alteração em qualquer teste? Alteração dos testes pré-transfusionais indica RHAI; Positividade da cultura indica contaminação bacteriana; se não houver alterações, considera-se RFNH.

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