EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM

Descrição

FlashCards sobre EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM, criado por Rosangela Mota em 06-08-2016.
Rosangela Mota
FlashCards por Rosangela Mota, atualizado more than 1 year ago
Rosangela Mota
Criado por Rosangela Mota mais de 8 anos atrás
51
1

Resumo de Recurso

Questão Responda
No Brasil, como em todo o mundo, a discussão sobre a promoção da saúde e o autocuidado tem sido fortalecida. Hoje, não basta aos profissionais saber lidar com as técnicas e tecnologias. É preciso que sejam capazes de dar respostas efetivas às necessidades de saúde para além daquelas de natureza biológica. Para que seja possível realizar um cuidado que atenda ao princípio da integralidade, é necessário formar profissionais com habilidade para ouvir e compreender as demandas dos indivíduos e comunidades e propor soluções dentro de um modelo de cooperação. O conhecimento sobre a educação, seu agentes e a forma como está organizada no país pode ajudar os profissionais de Enfermagem a assumir um papel estratégico em sua própria formação, bem como na proposição de práticas educativas mais transformadoras.
Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação (Carlos Rodrigues Brandão). O termo educação vem do latim e origina-se do verbo educere, que significa “levar, conduzir para fora, guiar”, além da palavra educare, que primitivamente significava “sustentar, alimentar, criar” (Ghiraldelli Jr., 2003).
Para o pensamento liberal, a função da educação é: Preparar o indivíduo para o desempenho de papéis de acordo com as aptidões individuais. Para isso, os indivíduos precisam aprender a adaptar-se aos valores e as normas vigentes na sociedade de classes, através do desenvolvimento da cultura individual (Libaneo, 1989). De acordo com a Pedagogia de Paulo Freire, a educação tem como base a valorização da experiência vivida, definida como um ato político, como direito à cidadania. Freire afirmava que “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, as pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo mundo” (Freire, 1987).
Jaques Delors, no relatório que elaborou para UNESCO em 1996, afirmou que o conceito de educação deveria ser ampliado e a que a sua missão consiste em permitir que todos, sem exceção, façam frutificar seus talentos e suas potencialidades criativas. Isso implica, por parte de cada um, a capacidade de assumir sua própria responsabilidade e de realizar seu projeto pessoal. Mesmo com tantos significados, em qualquer concepção a educação envolve: Um processo; A interação social; A intencionalidade.
A intencionalidade da transformação através da educação pode ser oriunda tanto daquele que deseja transformar-se, ou seja, do sujeito do processo educativo, como daquele que se propõe a apoiá-lo. Se considerarmos o grau de interação e intencionalidade para provocar mudanças através da educação, podemos classificar os processos educativos de duas formas. Formais: Quando a intenção de se promover a educação está fortemente orientada para atender a regulamentação do sistema educacional, dos currículos oficiais, no contexto escolar. É intencional, sistemática e institucionalizada.
Informais: Quando ocorrem processos educativos independentemente de intenção e interação educativas. Não são sistemáticos e nem estão institucionalizados. Pode haver algum nível de intencionalidade em determinados contextos, como por exemplo, na educação transmitida pelos pais, no convívio com amigos, na participação em eventos culturais e outros. Alguns autores ainda adotam uma categoria intermediária não formal, para classificar os processos educativos em que a intencionalidade e a interação embora presentes, mas não são orientadas por normas definidoras da ação pedagógica.
No Brasil, a educação como um projeto estruturado se organiza a partir de 1549, com a chegada dos jesuítas credenciados por D. João III, com o propósito de catequizar e educar as populações indígenas. Hoje, mais de 450 anos depois, a educação no país está orientada pela Constituição da República Federativa promulgada em 1988, uma conquista da sociedade brasileira.
Para aplicar os princípios constitucionais no sistema educacional do país, foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996, apelidada de Lei Darcy Ribeiro (Brasil, 1996). É uma explicitação da ação do Estado na área da educação, a definição do modo de articulação do Estado e a sociedade. Engana-se quem pensa que a trajetória da educação no Brasil é um processo recente.
Qual é a concepção de educação que consta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional? Qual seu campo de atuação? A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
2- Qual campo de atuação é abrangido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional? A lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias (Artigo 1º, parágrafo 1).
3- A lei estabelece alguma condição para a educação escolar? Sim, que ela esteja vinculada ao mundo do trabalho e a prática social (Artigo 1º, parágrafo 2).
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. XII - respeito com a diversidade étnicorracial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
No título V, são definidos os níveis e modalidades da educação e ensino. Você pode verificar no artigo 21 que a composição da educação escolar consiste em: Educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Educação superior. A educação superior tem como uma de suas finalidades o estímulo à “criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo e a formação de diplomados nas diferentes áreas do conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira” (Brasil,1996).
