Dez passos de supervisão de Gordon (2012)

Descrição

Gordon, P. K. (2012) Ten steps to cognitive behavioural supervision. The Cognitive Behaviour Therapist, 5(4), 71-82. DOI: 10.1017/S1754470X12000050
Fabiana gauy
FlashCards por Fabiana gauy, atualizado 8 meses atrás
Fabiana gauy
Criado por Fabiana gauy 8 meses atrás
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Resumo de Recurso

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DEZ passos para supervisão de Gordon (2012) 1. Esclareça a questão de supervisão (Procure fazer uma pergunta clara que promova o aprendizado) 2. Obtenha informações básicas relevantes (Seja breve e estruturado) 3. Solicite um exemplo do problema (Isso geralmente inclui ouvir um trecho da fita da sessão) 4. Verifique o entendimento atual do supervisionado (Isto estabelece a sua competência atual e dá uma indicação da ‘zona de aprendizagem’ onde a supervisão deve funcionar) 5. Decida o nível ou foco do trabalho de supervisão 6. Utilize métodos de supervisão ativa (Role-play, modelagem, experimento comportamental, diálogo socrático) 7. Verifique se a pergunta de supervisão foi respondida (Incentivar o supervisionado a refletir e consolidar o aprendizado) 8. Formate um plano de ação relacionado ao cliente (Formalize como o aprendizado será usado na terapia) 9. Estabeleça um plano de ação (Discuta o que pode ser feito para desenvolvimento de competências) 10. Obtenha feedback sobre a supervisão (Verifique se há problemas na aliança de supervisão ou pontos de aprendizagem para o supervisor)
PASSO 1:Esclareça a questão de supervisão (Gordon, 2012) Como fazer: (a) definir uma questão útil, relevante e estimulante que a supervisão pode então tentar responder (b) explicitar antes da supervisão; (c) dar foco na discussão do caso, a partir da pergunta a ser respondida; (d) usar/conectar a questão associada as metas da supervisão; e (e) o supervisor deve julgar o valor das questões que lhe são apresentadas
PASSO 1: Esclareça a questão de supervisão (Gordon, 2012) Porque que fazer: (a) dar clareza do objetivo da discussão; (b) promover uma postura ativa no supervisionado e fortalece a aliança de trabalho; (c) promover aprendizado; e (d) possibilitar que o supervisor julgue as informações e materiais de que precisarão para melhor compreender e responder melhor ao problema. Alerta: É importante o supervisor ficar atento aospontos cegos, e estar preparado para assumir um papel ativo na definição do tema a ser abordado
PASSO 1: Esclareça a questão de supervisão (Gordon, 2012) (1) Perguntas informativas: “quem, o quê, porquê e quando?” (Ex.: quando aplicar o instrumento X ?, Quem é o alvo da intervenção?, O que fazer quando...?, Por que usar ...? Papel do supervisor: (a) para terapeutas sem experiência ou novatos - conselhos de especialistas/ didático; (b) terapeutas novatos avançados a experientes - supervisor pode converter a questão informativa numa questão de aprendizagem, ou construir uma resposta junto com o(s) supervisionando(s). 2. Pergunta de solicitação de feedback: "Será que fiz certo? ", " Usei a técnica adequada?" Papel do supervisor: dar feedback corretivo, que é um componente essencial de todo aprendizado e deve ser utilizado explicitamente na supervisão, de acordo com o nível de competência do supervisionando.
PASSO 2: Obtenha informações básicas relevantes (Gordon, 2012) Como fazer: (a) preparação prévia dos supervisionados para fornecerem informações essenciais para a sua pergunta; (b) organização do material a ser discutido; (c) Regra dos 3 minutos de Padesky (2002) para falar as informações básicas; (d) oferecer um modelo de informações básicas a serem apresentadas para o supervisor (problema, avaliação, tratamento e progressos/obstáculos); e (e) supervisores devem restringir a sua curiosidade e usar o princípio da “necessidade de saber”, reunindo apenas as informações que colocam o questão em seu contexto clínico e relevante para sua tarefa
PASSO 2: Obtenha informações básicas relevantes (Gordon, 2012) Porque fazer: (a) isso faz com que o supervisionado pense sobre o problema e seja um participante ativo; (b) estabelece um limite de tempo para descrição de casos garante que a supervisão seja utilizada principalmente para aprendizagem ativa; e (c) favorece a gestão e uso do tempo da supervisão .