Sua formação como enfermeiro(a) e dos demais profissionais da área da saúde está subordinada à regulação desta lei e das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Medicina, Enfermagem e Nutrição (CNE/CES,2001). Em 2001, o Conselho Nacional de Educação, através da Câmara de Educação Superior, apresenta as orientações para a elaboração dos currículos que devem ser necessariamente adotadas por todas as instituições de ensino superior (Diretrizes Curriculares dos Nacionais dos Cursos de Medicina, Enfermagem e Nutrição).
Ao estabelecer as diretrizes para os cursos de graduação em saúde, a CES reforçou a articulação entre a educação superior e a saúde, objetivando uma formação com ênfase na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde. Dessa forma, o conceito de saúde e os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) foram considerados elementos fundamentais a serem enfatizados nesta articulação.
No artigo 196 da Constituição de 1988, a saúde é concebida como? Direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (Brasil, 1988).
princípios doutrinários do SUS: Universalidade: Diz respeito a um processo de extensão de cobertura dos serviços, de modo que venham a se tornar acessíveis a toda a população.
Equidade? Esta noção diz respeito à necessidade de se tratar desigualmente os desiguais; é o reconhecimento da desigualdade entre as pessoas e grupos sociais e que muitas delas são injustas.
Integralidade? Diz respeito à possibilidade do sistema de saúde contemplar o conjunto de ações de promoção da saúde, prevenção de risco e agravos, assistência e recuperação.
O objetivo das diretrizes curriculares foi levar os alunos dos cursos de graduação em saúde: a aprender a aprender, que engloba aprender a ser, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a conhecer, garantindo um cuidado integral e com qualidade. Foram definidas nessas diretrizes as competências gerais requeridas para o exercício das (os) enfermeiras (os): Atenção à saúde; Tomada de decisões; Comunicação; Liderança; Administração e gerenciamento; Educação permanente.
Com relação à educação permanente, espera-se que estes profissionais sejam capazes de aprender continuamente, ter responsabilidade e compromisso com a educação e o treinamento/ estágios das futuras gerações. Para dar conta do desenvolvimento destas competências, os conteúdos essenciais para o curso de graduação em Enfermagem devem estar relacionados com todo o processo saúde/ doença do indivíduo, da família e da comunidade, de forma integrada à realidade epidemiológica. Para formar bons profissionais em Enfermagem é importante que os conteúdos sejam integrados.
Conteúdos essenciais do currículo de graduação em Enfermagem: 1-Ciências Biológicas e da Saúde Conteúdos (teóricos e práticos) de base moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistema e aparelhos. Finalidade: aplicar às situações decorrentes do processo saúde doença no desenvolvimento da prática assistencial de Enfermagem.
2-Ciências Humanas e Sociais: Conteúdos referentes às diversas dimensões da relação indivíduo/ sociedade. Finalidade: entender os determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos e legais do processo saúde/ doença no nível individual e coletivo. 3-Ciências da Enfermagem: Fundamentos Conteúdo: técnicos, metodológicos, meios e instrumentos do cuidado em Enfermagem Assistência de Enfermagem Conteúdo: teórico e prático que compõem a assistência de enfermagem prestado à criança, ao adolescente, ao adulto, à mulher e ao idoso.
4-Administração de Enfermagem: Conteúdo: teórico e prático relacionado a administração e gerenciamento Finalidade: administrar o processo de trabalho e assistência de enfermagem 5-Ensino de Enfermagem: Conteúdo: teórico e prático relacionado a administração e gerenciamento Finalidade: administrar o processo de trabalho e assistência de enfermagem
Afinal, o que é uma tendência pedagógica? Bordenave, um especialista em Comunicação e Educação, com muita experiência em educação de adultos, afirmava que todos os processos educativos e as técnicas de ensino têm como referência uma determinada pedagogia. Isto é, uma concepção de como conseguir que as pessoas aprendam alguma coisa e, a partir daí, modifiquem sua prática. Essas formas de ensinar e aprender são atravessadas por condicionantes sócio-políticos que refletem diferentes concepções de homem, de sociedade e consequentemente, diversos pressupostos sobre o papel da escola, da aprendizagem, relação professor-aluno, técnicas pedagógicas e outros (Libaneo, 2012). A pedagogia escolhida, por sua vez, está apoiada em uma determinada epistemologia ou teoria do conhecimento.
o que é uma tendência pedagógica? Mesmo que raramente se apresente em sua forma pura na prática educativa, quando um modelo pedagógico é exercido de modo dominante por um período prolongado, produz consequências sobre a conduta do indivíduo e também sobre o comportamento da sociedade. Flebite é toda inflamação da parede de uma veia.