PASSO 3: Solicite um exemplo do problema (Gordon, 2012) Como fazer: (a) Uso de registro de sessão: O supervisor pode ouvir um breve trecho de cerca de 5 minutos. Supervisor: breve resumo dos pontos positivos ou fortes observados no extrato gravado. Problema: pouco usado de forma regular (6–20%) - ansiedade de desempenho por parte do supervisionando; consentimento do paciente; cultural. Solução: Uso rotineiro de sessão gravada. (2) Fontes complementares de informação podem incluir a revisão das reações pessoais do terapeuta, a leitura de suas anotações escritas ou o uso de dramatizações, com o terapeuta adotando o papel de seu cliente.
PASSO 3: Solicite um exemplo do problema (Gordon, 2012) Por que fazer: Isso fornece informações ricas sobre o cliente e sobre as habilidades e abordagem do terapeuta, ao mesmo tempo ilustra a interação terapeuta-cliente.
PASSO 4: Verifique o entendimento atual do supervisionado (Gordon, 2012) Como fazer: Obter a compreensão do supervisionado sobre o problema ou dificuldade antes da supervisão e no contexto do que já sabe sobre o cliente (formulação do caso, diagrama cognitivo). Ver ‘Roteiro de Supervisão’ de Padesky ( 1996).
PASSO 4: Verifique o entendimento atual do supervisionado (Gordon, 2012) Porque fazer: (a) Ao saber o que supervisionado sabe faz com que o supervisor foque nas lacunas de conhecimentos ou competências (Zona de Desenvolvimento Proximal de Vygotsky); e (b) Em ambientes de formação, ou situações em que o supervisor é obrigado a avaliar a competência do supervisionado este passo ajuda a avaliar a linha de base de conhecimentos da pessoa e a sua habilidade na aplicação de modelos.
PASSO 5: Decida o nível ou foco do trabalho de supervisão (Gordon, 2012) Como fazer: (a) Seguindo os passos 1 a 4 saberemos o que precisa ser abordado e que tipo de aprendizagem; (b) Avalie como conseguir isso considerando os diferentes níveis de forma aberta e deliberada, a fim de salvaguardar contra quaisquer pontos cegos ou evitação por parte do supervisor ou do supervisionado; e (c) Decidam quais podem ser mais relevantes para o problema atual (ver Lewis, 2012)
PASSO 5: Decida o nível ou foco do trabalho de supervisão (Gordon, 2012) Porque fazer: A decisão do foco de trabalho pode modelar o processo terapêutico e deve ser colaborativo e equilibrar o foco sugerido pelo supervisionado com a avaliação do supervisor sobre as necessidades atuais de desenvolvimento do supervisionado e um julgamento sobre os melhores interesses do cliente.
PASSO 6: Utilize métodos de supervisão ativa (Gordon, 2012) Como fazer: Os métodos a serem utilizados na supervisão devem ser incluídos no contrato de supervisão. É importante discutir com o supervisionando o método que será usado para resolver sua questão, que pode variar em métodos de trabalho comportamentais e verbais, como: (a) observação ao vivo e gravada; (b) dramatização e demonstrações; (c) co-terapia; (d) estratégias de mudança pessoal, como experimentos comportamentais; (b) uso de discussão de casos auxiliando a reflexão do supervisionado, conectando ligações teoria/prática e gerando novas ideias de intervenção. Os registros de supervisão devem sempre constar o método utilizado, e o tema discutido, permitindo auditoria e revisão contínuas de a supervisão. Semana após semana, deve haver uma discussão explícita com o supervisionado sobre o método que será usado para resolver sua questão (provavelmente em conjunto dos outros 5 passos).
PASSO 6: Utilize métodos de supervisão ativa (Gordon, 2012) Por que usar: O uso de diferentes métodos tem mais alcance pedagógico do que usar a discussão como método padrão. Existem dois pontos-chave aqui. Primeiro, os supervisores eficazes assumirão o compromisso de use métodos ativos. Em segundo lugar, procurarão aperfeiçoar a atividade para que responda às pergunta do supervisionado e atenda às necessidades de aprendizagem que foram identificadas. Vale ressaltar aqui que um único método, como a dramatização, pode ser usado em diversas situações (e.g. servir para ilustrar o problema, ajudar o supervisionado a obter nova compreensão da perspectiva do cliente, modelar habilidades, e praticar novas habilidades) possibilitando feedback do supervisor.
PASSO 7: Verifique se a pergunta de supervisão foi respondida (Gordon, 2012) Como fazer: Após a conclusão da parte ativa da supervisão, precisamos verificar o que foi aprendido: (a) resumo do que foi trabalhado; (b) encorajar reflexão como parte deste processo- ‘Você obteve alguma ideia nova do que fazer?" e 'O que você aprendi que pode me ajudar com futuros clientes?'; e (c) depois retorne à pergunta inicial perguntando: 'Como você vê o problema agora?,
PASSO 7: Verifique se a pergunta de supervisão foi respondida (Gordon, 2012) Porque fazer: Ao fazer isso o resumo e encorajar reflexões e voltar a pergunta segue-se o ciclo de aprendizagem de adultos de Kolb : da experiência concreta à observação e reflexão, associada a formação de conceituações mais abstratas e generalizações.
PASSO 8: Formate um plano de ação relacionado ao cliente (Gordon, 2012) Como fazer: Focar nas mudanças de atitudes do terapeuta dentro da terapia. Para facilitar esse tipo de experimento de mudança, o supervisor deve perguntar ‘Como você acha que pode agora colocar essas ideias em prática?", "Que plano de ação específico você pode pensar ter diante do que foi conversado"?
PASSO 8: Formate um plano de ação relacionado ao cliente (Gordon, 2012) Porque fazer: O modelo de Kolb propõe uma fase final do ciclo, nomeadamente testar as implicações dos conceitos em novas situações. Por outras palavras, novas percepções têm de ser traduzidas em novos comportamentos que passam por uma autoavaliação
PASSO 9: Estabeleça um plano de ação (Gordon, 2012) Como fazer: (a) estabelecer de forma colaborativa; (b) conectar plano de ação com as metas e o que foi discutido no dia; e (c) acompanhar e checar o plano atribuído no próximo encontro no momento do aquecimento.
PASSO 9: Estabeleça um plano de ação (Gordon, 2012) Porque fazer: Tem objetivos educativos preencher lacunas que foram identificadas (conhecimento ou habilidade) no supervisionando, podendo ser indicado leitura ou experimentos; e promover ou consolidar uma aprendizagem mais generalizada.
PASSO 10: Obtenha feedback sobre a supervisão (Gordon, 2012) Como fazer: Verificar ao final de cada encontro, de forma explícita e rotineira: (a) a utilidade do encontro supervisionado - "De tudo que conversamos hoje o que você aprendeu hoje? ", "O que foi mais importante? "; e/ou (b) quaisquer problemas que surjam dentro da própria supervisão - "Do que vimos hoje, houve algo que gerou desconforto em você ou que você não gostou/concorda? ".
PASSO 10: Obtenha feedback sobre a supervisão (Gordon, 2012) Porque fazer: O feedback auxilia o supervisor na compreensão do que está sendo apreendido pelo supervisionando e orienta o trabalho futuro (função formativa); e dá ao supervisionando uma sensação de envolvimento e positividade, e caso contrário, um reparo pode ser necessário (função restauradora)

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