As tendências pedagógicas liberais mais importantes são: a liberal tradicional e tendência liberal renovada, que por sua vez compreende: a renovada progressista, renovada não diretiva e renovada tecnicista. Libaneo (2012) classifica as tendências pedagógicas progressistas em: libertadora, libertária e crítico-social dos conteúdos.
A pedagogia liberal tem como pressuposto que a escola tem por função preparar o indivíduo para assumir papéis na sociedade de acordo com as aptidões individuais. A pedagogia liberal tradicional foi trazida para o Brasil pelos jesuítas no século XVI. Quinze dias após desembarcarem em Salvador, já puseram a funcionar a primeira escola de ler e escrever.
A proposta educacional dessa tendência era o repasse do conhecimento moral e intelectual totalmente centrado na figura do professor. Os conteúdos, os procedimentos didáticos, a relação professor-aluno não tinha relação com o cotidiano dos alunos e com as realidades sociais.
Na “educação bancária” o aluno é um repositório do que o professor transmite. Tendência liberal tradicional,consequências dessa pedagogia: Ao nível individual: Elevada absorção de informações; Hábito de tomar notas e memorizar; Passividade do aluno e falta de atitude crítica; Profundo respeito quanto às fontes de informação; Distância entre a teoria e a prática; Tendência ao racionalismo radical; Falta de problematização da realidade. (Bordenave, 1977)
Tendência liberal tradicional,consequências dessa pedagogia: Ao nível social: Adoção de forma acrítica de informações científicas e tecnológicas oriundas de países desenvolvidos; Conformismo; Individualismo e falta de espírito de cooperação; Pouco ou nenhum conhecimento da própria realidade; Manutenção do status quo; Submissão à dominação. (Bordenave, 1977) Com a chegada do pensamento liberal democrático no Brasil nos anos 20 e 30, os rumos da educação tradicional foram mudados. A tendência liberal renovada se manifestou por várias versões (renovada progressista; renovada não diretiva, piagetiana e outras), todas relacionadas com os fundamentos da “escola nova” que tinha como ideário a formação do indivíduo como ser livre, ativo e social. A figura do professor como detentor do saber e o conteúdo a ser transmitido deixaram de ser o centro do processo.
A tendência liberal tecnicista constituiu-se como uma prática educacional controladora das ações dos alunos, direcionada por atividades repetitivas, sem programação e com grande detalhamento. A tendência liberal tecnicista surge com o declínio da escola renovada no final dos anos 1960. A educação agora precisava atender aos interesses da sociedade capitalista, que demandava pela preparação e especialização de mão-de-obra para o aumento da produção industrial. Esta tendência foi inspirada na teoria do Behaviorismo (Watson, Skinner) e na Reflexologia (Pavlov), dando ênfase aos resultados comportamentais e não mais às ideias e ao conhecimento. Libaneo (2012) afirma que nessa pedagogia “[...] o essencial não é o conteúdo da realidade, mas as técnicas (forma) de descoberta e aplicação”.
A Pedagogia Behaviorista, também conhecida como Pedagogia Comportamental, do condicionamento e tecnicista, tinha como princípios a racionalidade, a eficiência, a neutralidade científica associada à negação dos determinantes sociais. Essa orientação educacional acabou sendo imposta pelo governo militar, pois era considerada como uma estratégia capaz de alavancar o desenvolvimento econômico através da formação e qualificação da mão de obra. O professor é o técnico, o programador, o instrutor, o elo entre a verdade científica e o aluno, a quem cabe receber, aprender e fixar. Debates, reflexões, questionamentos são desnecessários, assim como a relação afetiva e pessoal dos sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Ao nível individual: Aluno responsivo, emitindo as respostas que o sistema permitir; Alta eficiência da aprendizagem de dados e processos; O aluno não questiona os objetivos, o método e nem participa da seleção do conteúdo; A realidade não é problematizada pelo aluno; Tendência ao individualismo e competitividade; Pouco estímulo à criatividade e originalidade. (Bordenave, 1977)
Ao nível social: Ênfase na produtividade e na eficiência; Falta de desenvolvimento de consciência crítica e de cooperação; Tendência ao conformismo em nome da eficiência e pragmatismo utilitário; Eliminação do conflito como parte da aprendizagem social. (Bordenave, 1977) Tendências pedagógicas progressistas
Levando em consideração o que estudamos nas aulas, qual a melhor definição para o conceito de Educação em Saúde. A educação está presente a todo o momento na vida do ser humano. Ela prevê interação entre as pessoas envolvidas dentro do contexto educativo e destas com o mundo que as cerca, visando a modificação de ambas as partes. Porém, é processo complexo e não existe uma definição única.
Na afirmativa de Paulo Freire : ¿ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, as pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo mundo¿ (Freire, 1987). Podemos entender que o autor afirma que a concepção de educação ocorre de forma : Intencionalmente e Interação social
São considerados princípios do SUS: integralidade e universalidade
De acordo com nossa leitura histórica, percebemos que a Educação em Enfermagem sofreu e vem sofrendo mudanças de acordo com o cenário político , social e econômico do nosso país . Portanto, o marco na trajetória da saúde e reflexo desta no Ensino da Enfermagem na década de 80 foi: A VIII Conferência Nacional de Saúde , Promulgação da Constituição Brasileira, Criação do SUS e aprovação da Lei Orgânica
As Leis de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira - LDB e das Diretrizes Curriculares Nacionais ¿ DCN (Brasil, 1996) - para os Cursos da Área da Saúde, proporcionaram a possibilidade de novas práticas, relacionadas à promoção e prevenção da saúde. Na perspectiva da LDB a educação tem como finalidade o pleno desenvolvimento do educando, preparo para o exercício da cidadania e para a qualificação para o trabalho. Com isso, em seu Artigo 3º são apresentados princípios que devem nortear o ensino no país. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura; pluralismo de ideias e concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço a tolerância etc.
Formar profissionais com habilidade para ouvir e compreender as demandas dos indivíduos e comunidades e propor soluções dentro de um modelo de cooperação, visa atender ao princípio da: integralidade.
A respeito da participação social na saúde é correto afirmar que: a participação da comunidade no SUS ocorre de forma institucionalizada,sendo os Conselhos e as Conferências Municipais de Saúde exemplos destes espaços
A participação social é um dos princípios do SUS, para o seu exercício encontramos espaços, como: o Conselho Municipal de Saúde
Na estruturação da formação de enfermeiros no Brasil, foram estabelecidas diretrizes para o desenvolvimento de competências para cuidar, administrar, gerenciar, pesquisar e também participar da formação e qualificação permanente dos trabalhadores de enfermagem e saúde. Os enfermeiros estão envolvidos diretamente com a formação profissional dos técnicos de Enfermagem. Desta forma, a disciplina de Educação em Enfermagem pode ser considerada um conteúdo essencial para a capacitação pedagógica, independentemente da licenciatura.
Em outra perspectiva, está determinado pelo COFEN que, no âmbito da prática educativa, os enfermeiros são responsáveis por estimular, promover e criar condições para o aperfeiçoamento técnico, científico e cultural dos profissionais sob a sua supervisão. Como uma atividade social, a formação dos enfermeiros no Brasil tem sido marcada pelas transformações políticas, econômicas e sociais pelas quais o país passou ao longo do seu desenvolvimento. Foi desta forma que aconteceu em 1890, quando foi necessário formar profissionais para assistir pacientes no hospício, determinando a criação da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados.
O modelo de enfermagem francês foi tomado como referência, uma vez que não havia diretrizes no país para o ensino de enfermagem. O curso constava de: 1-Noções práticas de propedêutica clínica; 2-Noções gerais de anatomia, fisiologia, higiene hospitalar, curativos, pequena cirurgia, cuidados especiais a certas categorias de enfermos e aplicações terápicas; 3-Administração interna e escrituração do serviço sanitário e econômico das enfermarias. Dez anos depois, em São Paulo, criou-se outro curso sob a orientação de enfermeiras inglesas, como objetivo de formar profissionais para atender aos estrangeiros residentes no país (idem, 2006).
como foi o processo de construção dos cursos de enfermagem no Brasil: 1916: Com a ocorrência da I Guerra Mundial, surgiu a necessidade de preparar voluntários para atender às emergências de guerra. Dessa forma, a Cruz Vermelha em 1916 começou a formar enfermeiras na Escola Prática de Enfermeiras da Cruz Vermelha, sem no entanto atender aos padrões da enfermagem moderna, conforme estabelecido por Florence Nightingale. Nos anos 1920, o Brasil ainda apresentava sérios problemas de saúde pública com a persistência das epidemias, o que atrapalhava muito as exportações, um entrave nas relações comerciais e econômicas. Nesse cenário, é criado em 1920 o Departamento Nacional de Saúde Pública e, três anos depois, a Escola de Enfermeiras deste departamento.

Semelhante

Sites de Conteúdo para a OAB
Alessandra S.
Estratégia empresarial
PatiRF
simulado de português
Alessandra S.
O que estudar para concursos públicos
Alessandra S.
Crase Simulado concurso
Roberta Souza
Biomas
vanessamiyato
A história do Brasil em 10 perguntas
Luiz Fernando
Phrasal Verbs - Inglês #11
Eduardo .
FIGURAS DE LINGUAGEM
Gabriela Vianna
Sócrates, Platão e Aristóteles
André Matias
Ingleses, franceses e holandeses na América
jacson luft